21 de Março de 2025
Robert Bibeau
Por Khider Mesloub .
“Não se pode mudar a sua natureza, ela volta a
galope”. É impossível livrarmo-nos das nossas más tendências ou tentar
escondê-las. Ainda mais no caso de um terrorista islâmico. Nenhuma redenção
pode absolver os seus crimes, e muito menos limpar a sua alma maldita ou reabilitar
a sua personalidade perversa e sanguinária.
É esta a verdade gritante que o mundo está a descobrir com o terrorista Al-Joulani, guindado ao poder em Damasco pelas potências imperialistas ocidentais, nomeadamente a França.
Menos de três meses após a sua entronização na chefia do Estado sírio, Al-Joulani, o potro presidencial do Palácio do Eliseu, está a cometer um genocídio contra a população civil desde há quatro dias. Por outras palavras, retomou a sua actividade principal: o terrorismo. Mas, como Chefe de Estado apoiado pela França e pela União Europeia, já não se trata de um “vulgar terrorismo individual” cometido por jihadistas, mas de um terrorismo de massas perpetrado por militares ajuramentados. Os mesmos antigos jihadistas que agora vestem o uniforme militar oficial da Síria.
Segundo fontes locais, no espaço de três dias, as “forças de segurança” sírias e os grupos aliados, ou seja, os antigos jihadistas terroristas liderados por Al-Joulani, que estão agora no poder, assassinaram mais de 1300 civis, muitos deles alauítas. Famílias inteiras foram executadas. As ruas estão cheias de cadáveres.
Vídeos mostram dezenas de corpos em trajes civis amontoados no pátio de uma casa. Noutro vídeo, homens em uniforme militar, antigos jihadistas transformados em soldados pela graça ocidental, ordenam a três pessoas que rastejem em fila antes de as matar à queima-roupa.
As mesmas fontes referem “execuções de carácter sectário ou regional”.
Os amigos terroristas de França, novos senhores da Síria, enviaram reforços na sexta-feira e lançaram grandes operações de limpeza étnica e purga religiosa.
Milhares de combatentes islamitas foram enviados pelo governo de Damasco para a região alauíta para “garantir a ordem”, mas na realidade para participar na limpeza étnica e na purga religiosa. O regime islamita de Al-Joulani, apoiado pelo Palácio do Eliseu, está assim a mostrar a sua verdadeira face genocida.
Centenas de membros da minoria alauíta foram sumariamente assassinados no noroeste da Síria pelas “forças de segurança” ligadas ao novo regime islamita no poder em Damasco. Volker Türk, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, falou de relatos “extremamente preocupantes” de famílias inteiras que foram mortas.
De acordo com o testemunho de um residente, “as pessoas estão a ficar nas suas casas. Toda a gente está assustada. A chegada de veículos e comboios militares de todo o lado não é tranquilizadora”.
Estes massacres em massa de civis sírios são o culminar da humilhação e das atrocidades sofridas pela comunidade alauíta nos últimos três meses, desde a chegada ao poder dos jihadistas do grupo Hay'at Tahrir Al-Sham (HTS), liderados por Abu Mohammad Al-Joulani.
Este genocídio está a ser cometido principalmente nas províncias de Latakia, Tartous e Homs, regiões com uma grande população alauíta. Para piorar a situação, de acordo com o Partido Comunista Francês (PCF), este genocídio está a ser cometido com armas francesas.
O terrorista Al-Joulani rejeita categoricamente a ideia de um governo “inclusivo”. Mais ainda, rejeita qualquer perspectiva de autonomia regional. Em todo o caso, o islamista Al-Joulani não mostra qualquer tolerância ou respeito pelas minorias sírias, nomeadamente as comunidades alauíta, drusa, curda e cristã. O objectivo de Al-Joulani, potro presidencial do Palácio do Eliseu e auto-proclamado Presidente da Síria, é instaurar, através de uma limpeza étnica e de uma purificação religiosa, uma República islamista fascista, onde ele será o novo Duce sírio incontestado.
Curiosamente, para relatar estes massacres em massa, os meios de comunicação franceses falam de uma “operação de segurança”, transmitindo assim a narrativa e a retórica do novo regime islamista, liderado pelo terrorista Al-Joulani.
O massacre de mais de 1.300 civis sírios pelas forças de segurança do regime de Damasco, dominado pelo movimento islamista, torna-se assim, sob a caneta e o microfone dos jornalistas franceses, uma “operação de segurança”. Até ao início de Dezembro de 2024, quando estes jihadistas, comandados por Al-Joulani, não paravam de massacrar, pilhar e violar, eram rotulados de terroristas pelo governo e pelos media franceses. Hoje, as suas acções vilãs e genocidas são apelidadas de “operações de segurança” pelas mesmas autoridades francesas. Por outras palavras, estas atrocidades são legitimadas, exoneradas.
Depois de ter sido o primeiro país a correr para Damasco para apertar a mão ao terrorista Al-Joulani e apoiar o seu regime islamista, a França continua a apoiá-lo, qualificando os massacres em massa cometidos pelas tropas do governo de Damasco como uma “operação de segurança”. Por outras palavras, “uma operação militar legítima levada a cabo pelas forças armadas do novo regime legal liderado por Ahmed Al-Sharaa”, segundo a linguagem do Palácio do Eliseu e das redacções parisienses.
Alguns, nomeadamente certos dirigentes franceses, parafraseando a famosa e sinistra réplica diplomática de Laurent Fabius, poderiam declarar: “Os nossos, os nossos novos amigos e aliados do poder islamista sírio, estão a fazer um bom trabalho”.
De facto, do ponto de vista do novo governo de Damasco, as tropas militares islamitas estão a fazer um “bom trabalho”. É o que acaba de reconhecer o Ministério da Defesa sírio. “O Ministério está a pôr fim a estas operações, depois de as nossas forças terem conseguido atingir todos os objectivos fixados.” Tradução: os objectivos do massacre de centenas de civis alauítas sírios foram atingidos com sucesso pelos seus experientes atiradores islamitas.
Khider MESLOUB
Fonte: https://les7duquebec.net/archives/298712
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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