15 de Fevereiro
de 2022 Robert Bibeau
Por Brigitte Bouzonnie.
Ontem, os Coletes Amarelos fizeram o que todos pensavam ser impossível.
Regresso a Paris, apesar da proibição formal decretada por Macron. Os veículos
blindados anti-tanque do Lallemand. Há 40 portas ao redor de Paris, nem todas
foram monitorizadas pelo CRS. Pessoalmente, ontem de manhã, encontrei quatro
motos de coletes amarelos na porta de Rungis.
1°)- Acontecimentos majestosos,
imponentes e determinados:
Os Coletes Amarelos fizeram o que todos pensavam impossível: fazer demonstrações monstruosas a partir da Place d'Italie. Do Ministério da Saúde. Do Metro Alésia e Palais-Royal. E acima de tudo uma reunião nos Campos Elísios, como não era possível fazer há muito tempo. A foto abaixo mostra uma delas a juntar-se ao metro da Nação: impressionante, majestoso, determinado desfile.
Os Coletes
Amarelos/anti-passe sanitário-vacinais estão na sua 52ª manifestação contra Macron desde 17
de Novembro de 2018. Com muito belos encontros históricos como a manifestação de 17 de Agosto
de 2021, onde houve 3,8 milhões de manifestantes; número obtido pelo site
anti-passe-sanitário calculado com a ajuda da tecnologia de reconhecimento
facial e 500 voluntários no terreno.
No caminho, em
Limoges, Lyon, Orleães, os coletes amarelos foram recebidos como heróis, por
aplausos, uma Marselhesa tomada por todos, até mesmo uma exibição de
fogo-de-artifício. O
que mostra como os Coletes Amarelos/anti-passe-sanitário são legítimos nas
cabeças e nos corações. Eles formam, juntamente com os activistas de contra-
informação, uma oposição extra-parlamentar a Macron: o único representante dos
problemas do fim do mês e a legítima recusa à obrigação de vacinar com produtos
assassinos, que o povo francês sofre.
De uma forma hiperpolítica, no ano passado, na France 2, Mélenchon tentou recuperar o nosso belo movimento, falando sobre o poder de compra e levantando o constrangimento da obrigação de vacinação. Aquele que não disse uma única palavra ao longo do mandato de cinco anos sobre a defesa do poder de compra. E que se alongou com medo perante a gestão viciosa da pandemia cóvidia de Macron desde Março de 2020: silêncio sobre a ausência de máscaras. Silêncio sobre os confinamentos que geraram 15 milhões de esgotamentos nervosos. O silêncio sobre as fronteiras deixadas escandalosamente abertas. Silêncio sobre vacinações obrigatórias. Corbière disse mesmo publicamente que era a favor das vacinas Pfizer, Moderna e Astrazeneca.
2°)- Apesar da ordem de ausência de
violência, a Polícia agrediu os manifestantes, atingindo vários coletes
amarelos na cabeça:
Ainda ontem, na BFM-TV, tivemos de ouvir os jornalistas a soldo, como diz Anne Saurat-Dubois no essencial: "temos de os neutralizar sem os vencer. Cuidado com as imagens de violência a dois meses da primeira volta" (sic). Resumindo, ao ouvi-lo, a polícia teve de se comportar como amas do jardim de infância. Cansado, era só gaseamento, incluindo turistas. Tiros de aviso. E, infelizmente, um ferido grave na cabeça, como Laurent Denave, colete amarelo desde a primeira hora, relata na manifestação nos Campos Elísios: "Gás à vontade, cargas em todas as direcções, feridos incluindo um grave (um rumor circulava durante algum tempo, pensávamos que ele estava morto, mas espero que não seja o caso) e detenções por nada..." (sic). Já para não falar da brutalidade da polícia de Montpellier, como mostra o vídeo acima.
Isto mostra até que ponto a Macronia está sem fôlego: não tendo mais nada para responder às queixas dos manifestantes de que o bastão abjecto, apesar das instrucções de não-violência... etiquetas. O manifestante atingido na cabeça é um terrível erro político de Macron, porque não acredito nem por um segundo num "erro" pessoal.
Além disso, o site "Polícia e liberdades" monta um vídeo que chocou os utilizadores da Internet do Tweeter: um agente da polícia aponta um carro com a sua arma. A polícia partiu a perna de um manifestante.
Em resumo, íamos ver o
que íamos ver: nada de coletes amarelos em Paris. Uma manifestação sem
violência. Tivemos exactamente o oposto. Tanto Macron não sabe fazer outra
coisa senão destruir, magoar, rebentar a cabeça do povo francês, como mostra o
documentário recentemente lançado sobre os Coletes Amarelos intitulado "Quando a Polícia é uma força de desordem" dirigida por
Yanis Mhamdi, para o site "Les Crises".
Para ser consultado:
Fonte: Très belle mobilisation des Gilets Jaunes. La Police a violenté les manifestants – les 7 du quebec
Este artigo
foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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