7 de Agosto de 2021 Robert Bibeau
Por Célestin Bernard Allah.
Em Abidjan, Yamoussoukro, Bouaké... e Korhogo, nestas grandes cidades da Costa do Marfim, não é fácil ser pobre nesta altura.
As famílias que lutam para arrecadar um dólar canadiano por dia para comprar comida, clamam com toda a esperança pelo Deus de Abraão, para salvá-las da miséria sombria que têm sofrido há vários anos.
Confrontado com a inflacção galopante como corolário
dos efeitos colaterais do Covid 19– (especialmente medidas governamentais
de confinamento e repressão da população. NDÉ), importado artificialmente em
terras africanas, as pessoas ficam para trás sem meios de sobrevivência.
O descontentamento é generalizados porque os produtos de consumo em massa, incluindo arroz, sabão, óleo, caldos, farinha .... e até mesmo transportes viram o seu preço aumentar em mais de 40% (é isso que aguarda as populações dos países desenvolvidos. ND). Confrontado com ameaças de todos os tipos, mas sem grande resistência dos consumidores, recentemente, o Ministro do Comércio e da Indústria, Souleymane Diarrassouba, foi forçado a assumir a responsabilidade, de qualquer forma, para acalmar e tranquilizar as populações, não sem detalhar uma bateria de medidas que o Governo marfinense tomou.
No final, perante a flagrante e óbvia inacção das associações de consumidores da capital política, uma franja da população que já não o podia fazer decidiu recentemente fazer uma marcha de protesto, infelizmente rapidamente sufocada por uma armada de polícias armados até aos dentes. Apesar da garantia do governo marroriano, a oposição marfinense através do PDCI (Partido Democrático da Costa do Marfim) e da FPI (Frente Popular marfinense) reagiram pedindo ao governo que revisse os preços das necessidades básicas, a fim de dar uma oportunidade de sobrevivência aos pobres.
Vemos isso, mesmo em África, continente onde a pobreza reina de forma
absoluta, a luta de classes, é mais feroz com a estratificação social. Os
pobres são verdadeiramente deixados para trás. A Costa do Marfim, país do cacau
e do café, não é excepção à regra capitalista.
Célestin Bernard
Allah
Fonte: Côte d’ ivoire/ Cherté de la vie. La grogne des populations – les 7
du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por
Luis
Júdice
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