A França de
Macron: entre a liquidação do património industrial e o roubo das joias
culturais
31 de Outubro de 2025 Robert Bibeau
Por Khider Mesloub .
Desde a ascensão de Macron ao poder no
Palácio do Eliseu, a França perdeu tanto a sua coroa cultural, devido à
depravação do seu capital cultural, quanto as suas joias industriais, através
da sua política de liquidação da riqueza nacional.
Sob o regime de Macron, liderado pelo
herdeiro dos Rothschild, o aprendiz de feiticeiro Macron, as joias do património
industrial e cultural da França foram oferecidas à cobiça de capitalistas
desonestos, bandidos amadores de bairros operários e criminosos corporativos do
CAC 40. Nunca o "mercado" de pilhagem industrial e cultural floresceu
tanto quanto sob o governo de Macron. O macronismo eliminou as restricções
morais e desmantelou as salvaguardas de segurança. Consequentemente, nenhum
patrimônio está a salvo de vendas a preço de banana ou roubo. Ou mesmo de
destruição completa.
A própria catedral de Paris, essa
maravilha arquitectónica medieval que sobreviveu aos estragos do tempo, também
foi sacrificada no altar da negligência na prevenção da segurança, uma
segurança sacrificada pelo governo Macron.
Muito antes da sua ascensão ao Palácio do
Eliseu em 2017, Macron, então Ministro da Economia, já havia iniciado a venda
da soberania industrial da França, esse roubo legalizado cometido pelos
padrinhos do actual Presidente da França.
Nos seus diversos papéis, cuidadosamente
elaborados pelo seu protector Rothschild para desmantelar as joias da coroa
económica da França, Emmanuel Macron — sucessivamente Secretário-Geral Adjunto
do Palácio do Eliseu, depois Ministro da Economia e, finalmente, Presidente da
República — passou, curiosamente, esses anos a lidar com importantes questões
industriais não para fortalecer a indústria francesa, mas para vendê-la. Para
desmantelá-la.
Num período de dez anos, o legado deste
ex-banqueiro de investimentos da Rothschild, alçado à presidência pelos seus
patronos financeiros, terá sido calamitoso para a França.
A economia francesa perdeu mais de um
milhão de empregos industriais. A participação da indústria no PIB caiu de 20%
para 10%. Uma hemorragia produtiva.
Empresas vendidas para o mercado
internacional, fábricas realocadas, máquinas destruídas: um verdadeiro banho de
sangue económico. As políticas neo-liberais de Macron devastaram as forças
produtivas e o tecido industrial da França, com efeitos devastadores e
irreversíveis para o país. Como resultado, a França tornou-se uma nação
dependente do resto do mundo para a produção dos seus bens essenciais.
Esse roubo industrial perpetrado pelos
poderosos em conluio com Macron paralisou a produção francesa. Através da sua
política de liquidação forçada, Macron acelerou deliberadamente o colapso da
economia francesa.
Da Alstom à Doliprane, e incluindo
diversas outras empresas de prestígio, Emmanuel Macron vendeu as joias da coroa
da indústria francesa. A Alstom foi vendida para a empresa americana General
Electric (GE). A Doliprane foi vendida para um fundo de investimento norte-americano.
A Lei Macron de Agosto de 2015 também facilitou a privatização de vários
aeroportos.
Ao longo dos últimos dez anos, desde a ascensão
de Macron ao topo do Estado, existe uma longa lista de joias da coroa
industrial francesa vendidas a interesses estrangeiros, principalmente
americanos.
Sem falar dos cofres públicos, que Macron
esvaziou através de dívidas, essa operação de transferência de dinheiro público
para bancos mediante o pagamento de juros exorbitantes. Nos oito anos da
presidência de Macron, a dívida pública da França aumentou em mais de 1 trilião
de euros, passando de 2,2 triliões para 3,34 triliões de euros. Os pagamentos
de juros da dívida (serviço da dívida) somam quase 62 mil milhões de euros,
quase o mesmo que o orçamento nacional da educação.
Noutras palavras, o governo de Macron, através
do abuso de poder, extorquiu o dinheiro dos contribuintes para distribuí-lo
generosamente a esses patronos financeiros. Com tal política de pilhagem de fundos
públicos, num Estado regido pelo Estado de Direito, um presidente culpado de
tal delito seria levado à justiça por peculato e definharia na prisão. Pois o
maior crime cometido por Macron é que os 10 triliões de euros pedidos
emprestados aos bancos não foram usados para construir novas infraestruturas,
hospitais, escolas ou habitações sociais. Pelo contrário, apesar do aumento
vertiginoso da dívida francesa, o país empobreceu, os serviços públicos deterioraram-se
e o sistema educacional entrou em colapso.
Em termos de património cultural, o
governo de Macron também ficará marcado pela multiplicação de vendas a preço de
banana e roubos.
Sob o governo absolutista e belicoso de
Macron, quando o património cultural não está a ser vendido a preço de banana,
está a ser saqueado. Em Junho de 2022, o governo Macron vendeu móveis do
Château de Grignon por uma ninharia, móveis que haviam sido estranhamente sub-valorizados.
O conjunto de 20 peças de mobiliário, avaliado em 500.000 euros, foi vendido
por cem vezes menos. Uma verdadeira operação para esbanjar o património
cultural nacional, orquestrada sob a administração Macron.
Assim, após desmantelar todas as
salvaguardas para a protecção da indústria — essa loucura macroniana que
permitiu a venda a preço de banana das joias da coroa da economia francesa — o
governo Macron passou a reduzir todos os gastos relacionados com a segurança
das instituições públicas, particularmente os museus. Como resultado, esses
museus ficaram vulneráveis à cobiça de ladrões, os irmãos mais novos dos gangsteres
capitalistas que tomaram o controle da riqueza da França em conluio com o seu
capanga, Macron, instalado no Palácio do Eliseu para melhor coordenar o saque
dos cofres públicos.
A máfia financeira age com tamanha
impunidade, tão segura está da protecção do Palácio do Eliseu, que pequenos
criminosos seguiram o exemplo e agora agem abertamente, bem debaixo do nariz da
polícia.
Assim foi o famoso Museu do Louvre, devido
a "falhas de segurança de gravidade sem precedentes", que se tornou
vítima de um roubo espectacular no domingo, 19 de Outubro. Os perpetradores,
esses gémeos siameses especialistas em apropriação de bens públicos,
conseguiram, sem disparar um único tiro, entrar pelo lado de fora usando um
guindaste, quebrar uma janela e roubar joias do século XIX de "inestimável
valor patrimonial", antes de fugirem tranquilamente numa scooter.
Entre as joias da coroa francesa roubadas
em menos de sete minutos estavam o colar do conjunto de safiras da rainha Maria
Amélia e da rainha Hortense, composto por oito safiras e 631 diamantes, e o
diadema da imperatriz Eugénia, esposa de Napoleão III, que possui quase 2.000
diamantes.
O procurador de Paris mencionou a possível
existência de "cérebros" e "soldados rasos" dentro desse
grupo criminoso. Isso lembra os métodos usados pelas máfias financeiras, que
empregam agentes políticos para assumir o controle de importantes empresas
industriais ou subsídios públicos em benefício próprio.
Vale a pena lembrar que diversos museus
franceses foram alvo de roubos recentemente, o que evidencia as deficiências nos
seus sistemas de segurança e vigilância. Segundo um relatório do Tribunal de
Contas, "Em cinco anos, apenas 138 cameras adicionais foram instaladas no
Museu do Louvre. Pouco mais de um terço das salas possui pelo menos uma camera."
“Este roubo, que permitiu aos ladrões
furtarem joias da coroa francesa, é uma humilhação insuportável para o nosso
país”, declarou Jordan Bardella, presidente da Rassemblement National (RN), no
X. “Este não é o momento para controvérsias. No entanto, a responsabilidade
obriga-nos a reconhecer que os nossos museus e edifícios históricos não estão
adequadamente protegidos para enfrentar as ameaças que enfrentam”, escreveu
Marine Le Pen.
Assim é a França, um país onde a cultura
do roubo se tornou tão disseminada que se tornou norma. E o maior ladrão é o
próprio Estado francês. Para equilibrar o seu orçamento, o governo Macron não
conseguiu pensar em nada melhor do que roubar o povo, extorquir os pobres e
aposentados e saquear os serviços sociais para financiar a sua economia de
guerra.
"Quando o chefe do bando se arroga o
título de rei, os saques e as artimanhas sujas recebem os nomes lisonjeiros de
troféus e vitórias", observou François Cavanna.
Quando
o magnata das finanças Macron e sua corja de ministros corruptos vendem e
saqueiam a França e o povo francês, a media e a sociedade ´classificam esses
crimes sancionados pelo Estado como "política econmica". Melhor
ainda, essa política de captura e predação é louvada como uma virtude. Ela é
ensinada no Sciences Po e na ENA (Escola Nacional de Administração).
Khider MESLOUB
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice

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