PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES UNÍ-VOS! |
1º de Maio, viva a luta internacional dos proletários
para derrubar a sociedade capitalista!
1 de Maio de 2025 Robert Bibeau
PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES UNÍ-VOS! |
Quem sabe hoje que o Primeiro de Maio teve origem numa
manifestação de trabalhadores que foi afogada em sangue em Chicago, em 1886? Em
memória deste massacre, os dirigentes dos partidos operários dos vários países,
reunidos numa Internacional, fizeram deste dia um dia de luta e de
solidariedade para com os trabalhadores além fronteiras?
Todos os dias 1 de Maio, os operários de todo o mundo eram chamados a fazer greve e a manifestar-se com uma reivindicação comum, a jornada de oito horas, para que “o operário deixe de ser um mero instrumento de trabalho e comece a tornar-se um homem”.
Durante décadas, o 1º de maio foi um dia para enfrentar a repressão patronal e a mobilização policial. Continua a sê-lo em muitos países. Mas em França (e no Canadá, e nos Estados Unidos), o regime reaccionário de Vichy, liderado por Pétain, transformou este dia de luta num inocente “Dia do Trabalhador”. Desde então, o dia 1 de maio é um dia feriado remunerado.
Assim, há muito tempo que a burguesia e os dirigentes políticos não se preocupam com os desfiles do 1º de maio. E é esse o problema! Na ausência de lutas e de organizações operárias dignas desse nome, o grande capital e o governo fazem o que lhes apetece.
Aqui, os capitalistas estão a atacar meticulosamente
as nossas condições de trabalho e de vida. Esta semana, a ArcelorMittal, apesar
de mais de mil milhões de lucros e 300 milhões de ajudas estatais, voltou a
anunciar 600 despedimentos. Por seu lado, o governo está a afinar um novo
ataque de 40 mil milhões de euros.
Ao mesmo tempo que dá à burguesia e ao grande capital milhares de milhões em benefícios fiscais e aumenta o défice, jura que a dívida é insustentável e que é urgente cortar nas despesas úteis à população. E apesar do facto de milhões de nós trabalharmos até aos ossos por salários de miséria, o governo acha que não estamos a trabalhar o suficiente!
A nível internacional, os dirigentes da burguesia dão provas de um cinismo ainda mais arrepiante. Depois de ter fingido que os Estados Unidos ajudariam a Ucrânia a libertar-se, Trump está a unir forças com Putin para partilhar os principais recursos do país. Não faz segredo dos seus projectos imperialistas sobre a Gronelândia e o Canadá, nem dos seus preparativos para a guerra com a China. E deixa Netanyahu exterminar os palestinianos em Gaza, onde planeia construir uma Riviera.
Os Trump, Putin, Xi Jinping e Macron, tal como os
capitalistas, sabem que, para dominar, têm de esmagar os trabalhadores e
espezinhar os povos. E sabem que o seu reinado só pode ser sustentado pela sua
arte de colocar os oprimidos uns contra os outros, dividindo-os através do
racismo e do nacionalismo.
Enquanto os deixarmos governar e comandar-nos, afundar-nos-emos na desigualdade, na miséria, na divisão, no ódio, na barbárie e na guerra (NDE). Seremos condenados a servir de alimento para os lucros ou de carne para canhão.
Um outro caminho é possível: o da solidariedade internacional dos operários e da sua luta pelo poder!
A classe capitalista é tão forte quanto o nosso fraco espírito de luta e a nossa falta de consciência. Deixamo-nos controlar por um bando de rapaces incapazes de gerir a sociedade por si próprios. Curvamo-nos aos ditames de uma classe de parasitas incapazes de produzir os seus lucros e o seu capital sem nós. Incapazes, até, de cuidar dos seus filhos, de cozinhar para si próprios e de se deslocarem sem o trabalho de uma armada de criados!
Tomemos consciência do poder que temos colectivamente nas nossas mãos! Não só para nos defendermos e sermos respeitados, mas também para fazer funcionar a sociedade e, por conseguinte, para a organizarmos e gerirmos nós próprios.
Foi também esta tomada
de consciência que esteve na origem do 1º de maio. Os trabalhadores estavam
também a afirmar a necessidade de pôr fim à exploração do homem pelo homem, por
outras palavras, ao capitalismo. Afirmavam-se como uma classe social que
desafiava a burguesia pelo poder, a fim de construir o socialismo à escala
internacional.
Numa altura em que a burguesia está a destruir milhões de vidas, a destruir o planeta e a conduzir-nos para uma terceira guerra mundial, é esta consciência que temos de redescobrir e difundir. É este o objectivo da marcha de Lutte Ouvrière de quinta-feira, 1 de Maio. Juntemo-nos todos a ela!
Por Nathalie ARTHAUD, em https://www.lutte-ouvriere.org/portail/editoriaux/1er-mai-vive-lutte-internationale-travailleurs-changer-societe-183830.html
Fonte: https://les7duquebec.net/archives/299614?jetpack_skip_subscription_popup#
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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