quinta-feira, 15 de maio de 2025

O paradoxo de Bretton Woods: “Quem ganha, perde!” O fim do dólar hegemónico (Varoufakis)

 


O paradoxo de Bretton Woods: “Quem ganha, perde!” O fim do dólar hegemónico (Varoufakis)

15 de Maio de 2025 Robert Bibeau


Por Robert Bibeau .

Varoufakis apresenta uma análise penetrante da economia capitalista mundializada em crise sistémica. A Europa carece de 600 mil milhões de dólares de investimento tecnológico", afirma Varoufakis. O continente europeu é incapaz de formar um pólo imperialista hegemónico, lamenta. A Europa não tem qualquer plano para se posicionar na guerra hegemónica que opõe as superpotências americana e chinesa, que opõe o dólar ao yuan, que opõe a Reserva Federal americana ao Banco Central da China.  Este confronto titânico levou ao colapso dos acordos de Bretton Woods de 1944. Ver Bretton Woods: https://www.larousse.fr/encyclopedie/divers/accords_de_Bretton_Woods/110154

Sugestões que Yanis Varoufakis dirige aos governos da União Europeia para uma Nova Ordem Económica Mundial pós- Bretton Woods : (sic)

1)      Ignorar Donald Trump e a sua ridícula chantagem tarifária.
2) Abrir uma linha de comunicação e comércio entre a União Europeia e a China.
3) Abolir as taxas alfandegárias impostas à China por ordem dos Estados Unidos (sobre painéis solares, por exemplo).
4) Lançar um programa europeu de investimento tecnológico endossado pelo Banco Central Europeu e pelo Banco Central da China.
5) Abrir uma conta bancária digital para cada cidadão europeu.

Pela nossa parte, consideramos que os acordos de Bretton Woods são efectivamente obsoletos, uma vez que se baseavam nos excedentes comerciais americanos que garantiam a hegemonia do dólar americano... esses excedentes desapareceram há décadas.  São necessários novos acordos económicos, comerciais, aduaneiros e financeiros para regular o comércio entre os países capitalistas. Estes novos acordos terão de ter em conta a posição hegemónica da China e dos países do Sul, os BRICS, no comércio mundial. Os capitalistas financeiros estão no lugar do condutor e não desejam o apoio da classe proletária para aumentar os seus despojos de guerra e regular o seu comércio e a sua riqueza derivada da exploração do trabalho assalariado. No entanto, a agitação multifacetada das potências capitalistas não visa a constituição de uma Nova Ordem Económica Mundial, mas sim a reorganização da actual Ordem Económica Capitalista Mundial, tendo em conta a nova divisão mundial do trabalho, a mais-valia, os lucros e a acumulação de capital.  Temos de estar conscientes dos esquemas e conspirações que nos ameaçam enquanto classe antagónica, mas não devemos militar a favor de qualquer facção imperialista.

 


 

Fonte: https://les7duquebec.net/archives/299890#

A introdução ao vídeo foi traduzida para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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