terça-feira, 13 de abril de 2021

Maior quebra de taxa de natalidade desde 2015!

 


Acabam de ser anunciados os números relativos ao nascimento de bebés no 1º trimestre de 2021. Regista-se uma preocupante quebra de 13.7% na taxa de nascimentos, comparativamente a igual período de 2020. O que representa o registo mais baixo de nascimentos desde 2015, ano em que se verificou, neste mesmo período e ainda assim, o nascimento de 19.656 bebés.

Segundo dados facultados pelo programa conhecido como “teste do pezinho”, nasceram no 1º trimestre de 2021 18.226 bebés, ou seja, menos cerca de 3 mil nascimentos dos que se haviam registado em igual período de 2020.

É reconhecido, em todo o mundo, que as oscilações demográficas ocorrem, sobretudo, em períodos de grande instabilidade, desconfiança, guerra, desemprego, precariedade, doença.

As sucessivas medidas terroristas e fascistas que o governo de Costa e seus lacaios tem vindo a impor aos trabalhadores, obrigando-os a confinamentos dementes, a massivos “lay off” que agravam os níveis de desemprego e precariedade e baixam dramaticamente os salários, e promovem a liquidação da economia e a retracção dos rendimentos, estão a operar um verdadeiro genocídio sanitário, acompanhado por um genocídio demográfico do qual resulta esta baixa dramática da taxa de natalidade.


Aos dados vindos recentemente a público sobre a quebra dos índices de natalidade em Portugal, teremos de somar a autêntica expulsão de grande parte das populações das principais cidades do país, sendo Lisboa o exemplo mais paradigmático dessa política que levou a que os índices demográficos da capital regredissem a 1931 – com uma perda anual de mais de 10 mil habitantes – para satisfazer os grandes interesses imobiliários.

A expulsão de habitantes não ocorre somente em Lisboa. Ela regista-se em praticamente todas as cidades do país, obrigando a uma migração interna sem precedentes das suas populações, em busca de uma habitação a custos mais consentâneos com os seus níveis de rendimento.

Esta crise de natalidade terá, sobretudo a médio e longo prazo, efeitos devastadores sobre a economia, agravando as condições para os colapsos económicos recorrentes e sistémicos do sistema capitalista. A baixa drástica da população activa e produtora de activos - que resultará desta baixa da natalidade em Portugal -, levará à diminuição de activos e da riqueza em geral e a um quadro ainda mais profundo de desemprego, fome e miséria.

 

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