quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

INFLACÇÃO CRESCENTE

 


 10 de Fevereiro de 2022   POETE PROLETAIRE 

O PIOR AUMENTO DA INFLACÇÃO DESDE 1991

Depois das eleições federais, os números reais saem. Gasolina+34,9%, Auto+6,3%, Habitação+4,4%, Porco+10,4%, Óleos Comestíveis+21,8%, etc.

O ataque à classe operária é MUNDIAL! E a Esquerda, os sindicatos, os grupos populares, os totós e os poetas estão a dormir na forma ?!? A isto chama-se Individualismo Liberal, segundo Jean-Claude Michéa, um intelectual francês. Lamenta o facto de os ideais modernistas burgueses terem engolido o socialismo – um processo que analisa num dos seus ensaios, o IMPASSE ADAM SMITH (Campus-Flammarion).

Onde ele escreve que: "George Orwell é de certa forma o pai do pensamento anti-totalitário. Agora que o anti-totalitarismo é hegemónico." Lembre-se da Bastilha. Estamos a chegar lá! Quando não há mais nada no frigorífico, sem mais empregos e sem mais casa... Teremos que lutar para recuperar o pouco que tivemos! Os sindicatos, a Caixa Popular, a FADOQ, etc. Desiludiram-nos. Todos infiltrados pelos 1%.

Bomba-relógio. Já não sou bem-vindo no restaurante local. A simpática garçonete tornou-se uma policial fanática! Eu, que não gosto do McDonald's, resigno-me a aceitar o óbvio ?!? Quero encorajar os loucos, mas não aceito ser sacudido e tratado como um criminoso porque recuso a famosa vacina. Aprecio esta experiência existencial. Não passo das ideias, mas de indivíduos concretos e das suas vidas concretas para pensar no mundo comum. Talvez estejamos a viver uma mutação antropológica que consagrou a vitória do indivíduo racional dos liberais sobre o homem decente de Orwell? A longo prazo, é razoável hoje afirmar construir decência comum numa moralidade partilhada?

Michéa diz-nos que este moralista, Orwell, previu que no século XX poucos intelectuais terão pago tanto por tentarem dar as suas vidas às suas ideias. Esta exigência moral é a base mais estável da dupla luta que tem constantemente travado contra o indiferente moral dos liberais e contra o "espírito reduzido ao estado do gramofone" que caracteriza os intelectuais totalitários. No entanto, Orwell deve imediatamente acrescentar que a decência comum – a primeira condição de qualquer revolta genuína – representava apenas para ele o ponto de partida necessário para a política socialista. É certamente necessário "confiar nele", escreveu, mas também e sobretudo para garantir o seu "desenvolvimento infinito" sob pena de estar preso, de uma forma ou de outra, no universo destrutivo do "comunitarismo" e do nacionalismo. Recordemos que Orwell, ao contrário dos intelectuais de esquerda de hoje, ainda sabia perfeitamente como distinguir este último do apego ao seu país natal e devoção patriótica. O que está em jogo aqui, portanto, é mais uma vez a eterna dialética do particular e do universal: neste sentido, qualquer teorização socialista deve algo a Hegel, mesmo que Orwell, como um bom inglês, tenha mostrado uma sólida indiferença ao trabalho deste último.

É só a Direita que faz cenas e que são organizadas? É um mundo de cabeça para baixo, em queda livre; Como a economia! Estamos a registar o pior aumento da inflacção desde 1991! E o que estão os nossos sindicatos a fazer? Nada, nada! Se forem aos campos de golfe de elite, verão o presidente da empresa e o presidente do sindicato a jogarem juntos. São membros do mesmo clube de golfe.

A caça aos homens, a caça às mulheres em hospitais e escolas. E há alguns da nova Esquerda, que acham isto normal?

A história repete-se. Aqui estamos!

John Mallette
, o poeta proletário

 

Fonte: HAUSSE DE L’INFLATION – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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