23 de Março de 2025
Robert Bibeau
Por Dmitry Orlov −
20 de Fevereiro de 2025 − Fonte Club Orlov ,
via Relatório de Progresso da Operação Militar Especial |
O Saker Francophone
Trata-se simplesmente de um relatório de progresso, uma vez que ainda é muito cedo para dizer qual será a conclusão final da Operação Militar Especial da Rússia (SMO) na antiga Ucrânia e, mais importante, onde é que a Rússia vai decidir traçar a linha entre o mundo russo que considera sagrado e a região selvagem a oeste, que decidirá não considerar interessante. Mas não é demasiado cedo para dizer que a operação parece estar a ser um sucesso.
O principal objectivo da OMS
(operação Militar Especial) era proteger os
russos no antigo território ucraniano, que não queriam aceitar a ideologia neo-nazi da junta banderista.
(Stepan Bandera é o grande herói ucraniano celebrado pelo regime de Kiev. Na realidade, era um assassino, um terrorista condenado à morte, mais tarde comutada para prisão perpétua na Polónia, e depois libertado quando a Alemanha nazi invadiu a Polónia. Colaborou então com os nazis alemães na perpetuação de actos de genocídio contra comunistas, judeus, polacos, russos e outras minorias, que chegaram a chocar os próprios nazis alemães. Após a guerra, fugiu para Munique, onde foi eliminado por um agente do KGB).
Em fevereiro de 2022, as tropas ucranianas, generosamente equipadas e fornecidas pela NATO, estavam prestes a lançar um ataque genocida contra a cidade de Donetsk e o coração densamente povoado e industrializado da região do Donbass. Este ataque foi frustrado com sucesso. Foi a primeira vitória da Rússia na OMS.
Desde então, o objectivo de proteger a população russa
só foi parcialmente alcançado com a incorporação da Crimeia, de Lugansk, de Donetsk, de Zaporozhye e de Kherson,
anteriormente ucranianos, na Federação Russa. Embora Donetsk, Zaporozhye e
Kherson permaneçam parcialmente sob ocupação ucraniana, a sua libertação está a
progredir de forma constante. Ao longo do último ano, as tropas russas
assumiram o controlo de mais de 5.000 km² de território e, mais importante
ainda, afastaram a artilharia ucraniana o suficiente de Donetsk e dos seus
subúrbios para pôr termo ao bombardeamento de civis pelos terroristas
ucranianos. Existem ainda outras regiões da antiga Ucrânia, incluindo pelo
menos Nikolaev, Odessa, Dniepropetrovsk, Kharkov, Sumy e Kiev, que são russas desde
há três a onze séculos. O seu estatuto final ainda não foi determinado e, por
enquanto, o objectivo de proteger a população russa só foi parcialmente
alcançado.
Um dos principais objectivos da OMS era impedir a adesão da Ucrânia à NATO e travar a expansão da NATO/OTAN em direcção às fronteiras da Rússia e a sua invasão do território russo. As recentes declarações da segunda administração Trump indicam que os habitantes de Washington compreenderam finalmente que os russos nunca permitirão que a Ucrânia adira à NATO e que o plano para o fazer foi cancelado. Este é um grande avanço.
Um aspecto muito importante da OMS era evitar qualquer conflito militar directo com os Estados Unidos. Este objectivo parece ter sido alcançado com o restabelecimento de relações diplomáticas normais entre a Federação Russa e os Estados Unidos, iniciado pela administração Trump. O mundo esteve, durante algum tempo, em grande perigo de uma escalada nuclear devido à incompetência da administração Biden e do seu líder senil, e a situação poderia ter sido muito pior se ele tivesse sido substituído pela atrasada mental Harris, mas o mundo parece ter evitado o pior, por enquanto.
Um dos objectivos declarados da OMS era a desnazificação. A interpretação legalista deste termo é garantir que os
Embora não seja um objectivo declarado da OMS, a Rússia gostaria de eliminar a Ucrânia como um Estado hostil capaz de criar armamento para ameaçar a segurança da Rússia. Este objectivo foi largamente alcançado. Quase toda a produção industrial na Ucrânia (outrora a parte mais industrializada da URSS) foi definitivamente interrompida. Resta apenas uma pequena indústria caseira organizada para montar os drones com que os ucranianos atacam o território russo, causando danos limitados.
Outra vantagem é a reintegração na Rússia das terras mais valiosas, tanto as terras agrícolas férteis como os recursos naturais que contêm, que tinham sido arrancadas à Rússia e reatribuídas à nova República Socialista Soviética Ucraniana por V.I. Lenine, pouco depois da Revolução Russa. A utilização destes recursos já está a dar um impulso bem-vindo à economia russa.
Outro efeito secundário positivo foi um aumento de 2 a 3 milhões de pessoas na população russa, devido à chegada de pessoas das novas regiões da Rússia, bem como de russos que fugiram dos territórios ainda controlados pelo regime de Kiev. Há um fluxo constante de pessoas que saem dos territórios controlados por Kiev para a União Europeia e daí para o aeroporto de Sheremetyevo, em Moscovo, onde foi criado um centro de rastreio. O afluxo de pessoas da antiga Ucrânia está a contribuir para atenuar a escassez de pessoal na Rússia, o que tem limitado o seu crescimento económico relativamente rápido (cerca de 4% ao ano).
Dmitry Orlov
Fonte: https://les7duquebec.net/archives/298721?jetpack_skip_subscription_popup
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário