25 de Janeiro de 2023 Robert Bibeau
Em https://es.communia.blog/organizarse-prioridad
18/01/2023 | EMANCIPAÇÃO
O MUNDO ABERTO PELA GUERRA NA UCRÂNIA
A guerra na Ucrânia
não é apenas mais um assassinato "localizado". Marca um salto na
orientação e reorganização de
todo o sistema capitalista por e para a guerra. Como não poderia ser
de outra forma, acelerou
aquela que já era considerada a maior transferência de rendimentos do trabalho
para o capital desde a Segunda Guerra Mundial
imperialista.
Se a característica
permanente do capitalismo decadente em que
vivemos é a contradição entre o crescimento (do capital) e o
desenvolvimento (humano), agora esta contradição desenvolve-se cada vez mais
como um antagonismo aberto e generalizado entre o bom funcionamento do sistema e a vida humana. em todas as
suas manifestações.
Desde o desmantelamento
dos sistemas de saúde em países com os capitais nacionais mais
concentrados, à fome
em massa em países semicoloniais que nem sequer se industrializaram,
não faltam exemplos diários da aceleração desta contradição elementar com o
aumento das tensões imperialistas.
Leia também: 2022 O ano em que começou a longa
guerra, 24/12/2022 https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2022/12/2022-o-ano-em-que-comecou-longa-guerra.html
E se a classe dominante navega e organiza
toda esta destruição, recuperando as taxas de retorno do seu capital em
detrimento dos trabalhadores, a pequena burguesia e as suas exuberâncias têm
sido, na melhor das hipóteses, distracções ridículas, e na pior das hipóteses,
tropas sangrentas: o feminismo abraçou a guerra com a paixão de um recrutador
desonesto; (ver: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/01/as-tres-tendencias-culturais-que-vao.html ) Neo-Malthusians e o seu declínio fizeram o mesmo com empobrecimento;
O mais
humanitário dos liberais é criar supermercados para
os pobres,
enquanto os seus ideólogos, juntamente com os governos sociais-democratas
europeus, lançam as bases para o fim dos sistemas
universais de saúde ou educação; e o pacifismo e o
antimilitarismo Cidadão expuseram na Rússia a sua incapacidade e impotência.
(Como se poderia resumir melhor a ideologia e a política do ridículo
capitalista "Grand
Reset" e da malfadada "Nova Ordem Mundial"... Capitalista depois da grande guerra
genocida? NDÉ)
Ou seja, não é possível esperar melhorias ou reformas que recuperem as vidas perdidas pelos trabalhadores. As classes dirigentes não podem permitir isso sem prejudicar o capital que servem, e a pequena burguesia não pode fazê-lo sem confrontar o sistema, as empresas e os Estados a que estão ligadas.
Só a classe operária, uma classe universal, tanto na
sua extensão como na
natureza das suas lutas, pode enfrentar a deriva do sistema
com exigências que apontam para a sua necessária superação.
(Nós diremos... para a sua necessária destruição para a construcção de um novo
modo de produção proletário. NDÉ)
É por isso que,
durante o último ano, temos acompanhado e nos focado em lutas como as dos trabalhadores iranianos ou
as greves
selvagens na Grã-Bretanha: numa altura histórica em que os sindicatos só podem ser
organizadores do capitalismo de guerra (como provam ao liquidar
a magnífica revolta do proletariado francês contra o elevado custo de vida e as
pensões de miséria. NDÉ) 
LIÇÕES DA HISTÓRIA
Revolta de 19 de Julho em Madrid, início da Revolução Espanhola
A grande onda revolucionária 1917-37 foi possível graças à existência de um tecido de classe maciça e organizada: o famoso espaço da democracia proletária cuja destruição era o objectivo do fascismo e, desde a Revolução Espanhola, do estalinismo, que já se tinha tornado o principal organizador da contra-revolução. . Tecido que foi efectivamente destruído em todo o mundo entre 1928 e em torno da Segunda Guerra Mundial Imperialista.
A
experiência subsequente de insurreições e greves em massa, de 1943 ao Irão em
2022, mostra que sem este tecido ou um novo poder capaz de se consolidar
minimamente ou de um partido de classe surgido espontaneamente não pode
emergir.
Por outro lado, a
experiência dos anos que precederam a Revolução Espanhola de 1936 nestas
regiões, como o Sudoeste Espanhol, o único lugar do mundo onde a Esquerda Comunista liderou
a luta de classes na década de 1930, mostra-nos que a superação da
organização sindical – necessariamente absorvida pelo Estado naquela altura –
não significa o abandono das tarefas de promover a organização de classes fora
dos períodos de luta aberta e maciça.
Pelo contrário, o que
torna a auto-organização de classes
frutífera em tempos de luta de classes é precisamente o longo trabalho de
organização anterior. Um trabalho que ocorre em todo o tipo de áreas, desde que
respondam a necessidades reais e impulsos organizacionais e que gira em torno
de espaços físicos comuns em termos de classes sociais.
AS NOSSAS TAREFAS
Como salientámos no nosso relatório de 2022 e também em 2022 O https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2022/12/2022-o-ano-em-que-comecou-longa-guerra.html
Nem podemos esperar que um movimento de
classe apareça do nada e por sua própria iniciativa, sem qualquer trabalho
prévio, para mudar o jogo de uma vez por todas. Nada nos absolverá da nossa
própria responsabilidade como trabalhadores que são um pouco mais conscientes
do que outros. Nada eliminará a necessidade de partir do mais básico para
discutir, organizar e criar redes e estruturas mínimas que nos permitam
responder colectivamente aos problemas, alargar o pensamento e organizar a
solidariedade quando necessário.(Ver: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/01/as-tres-tendencias-culturais-que-vao.html - Le 7 du Québec )
Por outras palavras,
trata-se de aprofundar as linhas de trabalho que
delineámos durante a parte mais difícil da pandemia: fomentar a
auto-organização dos trabalhadores em todos os lugares e áreas que alcançarmos.
E se esta é a nossa direcção estratégica, as tácticas devem redireccionar
horas e capacidades para a sua realização. Por esta razão, há alguns meses
passámos de artigos publicados quase
diariamente na Comunia para artigos publicados apenas algumas vezes por semana.
Isto não significa que, face às mudanças na situação, ao aparecimento de
novas lutas ou ao agravamento das condições gerais, não voltemos ao carácter
quase quotidiano das publicações. Fá-lo-emos quando a situação indicar que é
importante e que é o contributo que corresponde ao momento específico. Mas,
para já, a prioridade operacional é contribuir para a organização de todos os
grupos de trabalhadores que, inicialmente em minoria, sentem a necessidade de
se organizarem para satisfazer necessidades que consideram serem tais.
É aqui que nos encontrará mais, mesmo que seja à custa de nos encontrar um
pouco menos frequentemente no seu telemóvel.
JUNTE-SE A NÓS E FAÇA A SUA PARTE
§
No trabalho. Encontre-se com colegas fora da empresa para
discutir a situação, como isso o afecta colectivamente, e como responder.
Convidar colegas de confiança de empreendedores e empresas próximos e alargar o
círculo quando uma visão partilhada é suficientemente clara.
§
No bairro Identifique
as necessidades e ajude a abordá-las colectivamente. Aulas de reforço para
resistir à falta de aulas na escola até à organização
de compras colectivas para reduzir os preços básicos dos consumidores.
Identifique quais os sistemas de solidariedade que poderão ser úteis em caso de
despedimentos e encerramentos de empresas ou pequenos estabelecimentos para que
possa trabalhar na sua organização no futuro.
§
Compare e discuta
connosco os problemas que lhe dizem
respeito e as alternativas e exigências práticas que surgem. Estamos na mesma
situação que tu.
§
Nunca esqueçamos que em todos os países
o inimigo está dentro do próprio país, apelando ao sacrifício e subordinando as
necessidades humanas universais em benefício das empresas e do investimento.
(Por favor, leia e releia.
Proletários de todos os países, uní-vos, abulam exércitos, polícias, produção de guerra, fronteiras, trabalho assalariado!
Fonte: PROMOUVOIR L’ORGANISATION EST LA PRIORITÉ FACE A LA CRISE MULTIPOLAIRE – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário