Sempre denunciei a Raquel Varela como uma imbecil, armada ao pingarelho, a fazer-se passar por intelectual, cientista e outros encómios de auto-satisfação e auto-adulação pequeno-burguesa.
Esta animália pseudo-intelectual, uma oportunista chapada, enreda-se em contradições próprias de quem elegeu o empirismo como método de análise, apesar de ter a boca cheia de ciência. No caso da alegada pandemia de coronavírus veio agora afirmar que, em Março do corrente ano, como lhe disseram que o confinamento serviria para “aplanar a curva”, defendeu a medida terrorista e fascista sem reservas porque “...só (o) equacionava por 15 dias, tempo para requisitar hospitais e laboratórios privados”!!!
Ou seja, em vez de se juntar à voz da denúncia daqueles que
afirmavam que o confinamento assassino se destinava, primacialmente, a
escamotear o caos a que o Serviço Nacional de Saúde havia chegado, fruto da política
de sucessivos governos - do PS e do PSD, a sós, ou coligados – de desinvestimento
na saúde, com vista a preparar as condições para a sua privatização, Raquel
Varela preferiu juntar-se ao sector que impôs o confinamento!!!
E, num exercício de auto-suplicio e auto-flagelação, tipicamente medieval, preferiu optar por aquilo que ela própria classifica como
sendo “...medidas aplicadas...na Idade Média.” Tudo isto apesar de reconhecer
que “...o grande avanço do Renascimento foi afirmar, pela voz de corajosos cientistas, que o Homem é uma aventura
única no planeta”, sem contudo explicitar quem é este homem, a que classe
pertence, para se possa determinar e entender qual a classe que impõe o
confinamento assassino e terrorista e qual a classe que é forçada a sujeitar-se
a ele.
Nem a referência a Eduardo Galeano safa esta figura
menor da intelectualidade nacional.
Haverá quem, entre o Homo sapiens sapiens
não se sujeite e domine a natureza. Não é certamente o caso de Raquel Varela
que nunca se alcandorará ao patamar de Homo
imaginosus, pois não percebe como se pode projectar o futuro quando não
entende patavina do que se passa no presente, ou do que se revelou no passado.
Que fique claro. Raquel Varela apoiou o confinamento terrorista e assassino. E isto dito por si própria. Caucionou a suspensão da “democracia”,
dos direitos, liberdades e garantias que a Constituição burguesa instituiu e
que a burguesia rasgou em mil pedaços para satisfazer o seu projecto de “reinicialização”
do sistema capitalista (“Big Reset”). E fê-lo por oportunismo, ingenuidade,
imbecilidade, por seja o que for, contra os interesses da classe operária e dos
trabalhadores assalariados.
É, por isso, tão responsável como António Costa e o
seu governo de lacaios da burguesia por, “à espera da vacina”, se ter deixado
um “...lastro de mortos por outras doenças, a doença mental, as falências, a
erosão do SNS, a desagregação social...” que essa medida, enquadrada nas sucessivas
Leis de Emergência Nacional e de recolher obrigatório, implicou.
Será que esta alegada historiadora e cientista de pacotilha não conseguiu antever que o resultado da “opção pelo encerramento de serviços (porque a indústria, coração da produção de valor, onde há altas concentrações de trabalhadores - parece que a Raquel tem nojo em dizer operários -, não parou)...” iria, num quadro de “...concorrência entre empresas e Estados...” levar à falência “...as empresas mais frágeis e os Estados mais periféricos...”?!!!
Representante de uma pequena-burguesia em pânico
pelo fantasma da sua proletarização, já que, o que esta crise sistémica
mundial, agravada pela crise sanitária de Covid-19, levou à quebra da aliança
secular entre a burguesia, o grande capital, e esta classe cobarde e poltrona,
Raquel Varela, chega agora à conclusão de que “...sendo a interacção social tão
vital à vida como a alimentação ... a opção pelo confinamento é inconsequente e
cruel...”
E, ainda assim, o tiro sai ao lado. Para a classe
operária, para os assalariados, seja em Portugal, seja no mundo inteiro, a
interacção social é importante, não como um valor empírico e romanceado – como gosta
de se lhe referir esta pequena-burguesia diletante – mas, para se organizar,
lutar e elevar nos combates contra o sistema capitalista e imperialista a sua
consciência de classe e o papel que tem na transformação da sociedade e na
libertação do homem das grilhetas da escravatura assalariada.
É verdade que “...o confinamento foi imposto por um
sector que tem casas confortáveis, salário seguro e redes de apoio”, o quadro
perfeito para caracterizar a razão pela qual Raquel Varela apoiou o confinamento
assassino e terrorista. É verdade que ele “...foi imposto a uma população que
já vivia só...ou sem redes familiares densas...e que sempre trabalhou numa
fábrica ou empresa, usou transportes públicos e está obrigada a regressar a um
pequeno apartamento onde tem de estar fechado, com crianças, no meio da
ansiedade de perder o emprego”.
Tudo isto é verdade, como o é, também, a evidência
de que o confinamento “foi e é ... insensível à vida real da maioria da
população...”, imposto por um sector que, tal como a Raquel Varela, vive em “...casas
confortáveis, salário seguro e redes de apoio...”
Resposta Intervenção de Raquel Varela no programa "O Último Apaga a Luz "- RTP, 13 de Novembro de 2020....
ResponderEliminarQuero recordar, à Dr.ª Professora Raquel Varela:
Que o MRPP nunca fez parte do sistema, como sempre fez o PCP, como é do conhecimento geral -,estiveram presos nas cadeias portuguesas, simpatizantes e militantes, antes e depois da "Revolução do Cravos"!
Eu sei, que não tem grande simpatia pelo MRPP, mas isso não a impede, de um dia destes vir a fazer, uma só referência a um partido que combateu o fascismo e social-fascismo de Barreinhas Cunhal, e foram presos e torturados antes e depois do 25 de Abrl...