sábado, 24 de abril de 2021

Estranha mortalidade em Gibraltar após a vacinação

 


 24 de Abril de 2021  Robert Bibeau 

Por Gilad Atzmon

Gibraltar tem actualmente a pior taxa de mortalidade per capita do mundo para Covid-19 (2791 por milhão no momento da publicação). O desastre começou em 12 de Dezembro, quando houve um aumento sem precedentes no número de casos (veja gráfico abaixo). Até então, como noutros países europeus, os casos de Covid estavam em constante declínio há algum tempo. Em Gibraltar, o número de casos caiu durante quase um mês desde 13 de Novembro.

O que as pessoas não sabem é que poucos dias antes de Gibraltar se transformar numa zona de destruição covávida, 273 trabalhadores espanhóis de saúde a trabalhar com idosos e populações vulneráveis de Gibraltar teriam sido vacinados com a vacina Pfizer.

A rádio Gibraltar Bay informou em 7 de Dezembro de 2020 que "mais de 9.200 cidadãos espanhóis cruzam a fronteira de Gibraltar para trabalhar. Planos de vacinação ainda estão a ser desenvolvidos, mas cerca de 273 trabalhadores que trabalham em agências de cuidados aos idosos podem tornar-se os primeiros cidadãos espanhóis a receber a vacina da Pfizer. »

O jornal espanhol El Pais cita Antonio Sanchez, um espanhol que cuida de duas crianças autistas num centro de acolhimento de jovens, que sabia que ele seria um dos primeiros a receber a vacina. "Eu sou um dos primeiros. O sub-contratado para quem trabalho disse-nos que é muito provável que eles comecem a vacinar-nos na próxima semana [a semana que começou em 7 de Dezembro]. »

Em 8 de Dezembro, o site elperiodico.com anunciou que "os trabalhadores espanhóis de saúde e assistência em Gibraltar serão os primeiros no país a serem vacinados contra o coronavírus a partir de terça-feira (8 de Dezembro) como parte do programa de vacinação do governo de Gibraltar".

Até agora, tínhamos considerado Israel como o último campo de testes para a experiência da Pfizer. Como já apontei desde o início de Janeiro, os resultados da experiência Israel/Pfizer foram bastante devastadores. As mortes de Covid em Israel duplicaram em apenas 2 meses de vacinação. Os casos de Cov neonatal aumentaram 1600%, os internamentos duplicaram e assim por diante.

Na Grã-Bretanha, vimos um aumento semelhante nas mortes de Covid logo após o lançamento da campanha de vacinação. Em quase todos os países que usaram a vacina da Pfizer na época, entre outras vacinas, o mutante britânico foi culpado pelo aumento de casos e mortes que resultaram. Considerando que o tráfego aéreo praticamente parou no final de Dezembro, já era difícil entender como o mutante britânico era capaz de se espalhar tão amplamente. Como é que, por exemplo, ele chegou a Israel para se tornar a estirpe dominante de Covid? Como é que ele chegou a Gibraltar, onde também se tornou a estirpe dominante no final de Dezembro? Uma resposta possível e infelizmente óbvia é que, ao contrário das pessoas, as vacinas viajaram pelo ar e pelo mundo.

Entendo que os governos britânico e israelita estejam relutantes em investigar a óbvia correlação entre vacinas, casos de doenças, mortes e possivelmente a disseminação do mutante britânico. Uma investigação sobre essas questões poderia revelar que alguns factos relacionados com o mutante britânico eram conhecidos antecipadamente. Por exemplo, soubemos que o mutante britânico havia sido identificado no Reino Unido já em Setembro. Então os nossos cientistas britânicos não sentiram nenhuma preocupação com a possibilidade de que a nova variante poderia estar ligada a testes de vacinas que estavam a ocorrer no reino desde o final do Verão?

Examinando os dados mais conservadores do Covid que nos são disponibilizados através da OMS e outras instituições internacionais, é fácil estudar a estreita correlação entre vacinação, casos de doença, mortes e a disseminação de mutantes específicos (britânicos, brasileiros, sul-africanos, etc.):

Nos gráficos abaixo, poderão facilmente notar que os casos e mortes estão a começar a aumentar exponencialmente nas proximidades imediatas do lançamento de campanhas de distribuição de vacinas em massa.

No entanto, é muito mais interessante tentar entender a estreita relação entre a vacinação e a chamada "derrota do vírus". Devemos, portanto, questionar-nos, quantas pessoas devem ser vacinadas numa determinada sociedade antes de começarmos a ver um declínio nos casos de Covid? Eu olhei para esta questão usando as estatísticas mais conservadoras e amplamente disseminadas:

A exame de Israel mostra que 30,6% da população foi rapidamente vacinada em Dezembro antes de vermos uma queda nos casos. Esta intensa acção claramente resultou em Israel duplicando o seu número de mortos e o seu sistema de saúde quase em colapso.

O caso dos Emirados Árabes Unidos é quase idêntico. A rápida campanha de vacinação foi seguida por um aumento imediato de casos e óbitos, e então 31% da população teve que ser vacinada para se observar a primeira queda no número.

No Reino Unido, que foi ineficaz na sua primeira campanha de vacinação em massa, a situação é muito melhor. Foi suficiente para que 15% da população fosse parcialmente vacinada (1 dose em vez de 2) para que o número de casos diminuísse significativamente. Apesar disso, o número de mortes por Covid durante a campanha de vacinação em massa aumentou cerca de 50%. Estamos a falar de dezenas de milhares de pessoas que morreram.

Então fiquei atordoado ao ver no início de Março que, em Portugal, bastava que 3% da população fosse vacinada em massa para derrotar o Covid e ver os números caírem! Isso pode ser explicado. Se o mutante induzido por vacinas é duas vezes mais infeccioso que o seu ancestral e é inicialmente distribuído pelo sistema médico através de injecções em vez de contacto social, então fazer 3% da população super-emissoras pode ser suficiente para infectar uma sociedade inteira com um mutante resistente.

Nos casos que passei em revista acima, muitas pessoas morreram e apenas uma investigação criminal poderia indicar que nível de consciência, negligência ou inaptidão estava envolvido nas considerações e decisões que levaram à vacinação em massa nesses países em causa. O que os nossos tomadores de decisão sabiam com antecedência sobre a vacina e os possíveis mutantes que ela poderia induzir? O que eles perceberam durante a campanha? Quais foram as considerações e quem tomou as decisões exactamente?

No entanto, a situação não é totalmente sombria, pois também é razoável supor que os não vacinados que sobreviveram ao mutante britânico provavelmente adquiriram a melhor resistência natural possível ao Covid-19 e aos seus futuros mutantes, o que infelizmente não podemos dizer sobre os vacinados: O CEO da Pfizer admitiu ontem que os vacinados terão de ser  "provavelmente"  inoculados novamente nos próximos 6 a 12 meses. O seu sistema imunológico agora depende do fornecimento constante da Pharma de substâncias mRNA.

Mas a história da carnificina em Gibraltar pode fornecer-nos uma validação final das reflexões acima.

33.000 britânicos vivem em Gibraltar. A vacinação oficial da colónia só começou em 10 de Janeiro, mas a vacinação da Pfizer de apenas 273 profissionais de saúde (menos de 1% da população) a partir de 7 de Dezembro, se comprovada, foi suficiente para desencadear uma enorme vaga de casos de Covid seguido de um aumento sem precedentes de mortes. Como em Israel, no Reino Unido, nos Emirados Árabes Unidos e em muitos outros países, a vacinação contra Covid tem sido seguida por um aumento acentuado nos casos de Covid. É chocante que o número de casos de Covid em Gibraltar começou a diminuir em 7 de Janeiro, três dias antes de Gibraltar começar a vacinar toda a sua população britânica.

 


Pode-se contestar a minha leitura da situação em Gibraltar e perguntar: "Se as vacinas induzem mutantes, como você diz, por que é que o número de casos não aumentou uma vez que a vacinação generalizada foi iniciada?" Uma possível resposta é que até 7 de Janeiro, três dias antes do lançamento da campanha de vacinação em massa, Gibraltar já gozava de forte imunidade colectiva. Um número suficiente de membros do território britânico tinha sido exposto ao mutante, aqueles que sobreviveram eram imunes. Se não me engano, menos de 1% da população vacinada foi suficiente para infectar toda a colónia com o mutante britânico e dar-lhe imunidade colectiva total.

Muitas vezes questiono-me por que sou eu, um saxofonista de jazz,  que tem que fornecer uma análise perfeitamente validada por estatísticas e dados conservadores da corrente oficial. Não é o papel de académicos, especialistas em saúde, media, virologistas, epidemiologistas, partidos de oposição e "esquerda"?

Gibraltar, como Israel, era um campo de testes único e o resultado é devastador, mas conclusivo. Mas a notícia mais torturante é que nós, o povo, nos encontramos traídos em plena luz do dia por uma liga unida que se desviou para os antípodas da ética ateniense em matéria de ciência médica, de pluralismo e de ética. Para mim, esta é certamente a lição mais assustadora desta chamada pandemia.

Tradução: MP

Original: https://www.unz.com/gatzmon/the-gibraltar-massacre/

Fonte:  Mortalité étrange à Gibraltar suite à la vaccination – les 7 du quebec

 

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