quinta-feira, 25 de abril de 2024

ECLIPSE 2024

 


 25 de Abril de 2024  POETE PROLETAIRE 

 

ECLIPSE 2024

 

A lua, hipócrita,

Invade o espaço

Entre um sol arrogante

E o planeta Terra submisso

A uns poucos humanos

Fascinados por este espetáculo...

Sobre-humano!

 

Um rude despertar!

É demasiado grande

Para eles compreenderem

A importância deste fenómeno

Para além do seu reino

Que não é um... obviamente!

 

Os humanos não têm controlo

sobre o que acontece!

Simplesmente alinham com ele.

Ele submete-se às exigências

de algo mais poderoso do que ele.

 

A lua destruída

Causadora desta convulsão

Continua de acordo com os seus dois cúmplices.

Por consentimento com o brilho

Que irrompe de repente

Antes de se apagar lentamente,

 

A realização do milagre

De uma função brutal,

De uma ânsia vital,

se realizou, diante dos nossos olhos mascarados.

Não nos resta outra alternativa senão aceitar,

consentir com a afirmação.

Não somos os mais fortes.

 

A realidade não faz apenas mal

Ao ego humano, mas as nossas exigências

À Mãe Natureza,

Que suporta, sem vacilar

As nossas afrontas a este aglomerado desregrado

Que mais destrói do que eleva

 

John Mallette
, o poeta proletário

 

 

Fonte: ÉCLIPSE 2024 – les 7 du quebec

Este poema foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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