17 de Outubro de 2021 Robert Bibeau
Pelo Dr. Gérard Delépine. Mondialisation.ca
« Nunca se sabe o dia em que o seu vizinho enlouquece." Provérbio africano antigo Desde o início da crise sanitária, os governos e os meios de comunicação ocidentais têm tentado fazer-nos acreditar que a sua estratégia sanitária "confinamento – sem tratamento – qualquer vacina experimental" é a melhor e única possível.
Mas alguns países africanos, por opção e/ou necessidade, fizeram o contrário e encontram-se bastante bem. Aqui analisamos a evolução do Covid em diferentes países africanos de acordo com as suas estratégias.
Factos brutos: número de casos e mortalidade
Em África, pouco mais de 8 milhões de casos (3% do total mundial) e 200.000 mortes de Covid (4% do total mundial) foram registadas dependendo de pouco mais de 17% da população mundial.
Dada a população de 1,3 mil milhões, a mortalidade geral do Covid africano é de 153 por milhão (80/milhão excluindo a África do Sul), 12 a 22 vezes menor do que em França, que tem quase 1800 por milhão.
Esta mortalidade africana muito baixa é ainda mais inesperada, dado que os sistemas hospitalares são muito mais pobres do que os nossos, que são cronicamente desprovidos de medicamentos e médicos e que muito poucos africanos (menos de 3%) foram vacinados.
Além disso, desde o início da crise, os meios de comunicação têm vindo a alertar para a iminência de uma catástrofe covídea neste continente.[1][2][3][4] e os nossos governantes gostariam de impor-lhes terapia genética experimental.
Como explicar esta evolução inesperada?
A população africana ultrapassa os 1,3 mil milhões de pessoas, a maioria jovens.
A percentagem de
pessoas com mais de 65 anos varia entre
2,5% (Chade) e 8% (Tunísia), enquanto chega aos 20% na Europa e 17% nos EUA.
Uma vez que a grande maioria das vítimas de Covid são recrutadas entre as
pessoas com mais de 65 anos, a proporção de doentes em risco em África é cerca
de quatro vezes inferior à da Europa, podendo assim explicar parte da
sub-mortalidade observada.
Mas após a correcção
por idade, os africanos ainda beneficiam de 3 (se incluirmos a África do
Sul) a
7 vezes menos (excluindo-a) de mortes de Covid por milhão de habitantes.
O clima, os estilos de vida, os contactos menos internacionais também
poderiam explicar uma parte menor do sub-risco africano.
Mas a explicação mais plausível está relacionada com o uso diário de anti-palúdicos.
Comparar mapas de mortalidade e incidência de malária (paludismo) mostra que os países cuja população exposta à malária toma anti-palúdicos todos os dias têm uma mortalidade covid muito menor do que outros.
O possível papel protector do clima tropical na mortalidade Covid às vezes mencionado torna-se improvável ao analisar o mapa de mortalidade mundial, que mostra que os países tropicais da América do Sul (onde a malária/paludismo não é abundante e cujas populações não estão a tomar anti-palúdicos) sofrem tanto como os da América do Norte e da Europa.
Como não existem evidências de que a malária/paludismo possa proteger contra o Covid, a hipótese mais plausível é o efeito benéfico dos tratamentos anti-palúdicos de longo prazo no Covid.
como :
§
a Nigéria (13/M ou seja 135 vezes
menos),
§
o Mali (26/M ou seja 68 vezes menos),
§
o Congo (10/M ou seja 176 vezes menos),
§
o Tchad (11/M ou seja 170 vezes menos),
§
os Camarões (58/M ou seja 30 vezes
menos do que a França),
§
o Niger (8/M ou seja 220 vezes menos),
§
a Côte d’Ivoire (24/M ou seja 74 vezes
menos),
§
a Guiné (30/M ou seja 61 vezes menos),
§
o Senegal (116/M ou seja 16 vezes
menos)…
As populações do Magrebe, como a da África do Sul, não tomavam anti-palúdicos antes da chegada do Covid.
Na Argélia, em Março de 2020, as
autoridades sanitárias argelinas recomendaram o protocolo Raoult, que tem sido
amplamente utilizado.
Em 10 de Outubro de 2021, a mortalidade cumulativa não ultrapassava 138/M, ou seja, 13 vezes menos do que na França. No dia 31 de Maio de 2021, às 19 horas, no « Canal Argélia », um membro do comité científico argelino, utilizou o termo “curativo” para esse tratamento.
Em Marrocos, o governo que inicialmente havia defendido fortemente a cloriquina não aconselhou mais esse tratamento após advertências infundadas da OMS. Em 10 de Outubro de 2021 a mortalidade cumulativa atingiu 392/milhão.
A Tunísia seguiu as recomendações da OMS e suspendeu o uso de cloriquina em Maio de 2020. Essa cessação foi seguida pela progressão da doença e pelo aparecimento das primeiras mortes. Em 10 de Outubro de 2021, a mortalidade Covid atingiu 2117/M.
A África do Sul não sofre de malária (paludismo) e não estava a usar antimalários quando o Covid apareceu. A estratégia utilizada foi semelhante à da França: confinamento, recusa de tratamentos precoces, vacina.
Proibiu a cloroquina e, mais recentemente, a Ivermectina. É actualmente o país africano com a maior mortalidade covid, com 1495 mortes por milhão de habitantes, acima da mortalidade média europeia.
Esta rápida revisão da evolução do Covid em África mostra a correlacção perfeita entre a baixa mortalidade e o uso diário de anti-palúdicos.
Não há milagre africano. Só há
confirmação de que os tratamentos anti-palúdicos (malários) são eficazes.
Notas
[1] A catástrofe
política do Covid-19 em África,
de acordo com o Quai d'Orsay https://www.gabonreview.com/la-catastrophe-politique-du-Covid-19-en-afrique-selon-le-quay-dorsai/
[2] https://theworldnews.net/ca-news/Covid-19-catastrophe-redoutee-en-afrique
[4] https://m.pouvoirsafrique.com/2020/05/10/Covid-19-lafrique-face-a-la-catastrophe/
A fonte original deste artigo é O Novo
Mundo
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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