30 de Dezembro de 2021
Vou citar no meu artigo passagens de um livro de um grande filósofo,
Herbert Marcuse, O
FIM DA UTOPIA. Experimentou a chegada de Hitler ao poder na Alemanha e o início do
fascismo. Escreveu o seu livro em 1968. Acredito que está a acontecer o mesmo
aqui.
A brecha alarga-se, uma ilegalidade flagrante. Estamos na fase da caça às
bruxas. Foi vacinado? UM CRIMINOSO! Estamos a caminhar para uma ditadura
fascista e todos parecem estar ansiosos por ela? Tornaram-se cidadãos de
segunda e terceira classe e os quebequenses parecem gostar? E toda a elite,
incluindo os sindicatos, concorda? Como chegamos aqui? 2021-09-07, evento
simbólico, que constitui um ponto de viragem no desenvolvimento do sistema, de
uma sociedade livre a uma sociedade escravizada graças à presumível... crise?
O ataque histórico aos profissionais de saúde. Depois de felicitá-los e
encorajá-los durante a pandemia, quando arriscaram as suas vidas. Agora vamos
demiti-los porque eles recusam a vacina. Obrigado, olá! E os sindicatos, os
nossos defensores? Lavam as mãos. Pagamos pelo sindicato, pagamos pelo seguro
de saúde, mas deixaremos de ter direito a isso; nem ea um nem a outro!
ISTO É VIOLÊNCIA DO ESTADO! Aceitem advogados para recursos colectivos. Ides
ganhar. Mas não amanhã. Em cinco anos... mais ou menos? Isto é a justiça no
Quebec (e em Portugal e noutras partes do
mundo capitalista – NdT).
A luta pela vossa libertação acabou de se intensificar! Com métodos que
ainda estão por definir. O 1% centra-se agora nos "outsiders" e nos
"líderes", aqueles cuja consciência e instintos se rebelam contra a
orientação pouco saudável de uma sociedade subjugada.
HERBERT MARCUSE em 1968: fala dos estratos sociais, que, graças à sua posição ou à sua formação, têm a possibilidade – e não sem dificuldade– de conhecer os factos e de compreender a sua ligação recolocando-os no seu contexto. Eles retêm conhecimento da contradição cada vez mais nítida inerente à "sociedade da abundância" e do preço que ela cobra às suas vítimas, muitas vítimas.
É necessário reconhecer nelas o novo proletariado e, como tal, talvez
constituam um perigo real para o sistema mundial do capitalismo, o 1%. Sim,
temos de nos defender desta ameaça. Um primeiro passo para a POSSÍVEL abolição
do dominação.
Numa verdadeira democracia, a minoria pode fazer-se ouvir, mas sem ter a
autoridade que só a maioria detém. Mas com um trabalho de convicção, a minoria
pode tornar-se a maioria! Somos uma minoria progressista numa civilização que
se tornou repressiva. Isto não é o fim. Podemos construir sobre isso.
Estamos a entrar numa ditadura fascista. A opressão do governo é ilegal. A nossa legítima minoria dá-nos um estatuto que impede o descrédito. É agora necessário sair da situação minoritária através de métodos pacíficos e não violentos. A fórmula vencedora, a diferença essencial. É um trabalho de educação. Por enquanto, o seu voto conta. Mas não há escolha? Cancelarei o meu voto para demonstrar o meu profundo desgosto por esta situação de absolutismo estatal. Já tivemos 7% aqui no Quebec e isso causou um grande escândalo! Isto é um começo. Tem ideias não violentas? A violência mata o sucesso. Pretendo o sucesso.
John Mallette,
o poeta proletário
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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