Ainda a propósito do vómito anti-comunista
acolhido pelo Órgão Central do PCTP/MRPP – o Luta Popular online, cada vez mais
um pasquim contra-revolucionário ao serviço do capitalismo e do imperialismo –
que tinha o pomposo título de “GUERRA DO POVO À GUERRA
IMPERIALISTA! - INDEXAÇÃO MENSAL DOS SALÁRIOS E DAS
REFORMAS À INFLAÇÃO A PARTIR DE JANEIRO!”, e que foi publicado no dia 18 de Março de 2022,
gostaria de deixar mais uma reflexão crítica a propósito do que nele se propõe.
Não é por acaso que foi preciso o assalto revisionista e neo-revisionista, protagonizado pela dupla Cidália/Pinto, com o aval do imbecil do João Castro à direcção e ao Órgão Central do PCTP/MRPP – o Luta Popular online – para, aquele que já foi o Partido do Proletariado em Portugal, vir agora defender, como bandeira de luta operária, a luta pela indexação salarial ... com periodicidade mensal!!!
Se ainda existe esquerda dentro do Partido, deveria ter vergonha! Nunca em tempo algum esteve plasmado num documento – mesmo que de âmbito sindical -, no Programa, nas Linhas de Acção do Partido, o que quer que seja, a agitar esta bandeira, esta palavra de ordem táctica profundamente pequeno-burguesa, reaccionária e oportunista.
Gente inculta, completamente analfabeta no que diz respeito ao marxismo, que, apesar de já ter compreendido que, dominando a burguesia todo o aparelho produtivo, financeiro e bancário, facilmente recupera os aumentos salariais “indexados” – mensal, diária ou anualmente -, persiste, ao serviço desta classe exploradora, em tentar desviar as energias dos operários e restantes assalariados, para becos sem saída.
Aqueles que se arrogam de marxistas e acintosamente afirmam não ser arnaldistas , pretendem desvanecer na memória dos miltantes comunistas, dos operários revolucionários, o facto de que, só o rasgo de génio de Arnaldo Matos, fundador do PCTP/MRPP e ossatura ideológica do Partido, poderia ter compreendido que a bandeira a empunhar pelos proletários e restantes escravos assalariados, na frente económica da sua luta de morte contra a burguesia e o seu sistema capitalista e imperialista é a bandeira da luta pela SEMANA DAS 35 HORAS!
Ao contrário, para além do que acima se disse sobre a indexação e a forma como a burguesia a recupera muito rapidamente, esta “reivindicação” estúpida, cega e oportunista, não suscita a unidade, pois a inflação reflecte-se diferenciadamente de escalão para escalão salarial.
Ao passo que a semana das 35 horas, constitui uma temporização do horário de trabalho igual para todos aqueles que nada mais possuiem do que a sua força de trabalho e, claro está, potencia o gerar de mais emprego, menos exploração, mais disponibilidade de tempo livre, quer para actividades lúdicas, quer para actividades culturais ou associativas para operários e restantes escravos assalariados.
A única táctica que promove a unidade de classe dos proletários e dos restantes assalariados, de forma praticamente automática, induzindo à sua organização em torno de um objectivo mensurável, credível e, ademais, alcançável.
Um objectivo que assenta numa luta sem quartel que permitirá, para além da unidade de classe, o elevar da sua consciência para que, no final de contas, reconheça que só a destruição do modo de produção capitalista, gerador da sua extrema exploração, e do imperialismo, causador das guerras em que é utilizado como carne para canhão, resolve a questão de fundo – acabar com o sistema que assenta na exploração do homem pelo homem.
Tratou-se, portanto, de mais um ataque vil, quer à memória de Arnaldo Matos, quer à estratégia e táctica do proletariado na sua luta pelo derrube do sistema capitalista e imperialista!
01 de Abril de 2022
Luis Júdice
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