Estes últimos, escamoteiam o facto de a Ucrânia ser uma consequência, uma decorrência, da guerra inter-imperialista que actualmente se trava entre o Bloco imperialista ocidental – chefiado pelos EUA, mas secundado pelo Reino Unido, França, Alemanha e praticamente todos os países da Europa capitalista e mais países capitalistas em todo o planeta e o Bloco Asiático, assente na Aliança de Xangai, liderado pela China.
Uma guerra REACCIONÁRIA, já que não são os interesses dos operários e trabalhadores russos e ucranianos que estão a ser defendidos, nem os interesses do proletariado a nível internacional, mas sim os interesses das superpotências, do grande capital imperialista e da burguesia que, face ao colapso do seu sistema – em profunda, sistémica e moribunda situação – pretendem salvá-lo a todo o custo, para assegurar os níveis de acumulação capitalista que os mantenha vivos e actuantes.
A pequena-burguesia, sob a capa de falsa esquerda, vem a terreiro defender a sua burguesia e o potentado imperialista a que está associada, mas nunca os interesses do proletariado que afirma defender, para cuja defesa pretende arrastar. Cobarde e destilando a sua perfídia natural, esta classe tenta cavalgar a justa indignação das massas populares e operárias face a uma guerra profundamente reaccionária, para vir a obter as migalhas da rapina, dos despojos, que se sucede a este tipo de guerras.
Unidade forjada na luta para transformar a actual guerra reaccionária – que, insisto, reflecte os interesses dos blocos imperialistas nela envolvidos, o Bloco Atlântico contra o Bloco Asiático – em guerra cívil revolucionária que permita a destruição das condições materiais que promovem a guerra – o capitalismo e o imperialismo – e imponham novas relações de produção, isto é, um novo modo de produção, comunista e operário.
Enquanto esta estratégia operária, revolucionária, comunista, não se consolidar, o proletariado ucraniano, russo ou de outra nacionalidade ou região, estarão sempre sujeitos a servir de carne para canhão da burguesia, de classes, interesses de classe, modos de produção, que são responsáveis pela sua actual condição de escravos - a burguesia e seus lacaios, o imperialismo! E a paz proletária nunca será alcançada!
Os pontos de vista, quer da burguesia, quer dos seus lacaios pequeno-burgueses organizados em torno de partidos e organizações da falsa esquerda, devem ser isolados e denunciados. Não deve haver qualquer contemplação com a sua defesa de um paradigma de guerra “justa” face a um conflito que é, de forma cada vez mais notória, provocado, programado e coordenado pelos blocos imperialistas em guerra pela hegemonia planetária.
Os proletários devem recusar-se a travar estas guerras reaccionárias!
Viva a Revolução Comunista!
18 de Abril de 2022
Luis Júdice
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