Em declarações prestadas hoje, no contexto da sua participação numa videoconferência realizada na Academia de Formação Política das Mulheres Social-Democratas. o palermóide de Boliqueime, que esteve várias décadas no poder em Portugal, quer como primeiro-ministro, quer como presidente da República, teve a distinta lata de vir dizer que o país vive actualmente (?) “numa situação de democracia amordaçada”, considerando que os números da pandemia causam vergonha por colocarem Portugal entre os recordistas de mortes por milhão de habitantes.
Quer sob
a forma de “memórias”, quer em prosa, quer utilizando as mordomias que toda a
imprensa escrita, falada e televisionada coloca ao dispor dos seus muitos
vómitos, de vez enquanto lá aparece o “palhaço” para animar o “circo” da
burguesia e do grande capital.
Há
denúncias que, mesmo que reflectindo realidades incontestáveis, se tornam
obscenas na boca de quem as produz. E este é, seguramente, o caso do
fascistoide Cavaco. Quem não se recordará dos episódios na ponte 25 de Abril?
Quer o que foi protagonizado por si enquanto primeiro-ministro e levou a uma
das mais brutais repressões para desmobilizar a justa luta contra o aumento das
portagens, quer a que decorreu enquanto presidente da República, ao ter
acolhido e incentivado as ameaças sobre uma manifestação que deveria percorrer
a ponte a pé e que foi, à última hora, desconvocada pela central sindical da
traição, a CGTP-IN?
O
carrasco Cavaco, vem agora exibir a sua pele de cordeiro mal parido, a
fingir-se indignado pela política prosseguida pelo fascista António Costa e
seus lacaios no governo. Quer branquear o facto de que estas políticas, este
caos sanitário, decorrem da política que os sucessivos governos de PSD e PS – a
sós ou coligados – levaram à destruição do Serviço Nacional de Saúde, ao seu
progressivo desmantelamento para que o sector privado saísse beneficiado, que
redundou – como em todo o mundo onde domina o sistema capitalista e
imperialista – na crise pandémica que agravou, ainda mais, a crise económica
sistémica e a miséria, a fome, o desemprego, a doença e a morte dos operários e
dos trabalhadores assalariados.
Cavaco
não está contra o confinamento mortal que está a liquidar ainda mais a economia
e agravar o desemprego, a miséria, a fome, o suicídio e a morte. Não! Contra o
que ele está contra é quanto à “eficiência” das medidas terroristas e fascistas
que quer ele, quer Costa, acolhem. O que ele critica, no fundo, é o facto de essas
medidas não estarem a produzir os efeitos desejados pela burguesia que ambos
defendem. O que ele espera é...mais músculo! Pelo que ele saliva é pelo “respeitinho”
pelas “autoridades competentes” que deve
ser imposto às populações.
Esta
hipocrisia só é possível graças à miserável traição da “esquerda parlamentar” e
à incipiência e fragilidade de uma vanguarda proletária que conduza a luta
contra o único responsável pela crise sanitária e financeira que hoje se vive
em todo o mundo - o sistema capitalista e imperialista!
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