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Em 21 de Janeiro de 2021, Joe Biden tornou-se oficialmente o 46.º Presidente dos Estados Unidos, entrando na Casa Branca, substituindo o populista xenófobo Donald Trump. De volta aos símbolos do poder americano e ao seu significado com a crónica de Nadine Sayegh.
As origens francesas da Casa Branca
Por
Nadine Sayegh,
Académica franco-síria, colunista do site http://lo3batelomam.com/
(O Jogo das Nações), um site dirigido
pelo jornalista libanês Sami Kleib, ex-chefe do serviço árabe da RFI e
dissidente do canal transfronteiriço al Jazeera do Qatar. Professora
multilíngue (inglês, espanhol), é uma facilitadora da caridade "Al
Sakhra" (ROC) para ajudar os sírios afectados pela guerra.
Quem teria pensado que a superpotência mundial que é a América inspirou a
origem de grande parte de sua herança nacional noutro lugar que não nas cabeças
dos seus génios!.
Da Casa Branca
Já a Casa Branca é uma cópia de uma obra francesa. Em 1789 Thomas
Jefferson, então embaixador em Paris, viajou pelo país para descobrir grandes
conquistas dos séculos XVII e XVIII.
Após a sua visita à Escola de Arquitetura de Bordeaux, apaixonou-se pelos esboços
do Château de Rastignac; aqueles que serão encontrados alguns anos mais tarde
na prestigiada residência presidencial da capital do Tio Sam.
No Dia das Bruxas
Quanto ao Halloween, este feriado emblemático da vida americana forjou a sua origem na Irlanda, há 3000 anos, numa altura em que o calendário celta terminava a 31 de Outubro. E aquela noite foi a noite do deus da morte!
E se falássemos sobre o dólar?
Mais uma vez, outra história se desenrola!
Em 1518, os proprietários de uma mina de prata em Sankt-Joachimsthal (actual República Checa) decidiram cunhar moedas chamadas joachimsthaler, depois thaler.
Esta moeda usada pela Companhia Holandesa das Índias Orientais sob o nome
de daalder, tornou-se anglicizada no final do século XVII, chegou à América e
por mudança fonética tornou-se “dólar”.
Para personalizá-lo, os Estados Unidos começaram a fabricar seu "próprio dólar" inspirado no peso espanhol, moeda corrente na época, mantendo assim o mesmo peso, o mesmo valor e o mesmo símbolo: ao justapor a barra vertical do P de peso sobre um S no plural, obtemos esta configuração $, com uma ou 2 barras verticais, para simbolizar os Pilares de Hércules de Gibraltar, fronteira entre o mundo civilizado e um além oceânico desconhecido.
Esta nota verde que assombra o mundo
Mais conhecida por "greenback", o dólar tem o nome de Tracy R.
Edson (1809-1881) que desenvolveu uma tinta resistente à lavagem, verde devido
à sua composição química para combater os falsificadores.
A nota de 1 dólar tem na sua frente a efígie do primeiro presidente dos Estados
Unidos, George Washington.
Seguiram-se outros: seguiu-se o retrato do Antílope Nativo Americano, chefe
da tribo Hankupapa, o de Susan B. Anthony, uma activista dos direitos civis, de
Sacagawea, a primeira-dama a atravessar o actual território dos Estados Unidos
do Atlântico para o Pacífico; por Harriet Tubman, uma grande figura na luta
contra a escravatura e o racismo no século XIX. Para citar alguns.
Na prática, o dólar americano não é apenas a moeda nacional dos Estados
Unidos e Porto Rico, mas também de muitas outras nações como o Equador, El
Salvador, Timor-Leste, Micronésia, as antigas Antilhas Holandesas (Ilhas BES),
as Ilhas Turcas e Caicos e as Ilhas Virgens Britânicas. Zimbabué, Panamá e
Camboja também o usam por conveniência.
Quanto à ave encontrada em todas as notas, representa uma águia careca
conhecida pela sua força, generosidade e nobreza, "pedestal deste grande
poder"!
Fonte: Les origines françaises de la Maison Blanche – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa
por Luis
Júdice
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