A declaração eminente de estado de emergência, a
que nenhum partido do chamado “arco parlamentar” se opôs – e secretamente até
aplaude –, a ocorrer, será desde logo uma declaração de falência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em
fazer face a uma situação anómala no âmbito da prevenção sanitária, como é o
caso da pandemia de coronavirus.
É, também, uma prova de que o poder da burguesia, para além
de não financiar adequadamente o sector da saúde, remete essa responsabilidade
para os operários e trabalhadores, individualmente considerados, obrigando cada
um deles a assumir a responsabilidade de prevenirem os contágios e ... tratarem
de si! Desde logo, da sua saúde, pelos seus próprios meios, isolando-se
dos outros, utilizando um critério aconselhado pelo governo de forma
absolutamente ridícula, que é o do isolamento ou ... afastamento social!
Desde o início da pandemia que ficou claro que, para um
governo como o de António Costa, habituado à recorrência de medidas fascistas
como a requisição cívil e a utilização de forças policiais e militares,
arvoradas em fura-greves, para
substituir trabalhadores em greve a lutar pelos seus direitos – como foram os
casos dos camionistas dos transportes de matérias perigosas, os estivadores, os
professores, os enfermeiros, entre muitos outros –, não seria difícil aplicar ou decretar uma
medida tão coartadora dos chamados direitos
cívis democráticos, como é o caso do estado
de emergência que permite, no todo ou em parte, suspender os direitos
constitucionais.
Portugal é um país que se insere na triste realidade de que,
com um coronavírus pandémico que já afecta todo o mundo, e com todos os países
já hiper endividados, incluindo empresas privadas e indivíduos, não haver outra
solução para sobreviver do que se endividar
ainda mais. Confrontados em 2020 com
uma crise que será pior que a de 2008, este
afã proteccionista que se regista em
todo o mundo – com medidas draconinas como a de encerrar fronteiras e colocar
milhões de trabalhadores sob regime de quarentena – irá agravar ainda mais a
crise e a dívida.
Medidas como o estado de emergência são potencidoras
de toda a sorte de abusos e facilitarão, sem margem para dúvidas, manifestações
populistas, fascistas, racistas, xenófobas e outras, facilitarão a emergência e
fortalecimento de partidos e organizações políticas de extrema-direita que já
exigem medidas ainda mais draconianas do que as que até agora foram anunciadas.
Porém, o objectivo principal da burguesia e do seu sistema
capitalista e imperialista em todo o mundo, é acautelar uma pandemia ainda mais demolidora. A
burguesia sabe que a crise económica, monetária, industrial, financeira e
comercial - que apenas se aprofundou com a pandemia de coronavirus -, potencia
as insurgências populares que são o prelúdio das revoluções sociais que levarão
à destruição do modo de produção capitalista e ao fim da escravatura assalariada.
O histerismo mediático alimentado por uma comunicação social
totalmente vendida aos interesses do grande capital, pretende institucionalizar
a bufaria generalizada, com operários e trabalhadores a vigiarem-se uns aos outros e, mais do que isso, a sentirem-se
tentados a denunciar comportamentos que o sistema tem vindo a classificar como
lesivos do interesse comum. Interesse
comum esse que, aliás, nunca presidiu às suas preocupações como se pode aferir
do estado calamitoso a que deixaram chegar o SNS.
Estamos decididamente contra a declaração de estado de
emergência e apelamos à classe operária e aos trabalhadores portugueses que a
ela se oponham, exigindo que o dinheiro que está a ser criminosamente utilizado
para o pagamento de uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer
benefício, seja aplicado em sectores fundamentais para a vida e dignidade de
quem trabalha, como é o SNS.
Retirado de: http://www.lutapopularonline.org/index.php/pais/104-politica-geral/2682-estamos-decididamente-contra-a-declaracao-de-estado-de-emergencia
Retirado de: http://www.lutapopularonline.org/index.php/pais/104-politica-geral/2682-estamos-decididamente-contra-a-declaracao-de-estado-de-emergencia
Tratamento
ResponderEliminarÀ data de março de 2020, não era ainda conhecido qualquer tratamento para a doença. A OMS apelava à participação de voluntários em ensaios clínicos para determinar a eficácia e segurança de potenciais tratamentos.[55]
A investigação de potenciais tratamentos teve início em janeiro de 2020, embora o desenvolvimento de novas terapêuticas possa só estar concluído em 2021.[56] No fim de janeiro, as autoridades de saúde chinesas começaram a testar os atuais tratamentos para a pneumonia em doenças causadas por coronavírus.[57] Está também a ser investigada a potencialidade terapêutica do remdesivir, um inibidor da polimerase do ARN,[58][59][60][61] e de interferão beta.[61] https://pt.wikipedia.org/wiki/COVID-19