Esperam, assim, espalhar o pânico sanitário e o terror, para levarem os operários e os restantes trabalhadores assalariados a uma conclusão: a de que, só o confinamento insano e odioso, o absolutamente fútil recolher obrigatório, conseguiriam conter a pandemia de coronavírus – o Covid 19.
Um ano após, ao que se assiste é à falência desta política charlatã que não consegue tapar o sol com a peneira. Que não conseguiu travar a progressão da pandemia – antes pelo contrário, a agravou -, e que, perante o monumental falhanço, utiliza a arma do costume.
Culpabilizar terceiros das suas próprias culpas e responsabilidades. É o caos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), devido a uma recorrente política de desinvestimento no sector da saúde pública, o responsável pela situação. Não as festas que, ainda que fossem às centenas, nunca poderiam provocar o aumento das infecções e dos contágios que se regista.
E é por isso que o governo nunca se refere à situação nos transportes públicos que asseguram levar os operários e outros trabalhadores assalariados, encafuados que nem sardinhas em lata, para os locais onde serão explorados até à medula, em nome da manutenção dos “serviços essenciais”, como um dos principais factores de contágio, ou os lares de idosos que foram votados ao abandono de qualquer política preventiva ou de tratamento da infecção por Covid-19
É hora dos operários e dos trabalhadores assalariados portugueses resistirem como outros povos do planeta o estão a fazer, desde a França à Noruega, passando por Israel e a Holanda, até ao Líbano e à Espanha, pela Alemanha ea França, e muitos outros países.
No final da crise, para além de mais desemprego, fome, miséria, morte e indignidade, se não se levantarem agora contra estas medidas terroristas e fascistas, o que encontrarão será uma economia cada vez mais nas mãos dos grandes empórios capitalistas e imperialistas.
Em lugar das pequenas mercearias de bairro, verão emergir
mais grandes cadeias de supermercados. No lugar dos pequenos cinemas
independentes, sairão reforçados os monopólios das grandes distribuidoras de
filmes. Os cafés e restaurantes de rua perderão de vez a sua personalidade e
serão engolidos pelas grandes cadeias de “franchising”. As lojas de venda de
roupa multimarca serão substituídas pelas “grandes marcas” monopolistas.
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