9 de Fevereiro de
2022 Robert Bibeau
Há uma meia verdade nestes memes da semana que te convido a ver na nossa revista web: Os MEMES DA SEMANA. Hoje: A INversão MESQUINHA-BURGUESA DE UMA BANDEIRA – Les 7 du Quebec: https://les7duquebec.net/archives/270056
O problema é a segunda metade que a primeira – a bandeira invertida – tem por missão dissimular.
É indiscutível que a esquerda social fascista e a direita clássica fascista estão a tentar tomar a liderança da espontânea manifestação popular dos camionistas canadianos e do milhão dos seus apoiantes em fúria.
Os primeiros (os social-fascistas da esquerda) realizam a sua tentativa de se infiltrarem sentados na vedação o mais longe possível do "Comboio da Liberdade" https://les7duquebec.net/archives/269961 a condenarem – condescendentes – os "pecados" dos manifestantes desorientados pela profusão de conselhos e anátemas de todos os lados – de todos os lados. A esquerda social fascista quer como prova – a não conformidade aos cânones esquerdistas dos slogans – bandeiras e estandartes – exibidas pelos manifestantes inexperientes na arte da contestação política, económica e social após um século de traição de esquerda.
Este último (a direita fascista clássica) está a tentar conquistar a liderança de dentro do movimento, puxando os manifestantes inexperientes para o nacional-chauvinismo – a reacção social e a defesa do "pequeno" capitalismo clássico, supostamente oposto ao capitalismo imperialista do monopólio do Estado... enquanto na realidade este pequeno capitalismo de subcontratados é a condição indispensável (ver a sua expansão na China pseudo-comunista: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2022/02/a-inevitabilidade-de-um-great-reset.html ).
As duas correntes – social-fascista e fascista clássica – apoiam-se mutuamente – sendo cada seita dogmática a justificação e o garante da outra seita (as duas faces de Janus). Não estamos surpresos em vê-los a agitar na periferia do movimento popular... Os COLETES AMARELOS entraram em colapso sob os seus golpes repetidos-coordenados- combinados: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2021/12/ha-tres-anos-que-o-governo-frances-luta.html . Mas, sem dúvida, este movimento popular se levantará.
Estes slogans espontâneos, vindos da colorida – indisciplinada – multidão canadiana sem supervisão (ao contrário da manifestação na Cidade do Quebec onde a burocracia sindical liquidou o movimento bem supervisionado pelos mercenários da polícia), dão o verdadeiro pulso da base – dos pequenos mobilizados e enfurecidos... os únicos que nos importam.
Nós, proletários revolucionários, nunca abandonaremos a nossa classe social aos reaccionários da esquerda ou da direita.
Nós proletários revolucionários, é de dentro do movimento popular – o mais próximo possível da base – mesmo que temporariamente desorientada – e manipulada – por seitas perversas para o deleite dos meios de comunicação mentirosos (retransmissores do coro de falsificadores da esquerda e da direita) – que vamos mobilizar os plebeus para a defesa dos seus verdadeiros interesses que um manifestante de Otava resumiu tão bem: "Quero a liberdade de apoiar a minha família com o meu camião e o meu trabalho árduo" (https://les7duquebec.net/archives/269867 – https://youtu.be/_LLY-_AxaGQ) ... Eu sei, estamos longe dos estúpidos apelos à "revolução" dos social-fascistas e dos fascistas, e isso é bom... as condições para a insurreição popular ainda não foram cumpridas... amadurecem dentro destes movimentos espontâneos – repetidos – populares... que saudamos em toda a fraternidade em França, nos EUA e noutros lugares. https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2022/02/coronavirus-em-franca-comboio-da.html
Que nasçam centenas de movimentos espontâneos de resistência!
Pela defesa das nossas condições de vida e de trabalho!
Pela abolição de todas as medidas estatais de controlo e repressão dos
trabalhadores!
Pela liberdade de se mover – trabalhar – educar-se – ser tratado e não ser
monitorizado – espiado – controlado – autuado – reprimido – matraqueado–
espancado - aprisionado!
Robert Bibeau.
Editor
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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