Rejeitemos todos os sacrifícios que o
capitalismo quer impor para preparar a sua guerra mundial! (panfleto
internacional - GIGC, Revolução ou Guerra)
Trabalhadores de todo o mundo, o capitalismo mundial
está a desencadear uma enorme “guerra de classes” contra todos nós. Os ataques
às nossas condições de vida e de trabalho vão aumentar, já estão a aumentar, e
teremos de ripostar.
Trabalhadores de todos os países, estas batalhas não
podem ser eficazes se permanecerem isolados e dispersos. A única forma de
avançar é a maior extensão, generalização e unificação possível de todas as
formas de mobilização, sejam elas greves, manifestações de rua, delegações de
massas, etc. A única forma de avançar é a participação dos trabalhadores de todos
os países na luta.
Trump e a classe capitalista americana estão a
mostrar-nos o único futuro para o capitalismo mundial: uma inescapável guerra
imperialista generalizada. A sua agressividade, provocações e cinismo mostram o
grau dramático e a gravidade das contradições e do impasse do capitalismo
americano e mundial. A concorrência e as rivalidades económicas estendem-se
agora à concorrência e às rivalidades imperialistas e militares directas entre
grandes potências. As guerras na Ucrânia e no Médio Oriente anunciam uma
conflagração geral. A crise e a guerra alimentam-se directamente uma da
outra. Todos os trabalhadores, todos os proletários, têm agora de pagar
não só a crise, como antes, mas também os preparativos para a guerra
generalizada.
Perante as suas dificuldades económicas e
imperialistas, em particular a ascensão do imperialismo chinês, a classe
capitalista americana pensa que pode ultrapassar essas dificuldades “fazendo o
resto do mundo pagar”, graças ao poder do dólar e à sua hiperpotência militar.
Ao fazê-lo, está a provocar o agravamento da crise económica, ao ponto de quase
todos os economistas e especialistas burgueses preverem agora uma recessão
mundial. E agrava ainda mais os antagonismos imperialistas e militares, ao
ponto de todos os países capitalistas, da Europa à Ásia, passando pela América
e África, aumentarem os seus orçamentos de defesa e apelarem ao “rearmamento”.
800 mil milhões de euros para “rearmar a Europa”! Quem é que vai pagar estes
800 mil milhões, se não os povos e, em primeiro lugar, os trabalhadores
assalariados?
Mais uma vez, Trump e a classe capitalista americana
estão a liderar o caminho ao despedir brutalmente centenas de milhares de
trabalhadores do sector público de um dia para o outro. Não se enganem, Trump e
o capitalismo americano não são excepção. Todas as classes dominantes estão já
a levar a cabo ataques directos aos trabalhadores, quanto mais não seja devido
à crise económica e à concorrência mundial, o que significa que sectores industriais
chave, como a indústria automóvel, por exemplo, estão a anunciar despedimentos
em massa e o aumento da exploração para aqueles que mantêm os seus empregos.
Não há dúvida de que a guerra “tarifária” vai provocar o mesmo na China e
noutros países. Por todo o lado, estão previstos cortes nas prestações sociais
e os serviços públicos e sociais, como a saúde, estão a ser drasticamente
reduzidos.
Trabalhadores de todos os países,
nenhuma ilusão: só uma dinâmica e a "ameaça" de uma resposta ampla e unida da classe
operária pode obrigar as classes dominantes capitalistas em todo o lado,
incluindo a "Administração Trump" ou o poder chinês, a retirar ou
diminuir os seus ataques... e abrandar, pelo menos um pouco, a corrida para a
guerra mundial. Porque só o desenvolvimento da luta do proletariado
internacional se pode opor ao massacre generalizado de uma terceira guerra
mundial. Não há, pois, outra alternativa senão rejeitar em conjunto os ataques
às nossas condições de vida e de trabalho que o capitalismo mundial nos quer
impor.
Assim que os ataques caírem...
Organizem-se, seja qual for o
vosso número, e chamem os vossos colegas para se juntarem a vós na preparação
da resposta! Não fiquem isolados em casa ou em qualquer outro
lugar, utilizem os vossos smartphones e redes apenas para se reunirem
geograficamente e mobilizarem-se colectivamente, privilegiando os
"encontros físicos" sempre que possível!
Organizem comícios, assembleias gerais a
sério – não assembleias falsas através da internet ou das redes sociais!
– e delegações em massa, manifestações de rua e encaminhem-nas para
outros locais de trabalho!
Apelem à solidariedade activa e, sempre que
possível, apelem a juntarem-se a vós em manifestações, comícios, piquetes e até
greves!
Selecionem as reivindicações mais
unitárias possíveis, às quais o maior número possível de trabalhadores de outros locais de
trabalho e corporações possa aderir.
Lutas e greves internacionais de massas
contra o capitalismo! Este é o caminho não só para resistir, mas também para pôr fim ao
capitalismo e à guerra imperialista.
Devemos preparar-nos para ripostar
juntos!
Proletários de todos os países, uni-vos
na luta contra o capital!
Grupo Internacional da Esquerda
Comunista, 25 de Abril de 2025
(leia Revolução ou guerra, www.igcl.org, email: intleftcom@gmail.com)
Fonte:
https://les7duquebec.net/archives/299493?jetpack_skip_subscription_popup
Este
panfleto foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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