O paradoxo de Bretton Woods: “Quem ganha, perde!” O
fim do dólar hegemónico (Varoufakis)
15 de Maio de 2025
Robert Bibeau
Por Robert Bibeau .
Varoufakis apresenta uma
análise penetrante da economia capitalista mundializada em crise sistémica. A
Europa carece de 600 mil milhões de dólares de investimento tecnológico",
afirma Varoufakis. O continente europeu é incapaz de formar um pólo
imperialista hegemónico, lamenta. A Europa não tem qualquer plano para se
posicionar na guerra hegemónica que opõe as superpotências americana e chinesa,
que opõe o dólar ao yuan, que opõe a Reserva Federal americana ao Banco Central
da China. Este confronto titânico levou
ao colapso dos acordos de Bretton Woods de 1944. Ver Bretton Woods: https://www.larousse.fr/encyclopedie/divers/accords_de_Bretton_Woods/110154
Sugestões que Yanis Varoufakis dirige
aos governos da União
Europeia para uma Nova Ordem Económica Mundial pós- Bretton Woods :
(sic)
1)
Ignorar Donald Trump e a sua ridícula
chantagem tarifária.
2) Abrir uma linha de comunicação e comércio entre a
União Europeia e a China.
3) Abolir as taxas alfandegárias impostas à China por
ordem dos Estados Unidos (sobre painéis solares, por exemplo).
4) Lançar um programa europeu de investimento
tecnológico endossado pelo Banco Central Europeu e pelo Banco Central da China.
5) Abrir uma conta bancária digital para cada cidadão
europeu.
Pela nossa parte, consideramos que os acordos de
Bretton Woods são efectivamente obsoletos, uma vez que se baseavam nos
excedentes comerciais americanos que garantiam a hegemonia do dólar
americano... esses excedentes desapareceram há décadas. São necessários novos acordos económicos,
comerciais, aduaneiros e financeiros para regular o comércio entre os países
capitalistas. Estes novos acordos terão de ter em conta a posição hegemónica da
China e dos países do Sul, os BRICS, no comércio mundial. Os capitalistas
financeiros estão no lugar do condutor e não desejam o apoio da classe
proletária para aumentar os seus despojos de guerra e regular o seu comércio e
a sua riqueza derivada da exploração do trabalho assalariado. No entanto, a
agitação multifacetada das potências capitalistas não visa a constituição de
uma Nova Ordem Económica Mundial, mas sim a reorganização da actual Ordem
Económica Capitalista Mundial, tendo em conta a nova divisão mundial do
trabalho, a mais-valia, os lucros e a acumulação de capital. Temos de estar conscientes dos esquemas e
conspirações que nos ameaçam enquanto classe antagónica, mas não devemos
militar a favor de qualquer facção imperialista.
Fonte: https://les7duquebec.net/archives/299890#
A introdução ao vídeo foi traduzida
para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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