4 de Janeiro de 2021 Robert Bibeau
Por Nabil D.
- O presidente cessante dos EUA, Donald Trump, anuncia "acção espetacular" nas próximas horas. "Algo que ninguém viu antes", disse ele, pedindo ao presidente egípcio Abdelfattah Al-Sisi que adiasse para uma data posterior uma visita que havia programado ao Iraque por estes dias. Segundo fontes bem informadas, trata-se de uma agressão militar contra o Irão, como a que teve como alvo o vizinho Iraque em 1990 e 2003.
O mundo está a caminhar directamente para uma terceira Guerra do Golfo que Donald Trump deseja usar como tábua de salvação para continuar o seu mandato para além do prazo. O presidente derrotado na última eleição, que deve ceder o Salão Oval ao democrata Joe Biden em 20 de janeiro, não pretendia encerrar o seu tumultuoso mandato sem a "sua" guerra. Porque, explicam os especialistas em política externa dos Estados Unidos, só os presidentes que fizeram rebentar as bombas gravam o seu nome na história deste país fundado sobre a ingerência e o belicismo.
No Irão, os militares foram colocados em alerta total e todas os soldados foram mobilizados na previsão de um ataque que ocorrerá em breve. Um amigo próximo do presidente dos Estados Unidos postou uma mensagem nas redes sociais a afirmar que "um grande acontecimento fez Donald Trump voltar a correr para o seu gabinete na Casa Branca". “Prepare-se para fogos de artifício, este mês de Janeiro será o mês mais emocionante de toda a história, Donald Trump não vai ceder e não vai abdicar sem lutar, nem tudo acabou”, escreveu ele.
Especialistas americanos alertaram contra a decisão aventureira de Donald Trump de usar a guerra para permanecer no poder por mais quatro anos. Segundo eles, a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, teme uma agressão militar que ocorrerá contra o Irão antes de 7 de Janeiro. A Constituição americana estipula, de facto, que o Presidente dos Estados Unidos não deve mudar em caso de guerra.
Estas declarações são acompanhadas de medidas concretas incluindo, em particular, a cobertura aérea do Iraque e dos países do Golfo, em antecipação de ataques contra "objectivos que ameaçam os interesses dos Estados Unidos na região". "Parece uma luz verde para um ataque ao Irão", comentam os especialistas. Previsões apoiadas por um alto funcionário israelita que acabou de dizer ao jornal israelita Yediot Aharonot que "algo vai acontecer na região nos dias que virão e será pior do que tudo o que aconteceu antes." E acrescenta: "Vamos viver em estado de guerra durante vários dias."
N. D.
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