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Um
país muito montanhoso
Foi,
naquela manhã, totalmente inundado
E
a sua população de lebres tocou o desespero
Como
te dizer
Sem
chorar
Esta
história?
Sob
inundações torrenciais
Um
afogamento cruel
Observado
sorrateiramente
Nossa
gente boa
Com
orelhas compridas.
Seu
fim tragicómico teria sido como nenhum outro.
Um
rebanho de ovelhas então atravessou o país
Tremendo
colectivamente
E
febrilmente
com
pressa
Para
correr rapidamente para se abrigar
Em
suas terras, em seus currais.
Em tempos sinistros,
todos correm pelas suas vidas.
As lebres meio
afogadas e lívidas
De repente, tomam
conhecimento da enorme e destemida
Certeza dos ovídios.
Imaginam, então, agarrar-se
Sem o dizer, sem uma
palavra,
À lã pesada das suas
costas.
Gratos
por terem sido assim salvos então
as ovelhas levaram as
lebres para o seu abrigo
E a história fez um
grande respingo
em todos os
foliculares ao redor.
Para dizer a verdade,
deu a volta ao mundo.
Uma velha lebre tímida
Muito maltratada
Que foi fotografado
sem parar no meio
De todo o lamaçal
Compara ovelhas
Exclamou: essa glória
literalmente prega a minha boca
Por causa do seu
caráter incongruente, ridículo e anormal
Eu teria preferido mil
vezes
Permanecer
Desconhecido, mas a seco.
Esta
será a nossa moralidade.
Na Nova Zelândia, as lebres fugiram de uma inundação agarrando-se às costas das ovelhas (Julho de 2017) |
Fonte: Les lièvres et le troupeau de moutons dans une inondation – les 7 du quebec
Este poema foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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