13 de Dezembro de 2024 Robert Bibeau
Minhas caras impertinentes, meus caros impertinentes
Sabem todas as coisas boas que penso da grande Comissão em Bruxelas, dos nossos Europatas e da União Europeia.
Sou um europeu convicto. A Europa é uma realidade civilizacional, cultural, geográfica e histórica. Falando de história, sou de uma geração cujos avós e pais viveram a Segunda Guerra Mundial. No imaginário das crianças que éramos, sempre teve um grande significado. As histórias, os actos familiares de bravura ou de cobardia, os compromissos mas também a coragem, as complexidades de tempos difíceis onde as escolhas também eram difíceis porque eram perigosas. A escassez, a fome, o frio, as restricções, a miséria e, claro, a destruição e as mortes.
A ideia de uma Europa de paz é magnífica. A ideia de pontes entre todos os povos da Europa é óbvia, tendo em conta que o nosso continente sofreu milhares de anos de guerras fratricidas.
Por isso, pertenço a essa geração para quem a Europa é a paz.
Melhor ainda, a Europa DEVE ser a paz.
A paz não é uma opção.
A paz é a nossa obrigação moral para com as gerações futuras, muito mais do que este disparate da transição energética que só serve para corroer as carteiras dos cidadãos europeus.
Esta obrigação está consubstanciada no programa Erasmus para os intercâmbios entre todos os países da Europa e para nos descobrirmos uns aos outros.
Sim.
A Europa da paz é bela, meus amigos.
Mas, nos últimos anos, tornou-se evidente que a Europa da paz enveredou pelo caminho da guerra.
A União Europeia toma-se por um país, por um Império que sonha com o poder e quer alargar o seu domínio, nomeadamente a Leste. Infelizmente, essa expansão só é limitada pela grande e velha Rússia.
Se a União Europeia sonha com a hegemonia e o Império Eurasiático, a guerra com a Rússia é inevitável.
Essa guerra já começou.
Está actualmente a decorrer na Ucrânia.
Empréstimos de 500 mil milhões para a guerra!
É neste contexto que a Europa de Bruxelas acaba de anunciar a sua intenção de contrair um empréstimo conjunto de 500 mil milhões de euros. Este empréstimo será supervisionado pelo Banco Europeu de Investimento.
Primeira ambição? Construir um escudo anti-aéreo para proteger a Europa, com um custo de 500 mil milhões de euros.
As principais consequências são duas.
1/ Uma Europa embrionária da Defesa, que é a negação última das ruínas e dos vestígios das nossas soberanias nacionais.
2/ Um embrião de dívida europeia comum e partilhada.
Se quisermos endividar-nos ainda mais, a criação de uma nova entidade é uma “boa ideia”... Para garantir a sua solvabilidade, esta entidade precisará de recursos. Precisará de receitas para pagar as suas dívidas.
Para as entidades estatais, as receitas chamam-se impostos.
Em nome da guerra contra a Rússia, vamos ter em breve um imposto europeu.
Mas será para o vosso próprio bem.
Terão um imposto para a guerra e, um dia, terão também, sem dúvida, um imposto europeu sobre o clima, sempre para vosso bem.
https://x.com/bfmbusiness/status/1866021501390012580?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1866021501390012580%7Ctwgr%5E52c4fd266b29627e2307708dab8eb6fe0af43616%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Finsolentiae.com%2Fleurope-de-paix-veut-emprunter-500-milliards-deuros-pour-se-preparer-a-la-guerre-ledito-de-charles-sannat%2F
Para a minha geração, a Europa era suposto ser um sonho de paz e prosperidade.
Vi esse sonho desvanecer-se, e a Europa transformou-se numa Europa de miséria e de guerra.
É um dever de todos nós denunciar esta Europa.
O número de Novembro da revista Stratégies sobre o inevitável ataque dos mercados está disponível online nas suas áreas de leitura aqui .
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Já é tarde demais, mas nem tudo está perdido.
Prepare-se!
Carlos SANNAT
Fonte: https://les7duquebec.net/archives/296538?jetpack_skip_subscription_popup
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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