Rejeitemos todos os sacrifícios que o capitalismo quer impor para preparar
a sua guerra mundial!
16 de Novembro de 2025 Robert Bibeau
Por GIGC-IGCL. Sur http://www.igcl.org/Rejeter-tous-les-sacrifices-que-le-1222
A revista Revolução ou guerra, numero 31,
Setembro 2025 (formato PDF): fr_rg31-publier
Reproduzimos abaixo os dois panfletos que
distribuímos em Abril-Maio e junho. O primeiro era internacional, e o segundo foi dirigido aos
Estados Unidos logo
no início das manifestações espontâneas nos bairros operários de Los
Angeles contra as prisões brutais e arbitrárias de
milhares de trabalhadores imigrantes, tanto "ilegais quanto legais".
O primeiro panfleto respondia à declaração generalizada, por todas as
burguesias nacionais, da corrida armamentista e suas implicações para as
condições de vida e de trabalho do proletariado internacional, bem como à
resposta que ela exigia.
Rejeitemos todos os
sacrifícios que o capitalismo quer impor para preparar a sua guerra mundial!
Trabalhadores de todo o mundo, o capitalismo mundial
está a desencadear uma enorme “guerra de classes” contra todos nós. Os ataques
às nossas condições de vida e de trabalho vão aumentar, já estão a aumentar, e
teremos de ripostar.
Trabalhadores de todos
os países, estas batalhas não podem ser eficazes se permanecerem isolados e
dispersos. A única forma de avançar é a maior extensão, generalização e
unificação possível de todas as formas de mobilização, sejam elas greves,
manifestações de rua, delegações de massas, etc. A única forma de avançar é a
participação dos trabalhadores de todos os países na luta.
Trump e a classe capitalista americana
estão a mostrar-nos o único futuro para o capitalismo mundial: uma inescapável
guerra imperialista generalizada. A sua agressividade, provocações e cinismo
mostram o grau dramático e a gravidade das contradições e do impasse do
capitalismo americano e mundial. A concorrência e as rivalidades económicas
estendem-se agora à concorrência e às rivalidades imperialistas e militares
directas entre grandes potências.
As guerras na Ucrânia e no Médio Oriente
anunciam uma conflagração geral. A crise e a guerra alimentam-se directamente
uma da outra. Todos os trabalhadores, todos os proletários, têm agora de
pagar não só a crise, como antes, mas também os preparativos para a guerra
generalizada.
Perante as suas dificuldades económicas
e imperialistas, em particular a ascensão do imperialismo chinês, a classe
capitalista americana pensa que pode ultrapassar essas dificuldades “fazendo o
resto do mundo pagar”, graças ao poder do dólar e à sua hiperpotência
militar.
Ao fazê-lo, está a provocar o
agravamento da crise económica, ao ponto de quase todos os economistas e
especialistas burgueses preverem agora uma recessão mundial. E agrava ainda
mais os antagonismos imperialistas e militares, ao ponto de todos os países
capitalistas, da Europa à Ásia, passando pela América e África, aumentarem os
seus orçamentos de defesa e apelarem ao “rearmamento”. 800 mil milhões de euros
para “rearmar a Europa”! Quem é que vai pagar estes 800 mil milhões, se não os
povos e, em primeiro lugar, os trabalhadores assalariados? Ver este
artigo : https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2025/08/plano-b-negociado-entre-os-estados.html
Mais uma vez, Trump e a classe
capitalista americana estão a liderar o caminho ao despedir brutalmente
centenas de milhares de trabalhadores do sector público de um dia para o outro.
Não se enganem, Trump e o capitalismo americano não são excepção. Todas as
classes dominantes estão já a levar a cabo ataques directos aos trabalhadores,
quanto mais não seja devido à crise económica e à concorrência mundial, o que
significa que sectores industriais chave, como a indústria automóvel, por
exemplo, estão a anunciar despedimentos em massa e o aumento da exploração para
aqueles que mantêm os seus empregos.
Não há dúvida de que a
guerra “tarifária” vai provocar o mesmo na China e noutros países. Por todo o
lado, estão previstos cortes nas prestações sociais e os serviços públicos e
sociais, como a saúde, estão a ser drasticamente reduzidos.
Trabalhadores de todos
os países, nenhuma ilusão: só uma dinâmica e a "ameaça" de uma
resposta ampla e unida da classe operária pode obrigar as classes dominantes
capitalistas em todo o lado, incluindo a "Administração Trump" ou o poder
chinês, a retirar ou diminuir os seus ataques... e abrandar, pelo menos um pouco,
a corrida para a guerra mundial. Porque só o desenvolvimento da luta do
proletariado internacional se pode opor ao massacre generalizado de uma
terceira guerra mundial.
Não há, pois, outra alternativa senão
rejeitar em conjunto os ataques às nossas condições de vida e de trabalho que o
capitalismo mundial nos quer impor.
Assim que os ataques
caírem...Organizem-se!
Seja qual for o vosso número, e chamem
os vossos colegas para se juntarem a vós na preparação da resposta! Não
fiquem isolados em casa ou em qualquer outro lugar, utilizem os vossos
smartphones e redes apenas para se reunirem geograficamente e mobilizarem-se
colectivamente, privilegiando os "encontros físicos" sempre que
possível!
Organizem comícios,
assembleias gerais a sério – não assembleias falsas através da internet ou
das redes sociais! – e delegações em massa, manifestações de rua e
encaminhem-nas para outros locais de trabalho!
Apelem à solidariedade
activa e, sempre que possível, apelem a juntarem-se a vós em manifestações,
comícios, piquetes e até greves!
Seleccionem as
reivindicações mais unitárias possíveis, às quais o maior número possível de trabalhadores
de outros locais de trabalho e corporações possa aderir.
Lutas e greves
internacionais de massas contra o capitalismo! Este é o caminho
não só para resistir, mas também para pôr fim ao capitalismo e à guerra
imperialista.
Precisamos de nos
preparar para ripostar juntos!
Proletários de todos
os países, uni-vos na luta contra o capital!
Grupo
Internacional da Esquerda Comunista, 25 de abril de 2025
Este artigo foi traduzido para Língua
Portuguesa por Luis Júdice

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