quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Um aborto reaccionário que dá pela designação de sindicato do “proletariado”

 





Se dúvidas ainda assaltassem as mentes dos mais incautos, aí está uma nova diatribe reaccionária de uma estrutura montada, exclusivamente, para desarmar a classe operária e restantes escravos assalariados, para, assim, consolidar e defender os interesses da burguesia reaccionária dominante.

Uma estrutura que, desde a primeira hora, foi acolhida e acarinhada pela maioria do Comité Central do PCTP/MRPP que, inclusivé, lhe disponibilizou um espaço físico na Sede Nacional do Partido, para acantonar as suas hostes oportunistas e reaccionárias.

Este nado morto, que dá pelo nome de “Sindicato do Proletariado”, é um aborto oportunista que nasce da confusão que se pretende instalar de que, operários, estudantes, desempregados, professores, engenheiros, profissóes “liberais” e outras, são todos parte da grande “massa” do proletariado cujos interesses afirmam pretender defender.

 

E, sem que o Comité Central do Partido fundado pelo camarada Arnaldo Matos se oponha – pelo contrário, aplauda – abandonam a consigna revolucionária da SEMANA DAS 35 HORAS que, tal como havia explicado o fundador do PCTP/MRPP, era a única que, nas actuais circunstâncias da história da luta que opõe o proletariado e seus aliados ao grande capital, pode suscitar a unidade e alcançar a vitória. Uma miserável traição que não sairá impune!

A esta medida revolucionária agregadora, responde este abortivo sindicato,  com uma consigna eminentemente revisionista da indexação dos salários à inflacção, quando pelo que o movimento marxista, operário e revolucionário, se bate, a nível imediato, é por uma distribuição da riqueza mais favorável a quem só possui a sua força de trabalho para vender, e a um nível mais elevado, pela Revolução Comunista Operária.

Este aborto programático, entrou na mais absoluta das derivas. Para além do que acima fica dito – e que, de per si já caracteriza solidamente a natrureza reaccionária deste aborto - , começaram a sua actividade propondo “preços de saldo” para as quotas a pagar pelos eventuais (e, hoje é consabido, inexistentes) aderentes, ao mesmo tempo que, de forma falsa, delirante e oportunista, lhes garante apoio jurídico.

Apoio jurídico que lhes dê respaldo legal à adesão a uma Greve Geral que, de forma aventureira e oportunista, convocam, sem que estejam reunidas as condições para tal, sobretudo a de uma forte ligação às massas, às fábricas e locais de trabalho, sem que uma estrutura logística tenha sido verdadeiramente implementada para garantir o sucesso da acção que se propõe.

Na sua última “comunicação” este aberrante “sindicato do proletariado” chega ao displante de não esconder que adopta os métodos e concepções burguesas de “comunicação”. Propondo aos seus “aderentes” (inexistentes, posso assegurar-vos) um teste de “satisfação” – valorado de 1 a 5 – quanto aos “serviços” prestados (???!!!)

Àqueles que mantêm a cegueira política quanto ao rumo que a clique oportunista, revisionista e neo-revisionista, que assaltou a direcção daquele que foi o Partido fundado pelo saudoso camarada Arnaldo Matos para ser um Partido Operário, revolucionário, comunista, um último aviso à navegação. Aproveitem o facto de a clique se estar a desarticular, a desagregar e a perder gás – ao ponto de a sua secretária-geral não passar de uma amanuense que “dirige” o Partido a partir do seu... apartamento.

A esquerda ainda vai a tempo, se se UNIR, se não desertar, de correr com esta gente do seio do Partido e retomar o caminho da construção e consolidação do Partido da classe operária!


VIVA O CAMARADA ARNALDO MATOS!

VICA A REVOLUÇÃO OPERÁRIA E COMUNISTA!

VIVA O PARTIDO COMUNISTA OPERÁRIO!

Luis Júdice

08.12.2022

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