terça-feira, 26 de abril de 2022

As origens francesas da Casa Branca

 


 26 de Abril de 2022  René  

RENÉ — Este texto é publicado em parceria com www.madaniya.info..

Em 21 de Janeiro de 2021, Joe Biden tornou-se oficialmente o 46.º Presidente dos Estados Unidos, entrando na Casa Branca, substituindo o populista xenófobo Donald Trump. De volta aos símbolos do poder americano e ao seu significado com a crónica de Nadine Sayegh.

As origens francesas da Casa Branca

Por Nadine Sayegh,

Académica franco-síria, colunista do site http://lo3batelomam.com/  (O Jogo das Nações), um site dirigido pelo jornalista libanês Sami Kleib, ex-chefe do serviço árabe da RFI e dissidente do canal transfronteiriço al Jazeera do Qatar. Professora multilíngue (inglês, espanhol), é uma facilitadora da caridade "Al Sakhra" (ROC) para ajudar os sírios afectados pela guerra.

Quem teria pensado que a superpotência mundial que é a América inspirou a origem de grande parte de sua herança nacional noutro lugar que não nas cabeças dos seus génios!.

Da Casa Branca

Já a Casa Branca é uma cópia de uma obra francesa. Em 1789 Thomas Jefferson, então embaixador em Paris, viajou pelo país para descobrir grandes conquistas dos séculos XVII e XVIII.
Após a sua visita à Escola de Arquitetura de Bordeaux, apaixonou-se pelos esboços do Château de Rastignac; aqueles que serão encontrados alguns anos mais tarde na prestigiada residência presidencial da capital do Tio Sam
.

No Dia das Bruxas

Quanto ao Halloween, este feriado emblemático da vida americana forjou a sua origem na Irlanda, há 3000 anos, numa altura em que o calendário celta terminava a 31 de Outubro. E aquela noite foi a noite do deus da morte!

E se falássemos sobre o dólar?

Mais uma vez, outra história se desenrola!

Em 1518, os proprietários de uma mina de prata em Sankt-Joachimsthal (actual República Checa) decidiram cunhar moedas chamadas joachimsthaler, depois thaler.

Esta moeda usada pela Companhia Holandesa das Índias Orientais sob o nome de daalder, tornou-se anglicizada no final do século XVII, chegou à América e por mudança fonética tornou-se “dólar”.

Para personalizá-lo, os Estados Unidos começaram a fabricar seu "próprio dólar" inspirado no peso espanhol, moeda corrente na época, mantendo assim o mesmo peso, o mesmo valor e o mesmo símbolo: ao justapor a barra vertical do P de peso sobre um S no plural, obtemos esta configuração $, com uma ou 2 barras verticais, para simbolizar os Pilares de Hércules de Gibraltar, fronteira entre o mundo civilizado e um além oceânico desconhecido.

Esta nota verde que assombra o mundo

Mais conhecida por "greenback", o dólar tem o nome de Tracy R. Edson (1809-1881) que desenvolveu uma tinta resistente à lavagem, verde devido à sua composição química para combater os falsificadores.
A nota de 1 dólar tem na sua frente a efígie do primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington.

Seguiram-se outros: seguiu-se o retrato do Antílope Nativo Americano, chefe da tribo Hankupapa, o de Susan B. Anthony, uma activista dos direitos civis, de Sacagawea, a primeira-dama a atravessar o actual território dos Estados Unidos do Atlântico para o Pacífico; por Harriet Tubman, uma grande figura na luta contra a escravatura e o racismo no século XIX. Para citar alguns.

Na prática, o dólar americano não é apenas a moeda nacional dos Estados Unidos e Porto Rico, mas também de muitas outras nações como o Equador, El Salvador, Timor-Leste, Micronésia, as antigas Antilhas Holandesas (Ilhas BES), as Ilhas Turcas e Caicos e as Ilhas Virgens Britânicas. Zimbabué, Panamá e Camboja também o usam por conveniência.

Quanto à ave encontrada em todas as notas, representa uma águia careca conhecida pela sua força, generosidade e nobreza, "pedestal deste grande poder"!

 

Fonte: Les origines françaises de la Maison Blanche – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




 

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