Das luzes... às trevas!

 

 14 de Julho de 2021  Robert Bibeau  

Por Vincent Gouysse.

Se numa época tão distante quanto o passado a burguesia francesa soube colocar-se à frente de um movimento revolucionário quando se tratava de destruir o absolutismo feudal, ela encontra-se desde 1871 e a sangrenta repressão da Comuna no campo da reacção e há muito substituiu uma forma de exploração do homem pelo homem por outra... e deitou fora a sua máscara progressista! A era actual permite mesmo uma reflexão particular a um palmarés macabro  bi-secular, no entanto coroado por anos de colaboração entusiasmada do grande capital com o ocupante nazi.

Que progresso de facto comparado com 1940! A revolução informática e a telefonia passaram por isso, o código QR substituiu a estrela amarela pelo rebanho de escravos assalariados dóceis estacionados num gigantesco campo de concentração ao ar livre onde todos são rastreados em todos os momentos da sua vida através do seu Smartphone... Esta é a perspectiva do futuro agora quase imediata!

Já no outono de 2020, salientamos que as vacinas de RNA poderiam de facto fornecer os melhores indicadores reais da opinião pública, ou seja, do estado intelectual e moral dos escravos assalariados, e em particular do grau real da sua submissão à ditadura sanitária e à vacinação.

Se no final do Verão de 2020, as vacinas não ganharam o apoio de pouco mais de um em cada três franceses, a proporção quase que se inverteu desde então, graças ao matraquear diário da propaganda vacinal e às consequências económicas e psicológicas deixadas por confinamentos repetidos.

A vacina conseguiu fazer muitos esquecerem que existem terapias eficazes que permitiriam tratar adequadamente os doentes e evitar confinamentos sanitário-securitários, e isso mesmo porque a rota das vacinas RNA-m descrita várias vezes por Didier Raoult https://les7duquebec.net/archives/265668 como a melhor para... seleccionar mutações resistentes (uma vez que codifica apenas para a proteína spike única e, portanto, um único local de reconhecimento, contra uma infinidade de uma vacina de tipo totalmente inactivada), é de facto uma heresia em termos de saúde pública! Os resultados concretos estão lá para testemunhar isso num dos países hoje na vanguarda da estratégia vacinal. Como a imprensa chinesa relatou recentemente,

"A eficácia da vacina contra o coronavírus da Pfizer caiu para apenas 64% em Israel, diante da disseminação da variante Delta no país", disse o Ministério da Saúde israelita num comunicado na segunda-feira. Esse novo número abrange o período de 6 de Junho a 3 de Julho, e é consideravelmente inferior à taxa de eficácia de 94,3% de protecção contra a contaminação, observada para o período de 2 de Maio a 5 de Junho."

É, portanto, com base na pouca eficácia das vacinas mRNA, que levará à imposição de reforços semestrais para manter uma aparência de uma imunidade em massa a novos mutantes, enquanto o "macronie" decidiu seguir o caminho da coerção para generalizar a vacinação a toda a população! E o que poderia ser melhor para isso do que o efeito surpresa? Apanhado de surpresa o escravo assalariado médio que já se via a gozar férias longe das preocupações dos meses anteriores?

O que poderia ser melhor do que chantagem sobre as férias para isolar os recalcitrantes e impor o "passe sanitário" a toda a população? Tal estratégia é, inegavelmente prerrogativa de sociopatas ao serviço de uma elite predatória que implementa uma estratégia cuidadosamente considerada... Em Fevereiro passado, já escrevíamos que as vacinas RNA (m) ocidentais voltadas apenas para a proteína spike única tinham a utilidade de colocar toda a pressão seletiva num único local do vírus e, assim, promover o aparecimento de mutações resistentes:

"A epidemia de variantes actuais está a chegar ao fim, e a chegada de dias ensolarados no hemisfério norte ajudará o refluxo a continuar (com o aumento do sistema imunológico). Mas no próximo Outono, rebeldes com novas variantes resistentes que ajudarão as "nossas elites" a justificar mais uma volta do parafuso. Portanto, seria muito surpreendente se a escolha das vacinas mRNA fosse fortuita ou acidental para o Ocidente: a estratégia é deliberadamente escolhida para sustentar a pandemia a longo prazo e justificar a ditadura sanitário-securitária destinada a acompanhar o Grande Reset !... https://les7duquebec.net/archives/265444

O pequeno-burgês, que não vê mais longe do que a ponta do seu nariz, não entende que a classe de capitalistas monopolistas está a implementar as ferramentas digitais do registo e da monitorização em tempo real da população sob pretexto de nebulosas pandemias. E longe de resistir a isso, ele até se mostra disposto a sacrificar as suas liberdades entusiasticamente rezando pela hipotética retoma dos seus negócios. O próximo passo? Punção RFID dos indivíduos! Enquanto isso, à atenção daqueles que seriam tentados a responder, encolhendo os ombros, que eles não têm "nada a esconder" e que esta vigilância não pouco lhes interessa em definitivo, vamos retorquir-lhes à maneira do denunciante Edward Snowden:

"Quando você diz 'Não estou preocupado com o direito à privacidade, porque não tenho nada a esconder'' não faz diferença dizer: 'Não me importo com o direito à liberdade de expressão porque eu não tenho nada para dizer.'."

Inegavelmente, um Grand Reset, https://les7duquebec.net/archives/265444 está a ser preparado, porque vai ser necessário fazer as massas engolir cobras nos próximos anos! Já na programa: novas "reformas" do seguro-desemprego e pensões! E isso é apenas um pequeno prenúncioo do que virá a seguir... Por isso, é necessário garantir por todos os meios que o rebanho manterá as suas primeiras qualidades: docilidade e resignação!

Vincent Gouysse, o 13/07/2021 para www.marxisme.fr

 

Fonte: Des Lumières… aux ténèbres ! – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice