O que tenho vindo a assinalar quanto ao percurso que a
direcção oportunista, revisionista e neo-revisionista, social-fascista, que
tomou de assalto o PCTP/MRPP, está a levar a cabo, é a falta de uma linha operária, comunista e
revolucionária.
Agora que, apesar de não ter sido anunciado nem justificado oficialmente, vemos borregar a promessa da realização de um II Congresso Extraordinário do PCTP/MRPP – supostamente a realizar no dia 1º de Maio, dia dos Trabalhadores - vem-me à memória a luta sem quartel que eu e outros, poucos, camaradas, tivemos de travar para vencer as hesitações da dupla revisionista Cidália/Pinto que também hesitou em convocar – e quase o conseguiu – o I Congresso Extraordinário do Partido, como o nosso saudoso camarada Arnaldo Matos tinha deixado indicado antes de falecer.
Na altura, as tarefas identificadas e distribuídas pelos diferentes elementos do Comité Central, ficaram comprometidas – assim como o I Congresso Extraordinário – porque alguns dos elementos do CC se recusaram, ou mesmo sabotaram, a sua realização. É legítimo, pois, concluir que tais comportamentos se agravaram e estiveram na génese do não cumprimento da realização do II Congresso Extraordinário do PCTP/MRPP, que devia tar ocorrido no 1º de Maio. De novo, foi a deriva, a traição, a ausência total de uma linha revolucionária de esquerda que provocou este desfecho. Que está a ter, como resultado, e para já, as seguintes consequências:
- Um sindicato que vai contra tudo o que estava
descrito nas orientações que o camarada Arnaldo Matos nos tinha ensinado
sobre este tipo de organização, alcance e bandeiras de luta;
- - um sindicato que abandonou uma genial bandeira
de luta proposta por Arnaldo Matos - a luta pela semana das 35 horas -,
que ainda hoje assegura a unidade automática de toda a classe operária e
restantes escravos assalariados,
- - substituindo-a por uma aberrante reclamação
pequeno-burguesa, oportunista, revisionista e neo-revisionista, isto
é, pela indexação mensal (???) dos salários à inflacção (ademais
quando já estamos à beira da estagflação), que divide a classe, já que os
rendimentos dos operários e trabalhadores são de uma amplitude por vezes
considerável nas suas diferenças
- - valor das quotizações em saldo
- - promessa de assistência jurídica enganosa
- Ou seja, um sindicato tipicamente neo-revisionista, cujo "coordenador" (designação muito popular entre bloquistas), é um pseudo-intelectualóide neo-revisionista que não acredita, nem tão pouco defende, a classe operária (é sua a afirmação de que na TAP, onde se diz operário, mas não exercendo qualquer actividade profissional, "não existe classe operária"). Um arrogante de merda que tem o desplante de dizer que é marxista -o que não é -, mas não "arnaldista" - o que nunca teria a possibilidade de vir a ser.
- Um Órgão Central - o Luta Popular online,
completamente desaparecido "em combate" E que, quando esporadicamente
aparece, mais valia não o ter feito, dada a falta de qualidade teórica, da
autêntica traição aos princípios marxistas dos textos que propõem. Um
Órgão cada vez mais divorciado da realidade das lutas operárias e
populares - nacionais e internacionais -, a revelar um profundo
analfabetismo quanto ao marxismo
- Um Partido que, devido aos seus métodos de
direcção revisionistas e neo-revisionistas, social-fascistas, em vez de
crescer ... MIRRA! Todos os dias! Um partido cada vez mais desligado das
massas operárias e populares e dos seus anseios, expectativas e lutas, e
por isso, cada vez mais irrelevante para elas.
- Uma direcção completamente analfabeta, que se
recusa a estudar o marxismo - estudo que foi considerado pelo camarada
Arnaldo Matos e plasmado no Plano de Acção aprovado por unanimidade no I
Congresso Extraordinário do Partido, ocorrido nos dias 18 e 19 de Setembro
de 2020, como a táctica a observar por um verdadeiro Partido Comunista
Operário.
- Um partido que nem os seus heróis sabe respeitar ou
fazer respeitar., não levando a cabo uma denúncia politicamente vigorosa
contra aqueles que se utilizam do nome de Ribeiro Santos para
"romantizar" a sua luta denodada e coerente contra os inimigos
da classe operária - quer a burguesia, o grande capital e o imperialismo,
quer a coorte de pequeno-bugueses que os servem, mormente esvaziando de
conteúdo a luta que Ribeiro Santos se empenhou em travar e, por isso, foi
assassinado pela PIDE e pelos revisionistas do P"C"P.
A história não será complacente com estes traidores da
classe operária e das massas populares. A Revolução Comunista reservar-lhes-á o
peso da justiça operária!
A classe operária reclama o seu Partido Comunista
Operário, que seja a expressão e o garante da sua consciência de classe. Urge
refundá-lo!
02 de Maio de 2022
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