“... Eu não gosto de mandar recados ...”, eis como o Almirante Gouveia e Melo, Chefe da Marinha, justifica a sua presença no Funchal para se “ocupar” pessoalmente do caso de “indisciplina” que foi protagonizado por 13 militares – metade da guarnição do NRP MONDEGO -, ao recusarem embarcar para uma missão de acompanhamento de um navio russo.
Com um comportamento típico de uma cultura fascista, corporativista e militarista, Gouveia e Melo arrogou-se o papel de acusador, juíz e executor de uma sentença de “insubordinação”, mesmo antes de aqueles militares terem sido ouvidos a propósito dos motivos que os levaram a tomar a decisão de não embarcar e, assim cumprir a missão que lhes estava a ser exigida.
Mesmo antes de uma investigação independente – e não a fantochada de um concílio entre pares determinar que, apesar de algumas “redundâncias”, a embarcação estava em condições de navegabilidade – concluir, em termos técnicos, objectivos, se a embarcação apresentava, ou não, riscos de operacionalidade.
Não é de estranhar este tipo de comportamento em Gouveia e Melo. Já o tínhamos observado aquando da alegada crise pandémica do COVID. Vimos como, protagonizando a política do medo desenhada pela OMS e praticamente todos os países “ocidentais”, comandou a campanha de vacinação em massa. No caso dos 13 militares do NRP MONDEGO, repete-se a fórmula, induzindo uma vez mais o medo junto da população para “justificar” a “sentença” de natureza fascista que lhes pretende impor.
E, vai ao ponto de não ter pejo nenhum em revelar o conteúdo da missão em causa. Conteúdo que configura segredo de estado que, sendo revelado, implicaria uma acusação de “traição à pátria” e, mesmo, de cumplicidade com os alegados perpetradores da acção em causa. E para que não se pense que a nossa acusação não tem suporte, eis o que Gouveia e Melo, o chefe da marinha, afirmou para quem o quis ouvir, no Funchal, a propósito da missão, que era a de seguir um :
“...navio de espionagem, que anda atrás e a seguir os cabos submarinos ... e as infraestruturas dos cabos submarinos , e nós temos de ter a preocupação quanto ao significado que isso tem em termos militares ...”
Para além de ser interessante saber qual a posição de Gouveia e Melo, em termos de “preocupação militar” , do “seguimento” e “subsequente sabotagem da infraestrutura” do Nord Stream I e II, por parte da dupla terrorista EUA/Reino Unido, é imperioso saber qual o papel do Chefe Supremo das Forças Armadas, o inefável Marcelo Rebelo de Sousa, viciado em selfies, que, tendo sido lesto em condenar a alegada “falha” de disciplina de sargentos e praças da marinha a operar no NRP MONDEGO, veloz na condenação da “indisciplina” que “mina” os fundamentos de uma estrutura altamente “hierarquizada”, revelou uma total “distracção” em relação ao “deslize” do almirante.
Será que esta atitude de Marcelo nos faz vislumbrar mais um apoio seu a uma candidatura à sucessão no seu cargo? Caso para dizer que, tudo faremos para que o Navio Almirante ... vá ao fundo!
Luis Júdice
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