Parlamento britânico desvia o olhar sob o pretexto de defender os direitos das mulheres afegãs

 

2 de Fevereiro de 2025 Robert Bibeau

Parlamento britânico desvia o olhar sob o pretexto de defender os direitos das mulheres afegãs

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Em 6 de Janeiro de 2025, mais de 160 membros do Parlamento Britânico pediram ao Conselho de Críquete da Inglaterra e do País de Gales que boicotasse a selecção nacional de críquete do Afeganistão em protesto contra o tratamento desumano às mulheres pelos Talibã. Membros do Parlamento Britânico, incluindo Tonya Antoniasi, representante do Partido Trabalhista Galês, Nigel Farage, líder do Partido Reformista Britânico, Jeremy Corbyn, antigo líder do Partido Trabalhista, Baronesa Arlene Foster, antiga Primeira-Ministra da Irlanda do Norte, e Lord Kinnock, um ex-líder do Partido Trabalhista, acredita que ao sancionar a selecção nacional de críquete do Afeganistão, eles podem defender os direitos das mulheres afegãs!!

Porque é que o Parlamento e o Governo britânicos cederam às exigências dos Talibã e fecharam oficialmente a embaixada afegã em Londres em 27 de Setembro de 2024, a pedido do regime misógino dos Talibã? Eles não se lembraram das mulheres oprimidas do Afeganistão durante essa obediência aos Talibã?

É interessante notar que todos os países da OTAN, incluindo a Grã-Bretanha, têm relações diplomáticas com os Talibã e as suas delegações de alto nível visitaram Cabul, mas o Parlamento britânico não vê isso. Hoje, eles acordam depois de três anos e meio e, sob o falso pretexto de defender os direitos das mulheres afegãs, estão a boicotar a selecção nacional de críquete do Afeganistão. O Parlamento britânico não ousa opor-se e sancionar o dinheiro semanal de 40 milhões de dólares dado aos Talibã. Todos sabem que não foi a equipa de críquete afegã que fortaleceu o regime talibã e encorajou as suas políticas misóginas, mas foi o apoio financeiro e político secreto e aberto da NATO, que permitiu aos talibãs privar metade da população afegã, 20 milhões de mulheres. , de educação, trabalho e liberdade durante mais de três anos.

Porque é que o Parlamento Britânico não se opõe ao facto de dezenas de altos funcionários dos Talibã, incluindo o Ministro do Interior Sirajuddin Haqqani, estarem na lista negra das Nações Unidas, viajarem para diferentes países e gozarem extra-oficialmente de imunidade diplomática?

Se o Parlamento britânico realmente simpatiza com as mulheres afegãs, por que não responsabiliza o seu governo pela assinatura do acordo para entregar o Afeganistão aos Talibã com os americanos em Doha em Fevereiro de 2020? Porque é que ele não corta dezenas de milhões de dólares em ajuda aos Talibã e reconhece os Talibã como um regime de apartheid sexual?

Os 160 membros do Parlamento britânico não podem isentar-se do peso da responsabilidade histórica com suas acções infantis de coordenação com o seu governo na área de levar os Talibã ao poder em 2021 e depois continuar a sua ajuda financeira semanalmente até hoje. Esses parlamentares, assim como membros do gabinete do governo, estão a tentar desviar a atenção das pessoas das crises financeiras internas, das injustiças sociais e da participação do seu governo nas guerras absurdas e destrutivas na Ucrânia e no Médio para a questão irrelevante e inútil do críquete afegão.  

por: Roya

Movimento Espontâneo das Mulheres Afegãs (SMAW)

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COMITÉ INTERNACIONAL PARA A DEFESA DAS MULHERES AFEGÃS (defendafghanwomen.org)

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Movimento Espontâneo das Mulheres Afegãs (SMAW). 23 de Janeiro de 2025, Cabul, Afeganistão

 

Fonte: https://les7duquebec.net/archives/297654?jetpack_skip_subscription_popup

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice