quarta-feira, 27 de abril de 2022

2% para “despesas” na frente militar, promovem a guerra e comprometem a segurança de operários e trabalhadores!

 


Face à primeira guerra que decorre em plena Europa, após as I e II Grandes Guerras Mundiais, e a reboque do clima de pânico que o imperialismo americano, através do seu braço armado – a NATO – tenta incutir para beneficiar a sua indústria de armamento e assegurar melhor competitividade para os seus produtos industriais, comerciais e de serviço, aparecem agora – à direita, à extrema-direita e, pasme-se, à falsa esquerda e à imbecil “extrema-esquerda”, vozes a concordar com a defesa do aumento da percentagem do PIB para a “defesa”.

Para, tal como preconizam os imperialistas americanos, melhor acautelar as necessidades de “segurança, sobretudo no continente europeu. Claro que António Costa e os seus sabujos de serviço, acolheram de imediato o repto dos imperialistas americanos e anunciou estar disposto a aumentar para 2% do PIB, a “despesa” com a “defesa” do país (???!!!).

Defender o país de ditaduras fascistas?! Isso quer dizer que acreditamos estar a  viver em democracia?! Então, também devemos acreditar no Pai Natal?! Vivemos em ditadura "democrática" burguesa onde, supostamente, é-nos conferida a "liberdade" de dizer o que pensamos, desde que, aquilo que pensamos não coloque em causa os interesses daqueles que beneficiam com o sistema. Basta observar os atropelos à constituição que foram cometidos durante a crise pandémica que, pelo vistos, agora que a guerra na Ucrânia aparentemente começa a perder “gás”, irá ser retomada.Tanta "ingenuidade" (???), alegadamente "democrática", até arrepia!

O que as verbas - sejam elas de 1 ou 2 ou 30% do PIB - destinadas à "defesa" evidenciam, é que elas visam a defesa dos interesses de quem detém o capital e os meios de produção e acumula riqueza à custa da exploração da mais-valia criada por quem produz ... e não detém os meios de produção! Aliás, só possui a sua força de trabalho como mercadoria que vende ao patronato.

Capachos do capital são, pois, aqueles que defendem maiores verbas para a "defesa" - como se ela não possuísse uma natureza de classe -, em vez de exigir mais verbas para a cultura, para a educação, para a saúde, para a habitação, para a segurança financeira de quem, depois de anos de contribuição fiscal, recebe reformas de miséria, ademais comidas pela inflação.

Os mesmos capachos que, depois, vêm "explicar" que estamos em democracia porque nos deixam votar em quem quisermos, escamoteando que as mascaradas eleitorais se têm traduzido numa crescente abstenção - mais de 50% em Portugal - porque nenhum partido cumpriu, até à data, as miríficas promessas que fez em campanha eleitoral.

Capachos que escamoteiam que, se a extrema direita, o populismo, o fascismo e o neo-nazismo crescem, a responsabilidade é dos partidos que, a sós ou em coligação, nos tem governado desde o 25 de Abril de 1974. Sobretudo os da falsa esquerda e da alegada extrema-esquerda (como se isso existisse).

Capachos que iludem a natureza de classe reaccionária da guerra na Ucrânia, fazendo acreditar que o caminho é apoiarmos um dos blocos imperialistas – o atlântico chefiado pelos EUA – contra o asiático – protagonizado pela China. Uma guerra reaccionária, pois não serve os interesses dos operários e trabalhadores, quer ucranianos, quer russos, quer da Europa e África, ou mesmo de outras partes do mundo. Uma guerra por procuração, em que Zelensky e o seu governo neo-nazi se colocou a jeito para o imperialismo americano, prestando-se a servir de ponta de lança e testa de ferro para a estratégia americana de agressão à Rússia e, através,dela, à China.

Só a liquidação do modo de produção capitalista e imperialista e a construção do modo de produção comunista, facultará a segurança e dignidade a quem trabalha. Só a iniciativa de nos organizarmos colectivamente para criar as condições objectivas e subjectivas, que permitam levar a cabo os levantamentos populares necessários a criar as condições à Revolução Comunista, libertará a humanidade da exploração do homem pelo homem.

Para isso, claro está, os operários e restantes trabalhadores não podem contar com estes capachos nem com partidos que, afirmando-se de esquerda - como é o caso de PCP e BE, mas não só -, dormem com os seus inimigos de classe e pavimentam o seu caminho para a exploração, a ganância e a guerra.

O capitalismo e o IMPERIALISMO - seu estadio supremo - são a guerra!

Luis Júdice, 27/04/2022

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