11 de Abril de 2024 POETE PROLETAIRE
Há revoltas por todo o mundo. Povos esmagados, reduzidos à escravatura, que
de repente decidem que já chega. E põem-se em movimento, armados com velhos
mosquetes herdados dos seus avós, como em Saint-Eustache, em Dezembro de 1837.
Estas revoltas eram justificadas, é claro. Mesmo que o Governo canadiano
persista em chamar hipocritamente terroristas a um dos lados! E participa activamente
no esmagamento dos seus povos empobrecidos, condenados à extinção, como na
Palestina, no Mali e no Afeganistão.
Os nossos povos ameríndios, aqui mesmo no Canadá, não terão água corrente
nem electricidade em 2023! Que vergonha! E se estes povos ousarem revoltar-se,
enviaremos o NOSSO exército para os esmagar, como de costume. Como a revolta
dos Métis em 1885, com o grande revolucionário Louis Riel, que liderou a
resistência contra o poder branco no Canadá Ocidental. Foi derrotado e
enforcado, juntamente com sete chefes ameríndios.
E isto continua por todo o mundo, com o governo canadiano a colaborar sem
escrúpulos no domínio de certos países. Porque NÓS deixamos. Como na Irlanda,
por exemplo, em 1920, onde o governo canadiano apoiou o Império Britânico.
A Irlanda é a pátria da minha mãe. Derrotaram o Império Britânico em 1920.
Aconteceu o impossível! "Eles venceram! A palavra de ordem de todas estas
revoltas celtas era: "Os tubos estão a chamar-nos! E os gaiteiros andavam
por aí a tocar as melodias revolucionárias que os camponeses conheciam mas os
ingleses não.
Quando o general irlandês Michael Collins apareceu, após a derrota da
poderosa máquina militar britânica, para assinar o acto de rendição (humilhante
para os ingleses), o general inglês repreendeu Michael Collins:
"Está dois minutos atrasado, Sr. Collins!"
E Michael Collins respondeu:
"Não, general, não estou atrasado. O meu povo esperou 800 anos por
este momento!
Tudo é possível quando um povo está farto, como nos EUA com George
Washington ou no Vietname com Ho Chi Min! É uma questão de perseverança e de
confiança no povo, que geralmente não tem nada a perder.
John Mallette
, o poeta proletário
Fonte: MOUVEMENTS DE RÉVOLTES! – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário