15 de Abril de 2024 Olivier Cabanel
OLIVIER CABANEL — No passado, eu falava sobre a alternativa homeopática para combater a gripe.
Outra
alternativa são as plantas.
Não é segredo que a maioria dos nossos medicamentos vem do uso de plantas.
Por exemplo, a famosa aspirina, que vem simplesmente da casca do
salgueiro. link
Os pesquisadores viajam regularmente ao redor do mundo à procura de novas
plantas para usar em remédios futuros.
África, mas também a China, são lugares privilegiados para os cientistas,
que não hesitam em investigar populações antigas, numa tentativa de
descodificar o uso que fazem das plantas que as tratam regularmente desde os
primórdios dos tempos.
Na China, 4 plantas acabam de ser usadas em conjunto para combater a gripe
A.
Dos 1040 pacientes, escolhidos entre todas as faixas etárias da população,
756 foram curados sem a necessidade de usar uma vacina.
Botões de groselha preta, rosa mosqueta, cânfora, melaleuca, alecrim,
salgados, tomilho e muitos outros têm propriedades antivirais conhecidas desde
os primórdios dos tempos.
A propósito, este é o momento de especificar que o Tamiflu mencionado num
artigo recente, contém entre outras coisas Badiana, também chamado de anis
estrelado, anis siberiano, erva-doce chinesa ou mesmo anis chinês.
Este fruto da árvore badiana (membro do género illcium), cujo óleo
essencial é o anetol, era antigamente conhecido por tratar as perturbações
gastrointestinais, a aerofagia, a tosse e o mau hálito.. link
Sendo a China o principal produtor de anis estrelado, é neste país que os
laboratórios obtiveram 90% dos seus fornecimentos para criar o Tamiflu.
Com plantas, é tudo sobre dosagem.
Mesmo que o anis estrelado seja usado hoje para fazer pastis, ou pasta de
dentes, pode ser fatal em altas doses.
Em 2005, uma criança morreu na Alsácia depois de beber uma poção
incorretamente doseada de anis estrelado.
Mas voltemos aos nossos vírus.
Há seis anos, 3.000 pacientes com SRAG foram tratados e curados graças à
farmacopeia chinesa.
Na edição de 10 de Setembro de 2009 do jornal "Le Point", um
artigo sobre este assunto, escrito por Olivia Recasens e Christophe
Labbé. link
Eles afirmam que "os hospitais chineses estão a armazenar plantas
medicinais em antecipação ao tsunami viral".
A OMS e a China acabam de financiar novos testes no valor de 1,5 milhões de
euros.
Para combater a AIDS, as plantas medicinais são consideradas uma verdadeira
alternativa terapêutica para aqueles que não podem pagar ARVs
(anti-virais-retroactivos).
Um tratamento à base de plantas custa apenas 50.000 francos CFA por
paciente por ano.
O astrágalo, por exemplo, é conhecido por estimular a produção de vários
tipos de elementos de reforço imunológico (quimiocina/citocina). link
A citocina é, na verdade, um conceito que compreende uma gama de
substâncias produzidas pelo sistema imunológico e pode ser entendida como a
linguagem do sistema imunológico através da qual a comunicação intercelular
ocorre.
Desde o aparecimento da SIDA, os doentes que sofrem da doença têm vindo a
utilizar várias fórmulas da medicina chinesa, incluindo plantas medicinais.
O professor Hiroaki Nanba, da Universidade de Kobe, no Japão, está convencido da eficácia das plantas medicinais para reforçar ou reactivar o sistema imunitário.
Até os cogumelos, tão apreciados pelo Conde de Champignac, são actualmente utilizados na luta contra o VIH, como o Lentinus edodes, o ganoderma lucidum e a grifola frondosa, mais conhecida por "galinha do mato", deliciosa planta comestível quando jovem.
Estudos recentes realizados por várias universidades (Harvard Medical School EUA, Universidade Estadual de São Paulo Brasil, Tulane University School of Medicine EUA, Baylor College of Medicine EUA, Universidade de Kobe no Japão, etc.) demonstraram a eficácia do Beta Glucan como estimulante do sistema imunitário. É extraído de certos tipos de cogumelos, algas e leveduras.
Portanto, como dizia um velho amigo africano:
"o velho elefante sabe onde encontrar água".
Fonte: Ces plantes qui tuent les virus – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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