28 de Fevereiro de 2025
Robert Bibeau
por African Initiative
A administração de Donald Trump poderá mudar
radicalmente a abordagem dos Estados Unidos em relação a África, dando ênfase
às relações económicas e reduzindo a sua presença militar. Esta foi a opinião
expressa pelo cientista político americano Scott
Ritter na mesa redonda “A Política Africana do
Presidente Trump: Estratégia, Interesses, Consequências”, organizada pela African
Initiative (Iniciativa Africana).
De acordo com Scott Ritter, os Estados Unidos estão a atravessar um período de mudança fundamental.
“Estamos a assistir a uma revolução que está a transformar completamente a política interna e externa da América”, disse o especialista.
Ele destacou que a influência do chamado “Estado profundo” na administração presidencial enfraqueceu, permitindo que Donald Trump implemente livremente suas iniciativas políticas.
Ver este artigo sobre o Estado Profundo: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2025/02/estara-trump-em-guerra-com-o-estado.html
Scott Ritter salientou que Donald Trump vê a “ordem internacional baseada em regras” como a principal ameaça para os EUA, em contraste
com a abordagem da anterior administração de Joe Biden, que dava prioridade à
sua preservação.
No que diz respeito à potencial política dos EUA em relação ao continente africano, o analista político indicou que é pouco provável que esta nova direcção represente uma continuação da estratégia anterior.
“Os EUA vão procurar desmilitarizar a sua presença e estabelecer novas relações, principalmente de natureza económica, reflectindo a natureza transacional da nova administração”, acrescentou.
Scott Ritter indicou, no entanto, que ainda não foi definida uma estratégia específica dos EUA para África.
“Só passou um mês desde o início desta administração. Não posso dizer com certeza qual será a sua política para África. Francamente, penso que a própria administração Trump também não sabe nesta altura”, observou.
Scott Ritter também chamou a atenção para a redução do orçamento atribuído aos comandos americanos na Europa, África e Comando Central. Na sua opinião, isto indica uma redução da prioridade da presença militar dos EUA na Europa, no Médio Oriente e em África.
fonte: African Initiative
Fonte: https://les7duquebec.net/archives/298243
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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