terça-feira, 27 de dezembro de 2022

FINALMENTE, O DESPERTAR DOS POVOS DA EUROPA. MANIFESTAÇÕES DE RUA MASSIVAS, DENUNCIANDO A MISÉRIA NEGRA

 


 27 de Dezembro de 2022  Robert Bibeau  


Por Brigitte Bouzonnie.

FINALMENTE, O DESPERTAR DOS POVOS EUROPEUS, AS SUAS ENORMES MANIFESTAÇÕES DE RUA, DENUNCIANDO A MISÉRIA NEGRA A QUE SÃO CONDENADOS. NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE OS POVOS EUROPEUS ESTÃO A SER SACRIFICADOS PELOS GOVERNANTES CAPITALISTAS BELICISTAS, QUE IMPÕEM SANÇÕES FINANCEIRAS À RÚSSIA, O QUE ESTÁ A FAZER SUBIR O PREÇO DA ENERGIA!

Os meios de comunicação social não o dizem: os povos britânicos, húngaros, alemães, belgas, italianos, gregos estão nas ruas. Denunciam maciça e repetidamente a multiplicação por 10 do preço da energia. Inflacção de dois dígitos. O número de falências que explode, com infelizmente a procissão de desempregados adicionais, que rapidamente chegará a um milhão. Salários nunca vistos há 40 anos.

As actuais manifestações de rua em Roma, Londres ou Berlim denunciam a miséria negra em que as nossas elites mundialistas vassalistas, obedecendo temerosamente a Washington, estão a mergulhar-nos. Os únicos projectos capitalistas de guerra dos EUA na Ucrânia. Sanções contra a Rússia, que aumentam o preço da energia. Tantos golpes fatais, que mergulham e prendem os Povos da União na mais negra pobreza. Não é por acaso que os alemães se manifestam lucidamente contra o "Grand Reset" (sic): compreenderam claramente o projecto mortífero a que Macron e Scholz nos querem condenar por toda a vida.

 Já existem 1,5 milhões de manifestantes no Reino Unido, segundo Jacques Chastaing, sindicalista do Front Syndicale. Nunca visto desde 1989 ou mesmo 1926! A maioria dos grevistas exige aumentos de 20% em média contra a inflacção, mas também para compensar o que lhes foi roubado desde os anos 80, com uma virtual estagnação dos aumentos salariais. O governo teme e requisita o exército (1200 soldados), para realizar os trabalhos de maqueiros, enfermeiros, etc...

As actuais manifestações de rua em Roma, Londres, Berlim, Atenas e Bruxelas também denunciam a miséria negra que nos espera.

Assim, ainda segundo Jacques Chastaing: "Em Itália, após uma greve geral a 2 de Dezembro e depois uma manifestação nacional a 3 de Dezembro, os trabalhadores italianos voltaram a fazê-lo a 14 e 16 de Dezembro com greves gerais regionais.

Por seu lado, os trabalhadores gregos, após uma greve geral a 9 de Novembro e uma enorme manifestação dos reformados a 12 de Dezembro, saíram novamente à rua para uma nova greve geral a 17 de Dezembro. Na Bélgica, uma manifestação nacional a 16 de Dezembro prolongou uma greve nacional a 9 de Novembro antes de uma nova greve geral anunciada para Fevereiro. Em Portugal, os professores estão em greve geral indefinida e os trabalhadores ferroviários vão fazer greve no Natal e Ano Novo" (sic).

Neste contexto, é compreensível que Macron tenha preferido cautelosamente adiar o anúncio da sua enésima reforma das pensões de 15 de Dezembro para 10 de Janeiro. Especialmente desde um inquérito do IFOP publicado a 18 de Dezembro de 2022 pelo JDD mostra que dois terços dos franceses esperam um grande movimento social contra a reforma das pensões em Janeiro de 2023.

Estão reunidas todas as condições para falar de "motins latentes", a que temos vindo a assistir há várias semanas, para utilizar a tipologia de motins elaborada pelo filósofo Alain Badiou na sua grande obra: "Le réveil de l'Histoire", edição Lignes, 2012.

Há três tipos de motins:

*MOTINS IMEDIATOS, muitas vezes em resposta à morte de um dos seus pela polícia em zonas pobres de Londres.

*MOTINS LATENTES, como o movimento social contra a reforma das pensões desejada por Sarkosy em 2009, que quase teve sucesso.

*MOTIM HISTÓRICO como as revoluções árabes de 2011, exigindo e obtendo a partida de Ben Ali e Mubarak. Onde as massas tomam o palco da história.

Neste momento, estamos na fase do motim latente, ligando vários estratos geracionais contra o poder vigente. Mas um motim, que está claramente fora do consenso capitalista-parlamentar atlantista de 2022. Assim, os motins britânicos impuseram-se na paisagem social, na cabeça e no coração das pessoas. É por isso que os meios de comunicação social estão tão silenciosos.

Todas as condições políticas e sociais estão presentes para um grande conflito social em França no início de 2023. Não sou só eu que digo isto, mas o próprio Macron. De facto, durante a discussão deste Verão da lei "Poder de Compra", que nos dá migalhas, Macron estimou que um grande conflito social surgiria nos próximos meses (ver Canard Enchainé, página 2, Julho de 2022).

Normalmente, são os grevistas que vêem o futuro com óculos vermelhos. Não são os reizinhos que nos governam. Mas o aumento significativo do custo de vida de cada empregado, gerado pela guerra imbecil na Ucrânia, e as não menos imbecis sanções impostas pelos europeus à Rússia, criam um novo quadro social. Um novo espaço de possibilidades: onde obviamente, mais cedo ou mais tarde, os franceses irão para as ruas no modelo britânico. Formando um motim histórico com a exigência da partida do agente da CIA. O poder de Macron será abalado, tal como o actual governo britânico que está em moratória...

Como costumavam dizer na década de 1970

TEMOS RAZÃO EM NOS REVOLTARMOS!

Al Barão

 

Fonte: ENFIN, LE RÉVEIL DES PEUPLES EUROPÉENS. DÉMONSTRATIONS DE RUE MASSIVES, DÉNONCANT LA MISÈRE NOIRE – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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