terça-feira, 1 de abril de 2025

O incêndio da biblioteca de Mohammad Hassaneine Heykal pelos islamistas

 


1 de Abril de 2025 René Naba

RENÉ NABA — Este texto é publicado em parceria com www.madaniya.info.

Por Abdallah Al Sinnawi, colunista do jornal "Ahram on Line" e colaborador do diário libanês "Al Akhbar". Adaptado para o francês por René Naba, director do site  https://www.madaniya.info/

Este artigo foi publicado por ocasião do nono aniversário da morte de Mohammad Hassaneine Heykal, em 17 de Fevereiro de 2016.

NOTA DO EDITOR DO MADANIYA — O pecado mortal do Islão contemporâneo foi a aliança da Irmandade Muçulmana com a Arábia Saudita, símbolo do obscurantismo religioso, do capitalismo selvagem, da opressão política e da regressão social, e a sua colocação sob a tutela do protector de Israel, os Estados Unidos, cuja estratégia utilizará como engrenagem. Para além da destruição dos Budas de Bamyan (Afeganistão) e dos monumentos do Islão africano em Tombuctu (Mali), dos massacres de civis inocentes, cristãos e muçulmanos, que não professavam a fé takfirista wahhabita, a patologia mental dos islamitas resume-se a cinco factos:

Aquando da queda de Trípoli, em 2011, a estátua de Nasser, o arquitecto da primeira nacionalização bem sucedida do Terceiro Mundo, o Canal do Suez, foi removida, tornando-se alvo de um triplo ataque da França, da Grã-Bretanha e de Israel; Seguiu-se, onze anos mais tarde, uma nova agressão em 1967, com o encorajamento das monarquias pró-americanas, o Xá do Irão, o rei Hussein da Jordânia e o rei Faysal da Arábia.

A Fatwa de Jihad contra a Síria decretada por Mohammad Morsi com o apoio de 107 ulemás salafistas wahhabitas, contra um país que, em aliança com o Egipto, travou quatro guerras contra Israel.

O apelo de Youssef Al Qaradawi, o milionário mufti do Qatar, pedindo à NATO que bombardeie a Síria, o único país no campo de batalha com o Líbano que não assinou um tratado de paz com Israel.

A traição de Khaled Mecha'al, chefe do gabinete político do Hamas, em 2011, e a sua adesão à coligação islamo-atlântica na sua guerra contra a Síria, um país que lhe tinha oferecido asilo político durante 14 anos e que o acolheu depois de ter escapado a uma tentativa de envenenamento na Jordânia pelos serviços israelitas.

O incêndio, pelos islamistas egípcios, da casa de Mohammad Hassaneine Heykal, antigo confidente de Nasser e antigo director do grande jornal egípcio Al Ahram, provocando a destruição de uma das bibliotecas mais ricas do mundo árabe, um tesouro histórico incomparável.

A comparação não é razão, mas em termos dos danos que causou, nomeadamente das perdas infligidas ao património documental árabe, a referência ao precedente de Hulagu Khan justifica-se pela barbaridade do processo. Em 1258, Hulagu Khan, neto de Gengis Khan, vencendo o exército do Califado Abássida, saqueou Bagdade e incendiou-a, massacrando cerca de 800.000 dos seus habitantes. Desde então, no imaginário árabe, Hulagu é sinónimo de barbárie extrema.

Na sua determinação em destruir o património cultural contido na residência de Mohamad Hassaneine Heykal, os islamistas egípcios comparam-se facilmente aos seus emuladores mongóis, oito séculos após o incêndio de Bagdade, numa manifestação exacerbada de uma barbárie que constitui a forma mais completa de decadência.

Fim da nota.

A história de Abdallah Al Sinnawi

Em 17 de Janeiro de 2016, faleceu Mohammad Hassaneine Heykal, uma figura importante da política egípcia. A sua residência “Beit Qarchache”, que serviu de capital paralela do Egipto durante a presidência de Hosni Mubarak, estava deserta, como se tivesse perdido a sua alma, apesar de ter sido amplamente restaurada e reabilitada após ter sido saqueada e destruída pelo fogo, em 14 de Agosto de 2013, por hordas islamistas em represália ao assalto do governo aos seus bastiões de “Al Rabi'a al Adawiya” e Midane An Nahda, Place de la Renaissance, os dois bastiões da Irmandade Muçulmana.

Nesse dia, um grupo de homens armados invadiu a casa de Heykal, que não se distinguia das outras residências do bairro - sem o mínimo sinal distintivo ostensivo - e forçaram a entrada com cocktails Molotov, destruindo tudo o que encontravam pela frente.

Móveis, quadros... tudo foi destruído, enquanto o jardim e o pomar contíguos à casa foram incendiados e o próprio edifício foi destruído por canos que explodiram.

A polícia ficou paralisada. A sua intervenção foi dificultada por um ataque islamista maciço às esquadras de polícia locais, mesquitas e edifícios públicos.

Os atacantes estavam plenamente conscientes dos consideráveis danos materiais e ao património cultural que estavam a infligir ao Egipto ao destruírem a residência de Heykal.

Livros raros e antigos e documentos históricos raros foram destruídos sem a mínima possibilidade de indemnização, substituição ou reconstrução. Um desperdício terrível.

1 – Hedayate Teymour, a esposa que desempenha um papel essencial na jornada de Heykal

Sete anos após esta tragédia, a sua esposa Hedayate Teymour quis falar sobre este acontecimento para que não fosse esquecido. Hedayate Teymour, que desempenhou um papel preponderante na vida do marido, apoiando-o sempre na sua luta e nas suas provações, optou por permanecer na sombra, longe das luzes da ribalta.

O testamento de Heykal testemunha o respeito e o amor que nutria pela sua mulher: “Minha querida Hedayate, quando leres esta carta, terei atravessado a ponte entre a vida e a morte”. São estas as palavras iniciais do seu testamento, datado de 1997.

Durante toda a sua vida, Maedayate teve como missão preservar todos os escritos do marido, observador privilegiado da vida política egípcia e internacional na sua qualidade de confidente do Presidente Gamal Abdel Nasser, o carismático líder dos árabes (1956-1970).

2 – 17.000 obras doadas à Biblioteca de Alexandria

Dezassete mil livros propriedade da Heykal foram transferidos para a Biblioteca de Alexandria, nos termos de um protocolo assinado pela Sra. Heykal e pelo Director da Biblioteca, Mustapha Al Fouqqi, que supervisionou pessoalmente a operação de transferência. A doação tem por objectivo contribuir para a formação da “memória nacional”.

A residência de Heykal foi praticamente restaurada, com excepção do seu gabinete, que foi completamente destruído, juntamente com o seu mobiliário e quadros de arte figurativa. As paredes carbonizadas estavam cobertas de ervas daninhas.

Heykal recusou o acesso aos fotógrafos após o incêndio na sua casa, para que a catástrofe não fosse explorada. A sua mulher recusou-se a acompanhar-me numa visita ao local, alguns anos mais tarde.

3- A Biblioteca Heykal

Setenta anos de recolha de documentos raros e inéditos que o jornalista conseguiu obter através do seu trabalho. Dezenas de milhares de documentos desapareceram no ar, incluindo documentos históricos da época contemporânea que cobrem o período desde a Revolução de Julho de 1952 (o golpe de Estado dos Oficiais Livres contra o Rei Farouk) até à Guerra de Outubro de 1973 - 21 anos de documentação da maior importância. Esta perda irreparável privou e continuará a privar os historiadores de um precioso instrumento de trabalho.

“A perda é inimaginável”, murmurou a viúva de Heykal ao ver o ‘desastre intelectual resultante desta barbárie sem sentido, que privou as gerações futuras de documentos autênticos sobre a história do seu país’.

Felizmente, muitos documentos escaparam ao incêndio. Um inventário completo e rigoroso do material recuperado dará uma ideia do património salvo.

4- O material salvo

Por sorte, este lote inclui cassetes áudio de entrevistas gravadas com figuras importantes desta sequência histórica, em particular 15 horas de entrevistas com Hassan Youssef Bacha, secretário do gabinete real do rei Farouk, que dá conta dos acontecimentos que conduziram à queda da monarquia. Estas entrevistas foram concedidas a Heykal com a condição expressa de o editor do Al Ahram não as publicar durante a vida do funcionário real.

Incluem-se também conversas aprofundadas com o filósofo francês Jean Paul Sartre e a sua companheira Simone de Beauvoir, que o jornalista egípcio tencionava traduzir para francês, a fim de tornar acessíveis às gerações futuras as ideias em voga na década de 1960.

Inclui também textos manuscritos de Gamal Abdel Nasser e textos manuscritos de Mustapha Kamel para o sultão otomano, o quedive Abbas Helmi;

A correspondência de Heykal com o filósofo inglês Bertrand Russel, fundador do Tribunal dos Crimes de Guerra do Vietname; a correspondência entre Lord Cromer, o residente britânico no Egipto, e a sua família; bem como a sua correspondência com o Marechal de Campo George Bernard Montgomery, o vencedor britânico da Batalha de Alamein contra o Afrika Korps do Marechal alemão Rommel durante a Segunda Guerra Mundial (1940-1945); a correspondência de Heykal com o antigo Presidente iraniano Mohamad Khatami sobre “o diálogo das civilizações”.

Por último, mas não menos importante, a correspondência do jornalista egípcio com os seus colegas da imprensa internacional, como Walter Lippman (New York Times), autor de “Public Opinion”, e Denis Hamilton (Times of London), bem como com Hubert Beuve-Méry (Le Monde-France).

Este lote inclui ainda a correspondência de Heykal com o seu professor Mohammad At Tabéhi e com o seu colega egípcio Moustapha Al Amine, bem como uma enciclopédia sobre “a imprensa árabe desde a 2ª Guerra Mundial até à actualidade”.

Este lote foi milagrosamente poupado por ter sido depositado numa sala perto da portaria da residência.

5- Bayt Al Ward (Casa das Flores): Che Guevara e Yasser Arafat

A maior parte da documentação estava guardada na Bayt Al Ward (Casa das Flores), um edifício antigo dos anos 50, ao qual se acedia por um caminho de areia rodeado de vegetação, que conduzia ao jardim onde Heykal recebia os seus convidados. Dependendo da natureza da conversa, o jornalista recebia por vezes os seus convidados à entrada da sua biblioteca, com vista para o jardim.

A arquitectura da casa assemelhava-se à de uma aldeia suíça e situava-se perto de uma grande mansão chamada “La Pergola”.

De facto, a pérgola é geralmente utilizada para criar uma zona de sombra ou para suportar plantas trepadeiras num terraço ou no jardim, o que explica, por extensão, o nome dado ao edifício.

Bayt Al Ward foi a casa de Che Guevara e Yasser Arafat na década de 1960.

O ícone revolucionário latino-americano veio fazer perguntas a Heykal sobre a experiência egípcia, fascinado como estava pelo apoio popular a Nasser na altura. Che visitou Heykal quando este estava prestes a demitir-se das suas responsabilidades governamentais em Cuba para se juntar aos maquis.

Che tencionava ir para África. Nasser dissuadiu-o: “Vão pensar que és outro Tarzan. Fica na América Latina”, sugeriu o presidente egípcio. Guevara seguiu o conselho de Nasser e morreu na Bolívia em Outubro de 1967, quatro meses após a derrota egípcia.

Guevara e Arafat eram diferentes.

Heykal foi a fonte da ligação entre Nasser e Arafat. De regresso de um encontro com o presidente egípcio, Heykal recebeu Arafat na sua residência, mais precisamente em Bayt Al Ward, o jardim florido contíguo à sua casa. O encontro teve lugar no rescaldo da derrota de Junho de 1967 e da ascensão da guerrilha palestiniana.

Arafat pede a Heykal que construa uma ponte com Nasser.

Quando regressou do encontro com o presidente egípcio, o seu confidente, dirigindo-se ao seu interlocutor palestiniano, comunicou-lhe o desejo de Nasser: “Tu, Arafat, Abu Iyad, o número 3 dos serviços secretos da Fatah, e Farouk Kaddoumi, que era o ministro dos Negócios Estrangeiros do movimento palestiniano, vou levar-vos no meu carro ao encontro de uma importante figura egípcia”.

Para grande surpresa de Arafat, o líder palestiniano encontrou-se frente a frente com Nasser, que lhe disse logo: “Todos os dias quero ouvir um estrondo a ecoar nos céus dos territórios ocupados”.

Em Outubro de 1967, Arafat decidiu afastar-se da gestão quotidiana do seu movimento, a Fatah, para se dedicar às novas responsabilidades que lhe eram atribuídas, a presidência da Organização de Libertação da Palestina (OLP), a organização palestiniana de cúpula de todos os movimentos de guerrilha. Arafat regressou assim a Bayt Al Ward para reflectir.

O local acolheu igualmente o Presidente François Mitterrand que, mais tarde, interveio junto do Presidente Anwar Sadat para obter a libertação de Heykal, detido no âmbito de uma importante acção repressiva da polícia egípcia para silenciar os opositores ao Presidente egípcio, numa altura em que o sucessor de Nasser enfrentava uma hostilidade crescente da população por ter concluído um tratado de paz com Israel.

Heykal foi preso em Setembro de 1981. Sadat foi assassinado um mês depois, a 6 de Outubro, durante a parada militar que celebrava a vitória de Outubro de 1973.

6- Onde está a ser depositada a documentação de Heykal: Londres ou Cairo?

Ninguém sabia onde o Heykal tinha escondido a documentação. Com excepção de algumas pessoas conhecidas.

Para encobrir o seu rasto e dissuadir quem quer que fosse de o tentar obter, Heykal espalhou o boato de que a sua colossal documentação estava guardada em Londres, num local seguro, quando na realidade estava em “Beit Barkache”, a casa da sua família. Uma vez esteve quase a dizer-me onde estava guardada a sua documentação, mas depois mudou de ideias: “Não, não está em Londres. É um rumor, mas não é verdade. Quero que vejas por ti próprio que não está em Londres”, disse ele a Abdallah Al Sinnawi.

Esta declaração equivale a uma semi-admissão. Na ausência de Londres, deduzi que a documentação devia ser colocada noutra capital europeia.

Heykal pensou em confiar a sua documentação à Universidade do Cairo ou a uma editora, mas desistiu, receando que as autoridades egípcias tentassem apoderar-se dela.

Pensou também em doá-la ao jornal Al Ahram, sede do seu antigo poder, que já possuía muitos dos documentos do jornalista relativos ao seu mandato. Mas as convulsões no seio desta velha instituição, sob os mandatos de Anwar Sadat e Hosni Mubarak, dissuadiram-no de o fazer.

Redigiu então o seu testamento e confiou-o à sua mulher, definindo pormenorizadamente tanto as garantias que pretendia dos beneficiários como as condições de utilização da sua documentação.

Mas as pressões da família e dos amigos levaram-no a renunciar a qualquer transferência.

Foi então que lhe ocorreu a ideia de confiar a sua documentação ao Sindicato da Imprensa Egípcia, exigindo que fosse reservado um andar inteiro para a sua biblioteca, de modo a que esta ficasse acessível às futuras gerações de jornalistas. Mudou de ideias por receio de uma utilização abusiva.

7- A proposta da Universidade de Oxford: Uma oferta de 30 milhões de libras esterlinas

A Universidade de Oxford ofereceu a Heykal a possibilidade de adquirir uma grande parte da sua biblioteca relativa ao Egipto durante os dois mandatos de Nasser e Sadat, a fim de a afectar à sua própria biblioteca?

Era habitual que a prestigiada universidade britânica adquirisse documentos pertencentes a personalidades que tinham desempenhado um papel eminente na cena internacional.

Oxford ofereceu a Heykal a soma de 30 milhões de libras. Heykal recusou a oferta, considerando que o Egipto era o único país qualificado para albergar o seu espólio.

Alguns dos documentos estavam em forma de rascunho, mas Heykal decidiu deixá-los como estavam e não reescrever os seus textos para revelar a progressão do seu pensamento. Ao fazê-lo, decidiu deixar à história a tarefa de julgar tanto a sua carreira como a época em que viveu.

Ao recusar a oferta de Oxford, Heykal lembrava-se das desventuras de Bob Woodward, o jornalista do Washington Post que, juntamente com Carl Bernstein, foi co-autor do escândalo Watergate, que levou à demissão antecipada do Presidente Richard Nixon na década de 1970.

Bob Woodward vendeu as suas notas manuscritas, nas quais baseou o seu livro “The President's Men”, por cinco milhões de dólares. Os investigadores encontraram contradições entre vários documentos, considerando que essas diferenças faziam parte de uma tentativa de falsificar a verdade, uma suspeita que prejudicou a credibilidade do jornalista americano.

Após a “Revolução de Janeiro” de 2011, que levou ao afastamento de Hosni Mubarak, Heykal decidiu fazer da sua residência, Bayt Barkache, a sede da sua fundação, confirmando a sua intenção de que a sua biblioteca permanecesse no seu lugar em Bayt Al Ward, local das suas reuniões históricas.

A residência familiar de Heykal, “Bayt Barkache”, foi objecto de uma remodelação arquitectónica com vista a colocar no centro do edifício o “Bayt Al Ward”, o jardim de flores, destinado a ser o seu centro de documentação, ou seja, a sua biblioteca.

De acordo com a sua vontade, a biblioteca será gerida por uma equipa com experiência comprovada na gestão de instituições internacionais comparáveis.

O primeiro andar da biblioteca familiar de Heykal será consagrado aos visitantes e o segundo andar aos investigadores. O jardim deverá ser utilizado pelo público. A Fundação dispõe de um fundo de 5 milhões de dólares.

Heykal não se entusiasma com a ideia de vender a sua documentação. Preferiu aguardar o veredicto da história e dos investigadores, confiante de que a história lhe faria justiça.

Heykal queria que o Barkache fosse um “farol intelectual”. Estava tão satisfeito com a sua escolha que passava a maior parte do tempo na sua residência... até que as hordas obscurantistas destruíram a obra da sua vida.

Após um longo período de incerteza e especulação, a biblioteca de Mohammad Hassaneine Heykal foi transferida para a prestigiada Biblioteca de Alexandria, sob o mandato do Presidente Abdel Fattah Sissi.

Fundada em 288 a.C. e definitivamente destruída em 642 d.C., a Bibliotheca Alexandrina é a mais famosa biblioteca da Antiguidade. Albergava as obras mais importantes da época. Albergava entre 40.000 e 400.000 rolos de papiro, graças à política pró-activa da cidade, que se calcula ter atingido um número entre 40.000 e 400.000 no seu auge.

Situada nas margens do Mediterrâneo, na cidade de Alexandria, a obra de reconstrução durou 7 anos (1995-2002) e custou 220 milhões de dólares.

Inaugurada em 16 de Outubro de 2002, foi classificada como a primeira biblioteca digital do século XXI. Possui a maior sala de leitura do mundo, ocupando sete dos onze andares do edifício principal, com capacidade para 2.000 pessoas, 180 salas de estudo e oito milhões de livros.

 

Fonte: https://les7duquebec.net/archives/298700?jetpack_skip_subscription_popup

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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