O “pecado original” de uma participação eleitoral anti-operária!

 

O “pecado original” da revisionista e social-fascista Cidália Guerreiro, não foi o ter colocado em causa o montante de 19.000 mortos Covid assinalados por um promotor de jornalixo, imbecil e apagado, como é o Carlos Daniel, durante o o “debate” que a RTP1 promoveu com os “pequenos” partidos, aqueles sem representação parlamentar como é o caso do PCTP/MRPP.

O “pecado original” foi o ter arrastado um Partido, supostamente comunista e operário, para uma mascarada eleitoral  como aquela que se desenrola neste momento. Foi ter imposto uma humilhante caricatura do que deve ser uma abordagem marxista aos fenómenos sociais que mais interessam aos operários e seus aliados, os restantes escravos assalariados.

A prestação da revisionista e social-fascista Cidália Guerreiro, como seria de esperar – e o aviso foi por mim feito em devido tempo https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2021/12/a-questao-nacional-e-participacao-dos.html  – está a contribuir, não para a divulgação do programa dos comunistas – como prometeram para convencer os incautos no seio do Partido – mas, para fazer brilhar personagens como o imbecil Carlos Daniel e o “bobo da corte” do regime que é Ricardo Araújo Pereira e, sobretudo, conferir uma auréola de “ciência” à classe dominante que, de forma canina, segue todas as instruções que o imperialismo, o capitalismo em decadência e a BIG PHARMA impõem.

Quanto à questão sanitária, o número de mortos COVID em Portugal tanto pode ter sido de 19 mil como superior – em minha opinião se adicionarmos a este registo o número de mortos NÃO-COVID que ocorreram devido à gestão sanitária implementada contra o COVID – ele será muitíssimo superior! A questão é saber quantas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se, tal como o denunciei desde a primeira hora, o modelo de gestão do SNS em que assentou o “combate” à alegada pandemia COVID, não fosse um modelo profundamente fragilizado pela gestão capitalista, assente no pressuposto do “just in time”.

A questão está em saber quantas mortes devidas ao COVID teriam sido evitadas se a classe dominante não tivesse aceite incorporar na sua estratégia de “combate” ao COVID a imposição de retirar aos médicos de família a sua função de OBSERVAR, DIAGNOSTICAR e TRATAR/CURAR a doença provocada pelo vírus SARS-Cov2. O que impediu uma adequada estratégia de prevenção que teria salvo milhares de utentes de lares da 3ª idade, onde se registou a maior hecatombe de mortes atribuídas ao COVID.

A classe dominante – em Portugal e no resto do mundo – decidiu apostar no “milagre” da vacina. “Milagre” que se está a revelar absolutamente falso, já que quanto mais se vacina – o que inclui as doses de “reforço” – mais aumenta o número de infectados e, potencialmente, de mortos COVID 19. E abandonaram, por motivos meramente económicos e financeiros – o que só tem beneficiado as grandes empresas farmacêuticas envolvidas na pesquisa e desenvolvimento das actuais vacinas – a utilização de moléculas/medicamentos preventivos muito mais eficazes e muito mais económicos, como demonstram os resultados que obtêm há várias décadas.

A questão não é, pois, negar ou desvalorizar, colocar em causa, o número de mortes COVID 19. É, bem pelo contrário, aproveitar o momento para denunciar uma verdadeira pandemia, muito mais extensa e letal, NÃO-COVID, que emergiu das política de “combate” à alegada pandemia Covid, consequência do adiamento de dezenas de milhar de cirurgias, da não realização de milhões de exames auxiliares de diagnóstico, muito mais de um milhão de consultas externas de especialidade que não foram implementadas o que fez disparar todos os alarmes no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento, controlo, contenção e cura de doenças como o cancro, a diabetes, a hipertensão, doenças vasculares como AVCs, etc.

Como seria de esperar, a revisionista e social-fascista Cidália Guerreiro prestou, uma vez mais, um péssimo serviço à classe operária e aos restantes escravos assalariados. Primeiro porque levou aquele que deveria ser o Partido Comunista Operário a participar nesta mascarada eleitoral que anuncia, à partida, quem serão os candidatos previamente escolhidos pelo grande capital e pelo imperialismo a gerir o sistema que melhor os serve nos próximos – espera-se – 4 anos! Depois porque, a sua impreparação, o seu desnorte teórico, intelectual, revelam, uma vez mais o seu profundo analfabetismo quanto à ciência marxista, materialista-dialéctica.

O Partido, a esquerda que ainda sobrevive no seu seio, vai a tempo de dar uma resposta adequada à questão que se impõe: salvar financeiramente o Partido ou restaurar a confiança da classe operária numa direcção comunista, operária? A sobrevivência daquele que já foi o Partido Comunista Operário depende da rapidez e da força com que a esquerda no seu seio reaja. Confiar nas massas de operários e escravos assalariados, pode resolver a primeira premissa. Aprofundar o  estudo do marxismo assegurará, certamente, a segunda!

 

Luis Júdice