15 de Abril de 2020 Robert Bibeau
Um paradoxo sem
precedente histórico
Entendo que se
surpreendam com os decretos do governo (da esquerda e da direita) que enfrentam
a crise do Covid-19. Essa crise de saúde que as autoridades estatais estão
a alimentar, amplificar, dramatizar, prolongar e mundializar. Durante meses, as
pessoas foram submetidas a um dilúvio mediático pontuado diariamente pela
contagem macabra de mortos e contaminados, que espalhou o pânico entre uma
população prostrada, disposta a obedientemente sofrer medidas terroristas de controle
policial, como a prisão domiciliar , a pulseira electrónica, a delação da vizinhança
e a repressão em massa, às vezes até exigida por incultos obcecados (1)
No entanto, não nos deixemos contaminar por essas
trivialidades e tentemos entender como e por que é que biliões de pessoas são assim
aterrorizadas, resignadas, colocadas em prisão domiciliar, monitorizadas,
espionadas e reprimidas. Tentaremos levantar o véu sobre o maior paradoxo que
acompanha essa enésima pandemia global que a comunicação social a soldo dos
cães amestrados políticos nos apresentam como sem precedentes (sic). O que é sem precedente não é a pandemia, é
o alinhamento da maioria dos governos ocidentais com as tácticas de contenção
iniciadas pelo governo chinês em 23 de Janeiro (2).
O paradoxo é o seguinte: a economia global estava a vacilar mesmo antes do primeiro vírus Covid-19 aparecer no centro da China e depois se dispersar para alguns países da Ásia e do Ocidente. Imediatamente, muitos governantes (às vezes, sem um caso comprovado entre a sua população) impuseram o confinamento geral, quebrando definitivamente os rins da economia mundializada, impondo lucros ainda mais anémicos, atirando biliões de pessoas para a precariedade e a miséria sob o pretexto de salvar as suas vidas após anos de cortes nos programas de saúde (!). Face a esta incongruência, nem um bilionário, nem um empresário, nem um banqueiro protestaram contra essa paralisia da economia e dos lucros (?). Teremos nós migrado do capitalismo libertário para o capitalismo totalitário a favor dessa pandemia? Este paradoxo oculta uma realidade muito mais complexa e maliciosa, como iremos ver.
Será que a pandemia do
Covid-19 não tem um precedente?
Desde a Idade Média, o Renascimento
Europeu e a era contemporânea, que o mundo inteiro é frequentemente afectado
por endemias e epidemias. Temos o direito de pensar que deveria permanecer na
memória colectiva algum conhecimento adquirido no campo das pandemias (3). Bem, parece
que não, como se constatar nos dias que correm, os políticos cercaram-se de
médicos que nada sabem sobre as leis que regem as sociedades capitalizadas e dos
mecanismos de gestão social das pandemias. As rédeas da governança passaram sem
discussão das mãos dos políticos para as mãos dos médicos e epidemiologistas
(4), perante a aparente indiferença dos plutocratas!
Podemos culpar um médico por ver o mundo e a sociedade como
um hospital, uma emergência, um CLSC ou um lar de idosos? Certamente não! Essas
pessoas acreditam que um sistema económico, sociológico, político, ideológico,
mediático, nacional e global muito complexo existe e trabalha para garantir a
maior longevidade da população por meio da melhoria constante de sua saúde.
Nenhum sacrifício é muito caro para conseguir isso - incluindo confinar a
economia, os rendimentos dos assalariados e os lucros do capital por mais de um
ano, se necessário. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que optou
por jogar na sua reeleição à custa do pânico com o coronavírus, prognostica 18
meses de confinamento e paralisia da economia canadense. Apesar do facto de
que, segundo especialistas, o confinamento não contribui para a redução da
mortalidade, mas apenas para a sua disseminação ao longo do tempo. Seja como
for, apesar do desemprego de 6 milhões de trabalhadores canadenses, apesar da
destruição da economia canadense, a pandemia prosseguirá com os seus estragos
(5). Mas o que fazem os plutocratas canadenses enquanto Justin arruína a
economia canadense? Estarão eles secreta e complacentemente de acordo ?
Algumas lições
aprendidas com pandemias anteriores
A história ensina-nos, no entanto, que diante de um novo vírus - ou a mutação de uma estirpe viral conhecida - nenhuma resposta é possível. Na ausência de uma vacina, dependendo da virulência e da velocidade de propagação do invasor, o vírus atacará onde quer que o seu hospedeiro (neste caso, o homem) se encontre (6). Se as condições climáticas lhe forem temporariamente desfavoráveis, o vírus mutante comportar-se-á como os vírus antigos (peste, cólera, ébola, varíola, gripe espanhola, AIDS, etc.), entrará em latência até que as condições ambientais se lhe tornem favoráveis, e depois retomará a sua missão biológica fundamental: reproduzir-se.
Face a essa ameaça natural tão antiga quanto o mundo dos
vivos, o biótopo humano ergueu duas muros de "contenção". Diante
desse inimigo invisível e natural, porém cada vez menos natural, uma vez que
laboratórios militares manipulam e traficam essa nova arma de combate (7), duas
possibilidades: A) a imunização natural,
porque instintivamente o corpo humano, atacado por um corpo estranho,
defende-se desenvolvendo anticorpos dos quais, eventualmente, faremos vacinas;
B) as vacinas, fabricadas a partir de
antivírus humanos que grandes empresas farmacêuticas multinacionais comercializam
com grande lucro. Eis um sector industrial onde podemos facilmente identificar os
benefícios esperados de uma pandemia e confinamento de longo prazo. Mas e o que
se passará com o resto da indústria mundializada?
Os epidemiologistas estimam que é necessário, para uma
determinada população, atingir o limiar de 60% da prevalência para que o
contágio seja interrompido naturalmente. Quanto mais cedo uma população
infectada atingir esse limiar, mais rápido ela terá derrotado o Covid-19. A
única variável sobre a qual uma sociedade, governada por médicos, pode exercer
uma influência parcial, é a velocidade do contágio - ou seja, o tempo de
propagação da epidemia por toda a população. Fechando hermeticamente todas as
pessoas (7,7 biliões de indivíduos), poderíamos, durante o tempo da sua
reclusão, parar completamente a pandemia ... até que todas essas pessoas se
revoltem, escapem ou morram de fome , incluindo aqueles que não estão
contaminados.
O confinamento, essa táctica medieval como a qualifica o Dr.
Raoult
a descreve, oferece a possibilidade de abrandar - de escalonar no tempo - a
disseminação do coronavírus e as mortalidades que o acompanham (8). O
confinamento não salva vidas, não resolve nada do ponto de vista médico, de
saúde ou social, excepto para prolongar os efeitos nocivos do vírus e os custos
da sua erradicação. Se o confinamento - supondo que seja eficaz - diminui a
progressão do vírus, ele cumprirá a sua missão ao longo do tempo. Assim, o
coronavírus, que está na origem da gripe "clássica", conhece
ressurgimentos sazonais há anos e as sociedades estão acomodam-se a isso. Por
que esta psicose neurótica em torno do Covid-19?
Evidentemente, o tratamento mediático da pandemia alimenta a psicose populista
(9), mas as"pessoas de bem, as pessoas do saber e do poder" (sic), os
políticos, os especialistas, os economistas, os bilionários, os banqueiros e
CEOs, também eles são atraídos para este turbilhão mediático psicótico? A ponto
de assistir ao colapso da economia e da sociedade sem vacilar? Porque não
devemos escondê-lo: o desafio da guerra de classes em torno do confinamento é o
de assegurar a perenidade da sociedade capitalista mundializada. Os líderes
chineses e russos compreenderam isso. E os plutocratas ocidentais? (10)
Os burocratas do estado terão perdido a cabeça ao ponto de
preparar as condições para a insurreição popular? Não, obviamente, nunca
veremos a cobra a morder a sua própria cauda. É exactamente o oposto. Todos
esses lacaios preparam, consciente ou inconscientemente, o esmagamento da
insurreição popular, cujas condições objectivas e subjectivas se acumulam, como
demonstrado pelo Movimento Coletes Amarelos (11). A resposta para um enigma
sociológico e / ou político nunca é médica ou de saúde, é sempre económica.
Mas então, qual a razão para este pânico histérico, fomentado conscientemente, sobre o distanciamento social (sic) e o confinamento, acelerando o colapso da economia e dos lucros? Estas medidas terroristas aplicadas pelo governo e controladas por populistas nunca podem parar a pandemia, mas certamente destroem a economia e os lucros - 16 milhões de trabalhadores desempregados nos EUA, mais de 6 milhões no Canadá, entre 8 e 11 milhões em França; colapso nos preços do petróleo; repetidos crashs bolsistas; explosão da dívida pública e privada (1,8 milhão de biliões de dólares), redução de 6% a 12% do PIB francês, de 15% em Itália, Espanha e Reino Unido; fomes mortíferas a formar-se em África e no Oriente (83 milhões de pessoas em risco); e quantas outras calamidades que levarão a milhões de mortes directas e colaterais sob o pretexto de "salvar vidas" e que de facto destruirão os lucros? Tudo isso debaixo de um silêncio ensurdecedor dos bilionários e dos empresários ?! ... Há uma enguia na rocha (12).
A táctica do confinamento
Antes de responder à pergunta anterior, de ordem económica e política, vamos examinar mais de perto as tácticas de confinamento que transformaram um problema aparentemente sanitário na pior crise económica da história do capitalismo. Não acreditamos nem por um momento que os vira-casacas políticos o entendam, mas estamos convencidos de que a maioria dos plutocratas o sabe, incluindo o presidente da poderosa América em declínio cuja fortuna pessoal acaba de derreter um bilião de dólares em poucos dias ( 13) A menos, é claro, que a pior crise económica da história do capitalismo já estivesse em andamento no momento da calamidade do coronavírus, que se tornou seu catalisador ?! ...
Seja como for, como foi previsto por um cientista russo, o presente confinamento assegura-nos que no próximo Outono, pelo menos no hemisfério norte, novas ondas de Covid-19 se abaterão sobre os países onde a vacina não estiver ainda disponível e onde a imunização natural (milhões de portadores assintomáticos que desenvolveram imunidade) não estará concluída.
Duas tácticas foram
implementadas pelos Estados :
A) enquanto aguardam pela vacina, a Coreia, o Japão, a Rússia
e a Suécia, em particular, permitem que o vírus faça o seu trabalho, se
propague, permitindo aos suecos vigorosos desenvolver naturalmente o antivírus
- os anticorpos - que permitam bloquear a propagação do vírus no próximo Outono. É assim que a
solidariedade social opera. Obviamente, a Suécia está a tomar medidas para
proteger os idosos (70 anos ou mais) que sofrem de obesidade, diabetes, doenças
respiratórias ou cancro (95% das mortes causadas por Covid-19). A Suécia como a
Holanda, a Coreia, o Japão, a China, a Rússia, evita paralisar a sua economia, esse
remédio pior que a doença, como diz Donald Trump.
B) A segunda táctica, adoptada por um grande número de
países ocidentais, consiste em impor militarmente o confinamento a pretexto de
ganhar tempo - abrandando a pandemia (achatando a curva de hospitalização) -
sem jamais a travar - para não não entupir os sistemas de saúde que os governos
burgueses desmantelaram durante anos. Em resumo, a contenção dá tempo aos governos.
Em troca, a epidemia espalha-se ao longo do tempo - o tempo em que o hospedeiro
desenvolve anticorpos a partir dos quais os laboratórios das empresas
farmacêuticas multinacionais desenvolverão uma vacina a ser comercializada. E o
ciclo de pandemias será retomado sob o modo de produção capitalista anárquico
(14).
Em contrapartida, a táctica do confinamento- abrandamento apresenta uma grande desvantagem: paralisa a economia capitalista que já estava em crise endémica. Essa seria em termos de custo-benefício a táctica menos eficaz (15). Para já, os jogadores da bolsa de todo o mundo estão a receber triliões de dólares de crédito do tipo do jogo do Monopólio, que os bancos centrais imprimem e distribuem gratuitamente. Mas o que acontecerá quando os credores, os prestamistas hipotecários, os revendedores, os comerciantes de móveis e outros bens de consumo vierem reclamar o seu "quilo de carne" ao trabalhador atirado para a rua? (16) Voltaremos a este assunto.
Levanta-se o véu
Velhos abutres estão de volta e voam em torno dos despojos do capital implodido. Oportunistas e maquiavélicos, eles disparam em todas as direcções, enquanto muitas pessoas especulam, presumem e discutem sobre essa abominável pandemia. Mas essa atitude visa ocultar o seu desespero, sobre o qual se apoiam os conspiradores que alimentam esses traumatizados. É interessante reler Henry Kissinger, um dos últimos grandes pensadores da geopolítica conspiratória. Recentemente, Henry escreveu no Washington Post: "A coesão e a prosperidade das nações baseiam-se na convicção de que as suas instituições podem antecipar desastres, conter os seus efeitos e restaurar a estabilidade. Logo que a pandemia do Covid-19 passar, as instituições de muitos países darão a impressão de terem fracassado. (…) Após o coronavírus, o mundo nunca mais será o mesmo” (a frase favorita dos conspiradores. Nota do Editor).
O coronavírus atingiu tais proporções e com uma brutalidade sem precedentes (uma mentira que o oportunista explora para preparar o público para aceitar as soluções radicais que virão. Nota do Editor). A sua progressão é exponencial: nos Estados Unidos, o número de casos duplica a cada cinco dias. No momento em que redijo estas linhas, não há cura. Não há equipamento médico suficiente para lidar com as crescentes ondas de doentes (os Estados Unidos sempre foram um país do Terceiro Mundo em termos de assistência médica em massa. Cuba, um país pobre que eles continuam a martirizar está dez vezes melhor provido. Nota do Editor)(…) Os testes não permitem identificar a extensão da infecção, muito menos invertem a sua propagação. Pode levar entre doze a dezoito meses a desenvolver uma vacina. O governo dos EUA fez o que era necessário para evitar uma catástrofe imediata (outra mentira. Nota do Editor)
O teste final será o
de saber se a propagação do vírus pode ser travada, e depois revertida de uma
maneira e em proporções que preservem a confiança do público na
capacidade dos americanos de se governarem a si próprios. O esforço desenvolvido face à crise, qualquer que seja a sua escala e a sua necessidade,
não deve impedir o lançamento urgente de uma iniciativa paralela para garantir
a transição para a nova ordem mundial do
pós-coronavírus (Kissinger resume aqui l o desafio da guerra de classes em curso, ou
seja, manter a ordem capitalista mundializada, fazendo acreditar numa nova ordem
reformada-refundada. Nota do Editor) ”(17).
Aqui está um grande pensador do capitalismo moderno. Num
parágrafo ele:
1) indica o desafio da actual mega crise económica - a mais
grave que o capital moderno enfrentou;
2) descreve como usar o escudo viral para se servir dele
como chamariz para distrair os que não têm rumo;
3) explica que a confiança do público no aparelho de estado
burocrático e esclerosado é a pedra de toque da manutenção da antiga e da nova
ordem capitalista, seja a cobra branca ou preta, desde que o imbecil se regale
com isso. Também é óbvio que a imperícia do velho capitalismo moribundo exige a
sua refundação até à "desmundialização", se a pequena
burguesia, tanto à esquerda quanto à direita, apreciar essa ilusão.
E Henry prossegue: "De
seguida, convém curar as feridas da economia global. Os dirigentes mundiais
retiraram lições importantes da crise financeira de 2008. (Uma mentira
grosseira, mas para crédito deles, convém dizer que o grande capital não
poderia deixar de repetir os seus erros, porque assim vai o modo de produção
capitalista decrépito. Nota do Editor). "A actual crise económica é, no entanto, mais complexa: a contracção resultante da pandemia de coronavírus (a contração, já em curso, a aumentar
devido ao confinamento, deveria ele ter escrito. Nota do Editor) não tem, na sua rapidez e alcance planetário,
precedentes na história. E as medidas indispensáveis de protecção da saúde
pública, como o distanciamento social e o encerramento de escolas e empresas,
contribuem para as dificuldades económicas. Também será necessário implementar
programas para mitigar os efeitos do caos iminente sobre as populações mais
vulneráveis do planeta (aqui, Kissinger enfatiza que o estado dos ricos
terá que comprar a cumplicidade dos pobres e dos infames, se desejar usá-los
para combater o proletariado revoltado. Nota do Editor) ”(18).
Há uns anos atrás, quando a dívida
pública era menor e o dinheiro ainda estava disponível, não preconizava este regressado
geopolítico o corte nos serviços de saúde, na educação e nos serviços públicos
em geral, a fim de aumentar os gastos militares?!… Propostas que provocaram
tantos levantamentos populares. Hoje, que se trata de cortar massivamente as
transferências do governo para a população, desvalorizar moedas, expropriar
fundos de pensão, impor fome a biliões de indivíduos, esmagar serviços públicos,
fechar milhares de fábricas, convém, argumenta esta raposa, preparar as
condições para a repressão com alguns rebuçados que não poderão durar.
Completemos a oração fúnebre deste novo Maquiavel. "Enfim, os princípios da ordem liberal
internacional devem ser preservados. O mito fundador do estado moderno é uma
cidade fortificada protegida por dirigentes poderosos, por vezes despóticos,
por vezes benevolentes, mas dispondo sempre de força suficiente para proteger o
seu povo de um inimigo externo ou interno”. Protegendo o povo - inimigo
interno - contra si próprio se sucumbir à tentação da insurreição, é isso que
se deve ler nas entrelinhas deste texto premonitório.
Em situações sem precedentes, os vira-casacas políticos estão
a desenvolver tácticas inovadoras para combater as críticas que antecipam da
parte do público. Thierry Meyssan
explica as razões e as maneiras de fazer lacaios políticos para se protegerem
dos seus eleitores. Escreve ele: "Os líderes políticos tomam decisões que
sabem ser inúteis, apenas para mostrar aos concidadãos que fizeram tudo o que estava no seu
poder ... para manter o poder"
(19). Ao restringir, dramatizar, aterrorizar, recomendando o uso de máscara e do
equipamento da por assim dizer "protecção" para se proteger contra um
vírus microscópico, autoridades médicas e dirigentes políticos ao redor do
mundo estão a oferecer uma solução para um problema que eles não controlam,
sabendo bem que, numa crise, o essencial
é agir, não prevenir e muito menos curar. O mesmo acontece, quando os
administradores do Estado burguês impõem o confinamento a centenas de milhões
de trabalhadores e a paralisia da economia e dos lucros, que tentam compensar
distribuindo milhares de biliões de dólares em dinheiro inexistente , na
esperança de salvar a pele dos vira-casacas eleitorais (20).
Sair ou dobrar
A questão é de saber por que é que os bilionários e os
banqueiros, os patrões desses poltrões,
conscientes da futilidade dessas medidas, incluindo a disseminação desse
dinheiro faz de conta sem valor, deixaram o barco económico navegar em direcção
ao naufrágio? Na verdade, os plutocratas manifestaram-se quando deixaram os
seus vira-casacas políticos envolver-se com os últimos fundos dos estados
endividados. Os plutocratas sabem muito bem que, com ou sem confinamento, a
grande barcaça do capitalismo moribundos está a meter água por todos os lados e
que chegou a hora de embaralhar as cartas e provocar uma grande limpeza no
estábulo do capital mundial. Saiba que a operação foi lançada e que três campos
da grande capital mundial se chocam e que no final da operação não restará
senão um desses campos do lado do capital venal contra o campo do proletariado.
O campo proletário
A ordem libertária capitalista internacional não deve ser preservada, nem a sua contraparte, a ordem totalitária capitalista internacional, devem ambas ser decapitadas. A sobrevivência da humanidade está em risco. A ameaça não vem de um vírus comum, mas do modo de produção capitalista decadente, em qualquer versão, esquerda ou direita.
Nós, proletários revolucionários, somos muito claros sobre
nossas intenções. Não queremos governar o estado burguês e deixamos o capital desenvencilhar-se
suas complicações. Apoiamos quaisquer medidas ou programas que reduzam, mesmo
que temporariamente, as desvantagens dessa pandemia para a classe trabalhadora.
No entanto, dizemos ao proletariado de cada país: não se deixem enganar,
confinamento ou não, esmolas ou não, através desta gigantesca crise económica
sistémica e das suas ameaças de guerra, o campo vencedor do grande capital
internacional vai-lhe passar a factura da operação "reforma do sistema
económico capitalista". É neste exacto momento que teremos a oportunidade
de tomar o poder económico e político: "Aqui estão as rosas ... dancem camaradas!
"
NOTAS
1. Boris
Le Lay. Coronavirus : la pandémie des banquiers tétanisés! (4.04.2020) https://les7duquebec.net/archives/253823
- https://www.tvanouvelles.ca/2020/04/12/la-chine-la-ou-tout-a-commence-se-releve-et-se-defend-davoir-menti-1
- https://www.vocabulaire-medical.fr/encyclopedie/141-endemie-epidemie-epidemiologie-pandemie
- Robert Bibeau La crise économique du
capitalisme s’approfondit (12.02.2020) https://les7duquebec.net/archives/251206
- https://www.journaldemontreal.com/2020/04/10/en-direct-justin-trudeau-fait-le-point-sur-la-pandemie-de-coronavirus
- Céline Deluzarche. Les grandes pandémies qui
ont marqué l’histoire (10.04,2020) https://les7duquebec.net/archives/254033
- Pas si nouveau qu’on le prétend puisque lors de la colonisation du
Canada par les barbares européens, les militaires français et anglais
distribuaient allègrement des couvertures souillées du virus de la variole
ou de la rougeole aux premières nations indigènes. https://fr.wikipedia.org/wiki/Variole
- Covid-19. Entretien avec Didier Raoult. (29.03.2020) https://les7duquebec.net/archives/253577
- Khider Mesloub. Le traitement médiatique du COVID-19 contribue à la
psychose collective (6.04.2020) https://les7duquebec.net/archives/253816
- NuevoCurso Coronavirus et lutte de classe (2020) https://les7duquebec.net/archives/253505
- Robert Bibeau. Khider Mesloub (2019) Autopsie du Mouvement des Gilets
jaunes. L’Harmattan. Paris. 190 pages. https://les7duquebec.net/archives/253109
- Marc Rousset. Le système est condamné mais n’explosera pas dans
l’immédiat. (7.04.2020) https://les7duquebec.net/archives/253929
- Robert Bibeau. La crise économique systémique après la crise sanitaire
au coronavirus. (8.04.2020) https://les7duquebec.net/archives/253920
- Il aura fallu six mois, de novembre 2019 à avril 2020 pour que le
virus du Covid-19 infecte 1 500 000 individus (cas avérés,
dont 1 million de positifs dans 7 pays sur 200), et pour que le virus
tuent 100 000 personnes (dont 75 000 mortalités dans 7 pays sur
200) selon les statistiques compilées par l’OMS. https://fr.statista.com/statistiques/1091585/morts-infections-coronavirus-monde/
La population
mondiale : au 1er janvier 2020. La planète héberge
environ 7,7 milliards d’habitants. Le taux de croissance annuel (+,1,1%) reste élevé
au regard de l’Histoire et conduit à une augmentation de 80 millions de
personnes chaque année (soit près de 220 000 personnes chaque jour). De
fait, la population humaine mondiale augmente de 246 000 habitants
par jour, résultat égal à la différence entre les 403 000 naissances
et les 157 000 décès estimés par jour sur Terre, ce qui représente
une hausse de 80 à 90 millions de personnes par an https://fr.wikipedia.org/wiki/Population_mondiale
- Vincent Vershorre Rapport coût-bénéfice catastrophique du confinement
(2020) https://les7duquebec.net/archives/253707
- https://les7duquebec.net/archives/254010
- Henry Kissinger https://www.voltairenet.org/article209654.html
- Henry Kissinger https://www.voltairenet.org/article209654.html
- Thierry Meyssan. 11.04.2020 https://les7duquebec.net/archives/254044
- https://les7duquebec.net/archives/254033
Autres références utiles
Nouvelle vague de Coronavirus à l’automne 2021 : https://fr.sputniknews.com/international/202004131043542545-le-coronavirus-pourrait-il-devenir-encore-plus-dangereux-un-scientifique-repond/?utm_source=push&utm_medium=browser_notification&utm_campaign=sputnik_fr
Nouvelle vague de Coronavirus à l’automne 2021 : https://fr.sputniknews.com/international/202004131043542545-le-coronavirus-pourrait-il-devenir-encore-plus-dangereux-un-scientifique-repond/?utm_source=push&utm_medium=browser_notification&utm_campaign=sputnik_fr
Éclipsée par le coronavirus,
l’influenza cause pourtant plus de morts
Carolle-Anne Dessureault. Pays en
quarantaine L’OMS déclare la pandémie du Covid-19 (12.03
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