22 de Julho de 2022 Robert Bibeau
Por Brigitte Bouzonnie.
Depois da sua saída
hiper vulgar, que te deixa sem palavras: “samentouche une”(isso não me afecta),
etc…, e por modéstia por ele, não quis comentar. Depois de um discurso para
nada, - o de 14 de Julho, digno da lista de recados: aqui está um terceiro
discurso para nada. Macron está a fazer um grande discurso anti-racista hoje,
em memória da ronda do Vel d'Hiv. São três discursos dos Presidentes da
República para nada no espaço de cinco dias! Nunca tinha visto antes! Só se
pode ser deslumbrado por uma logorreia de palavras inúteis. Verborreia. Verbo
de encher. Tagarelice. Trivialidade. Fraseologia. Blabla. Volgas, Niagaras,
Himalaias de frases vazias. É desnecessário. Não é necessário.
É preciso estar no limite da sua inteligência para fazer três discursos vazios em rápida sucessão, com cinco dias de intervalo?! Tem que estar no modo terminal de desgaste, “mode 404”, como escreve Sébastien Musset, para tentar (em vão), pela cortina de fumo de algumas palavras vazias rectificar, descartar a realidade. Tirá-lo do chão? Tentando fazer as pessoas esquecerem a guerra na Ucrânia. A grave escassez de aquecimento que nos espera neste inverno. Uma conta de luz impossível de pagar, tanto que terá aumentado. Inflacção crônica de dois dígitos. O euro no seu nível mais baixo em relação ao dólar. A dificuldade para 80% dos franceses sobreviverem. Desemprego em massa e pobreza em crescendo. Um movimento de coletes amarelos força 10 na rua. (Ver: Portuguese-AUTOPSIA-DO-MOVIMENTO-DOS-COLETES-AMARELOS-PORTUGUESE.pdf (les7duquebec.net)).
Macron gostaria de dizer ao mundo inteiro que está a perder ímpeto, em
grande dificuldade, que não o faria de outra forma. Macron gostaria de dizer ao
mundo inteiro que está permanentemente preso, perdido, entre a guerra na
Ucrânia, que os americanos estão a perder definitivamente, após as vitórias
russas de Mariupol, Sevedodonetz e Lyssytchansk. E a guerra secreta travada por
Donald Trump, controlando 80% do planeta, que não faria as coisas de outra
forma!
É certo que a media desliga os sensores de memória todas as manhãs. Comece
uma nova página em branco, obscurecendo tudo o que aconteceu no dia anterior.
Uma formidável máquina de lavar para todo o Macroniano fica por quintal, por
hectolitro, que ele despeja em nossos pobres cérebros todos os dias. Mas como
disse Lenine: “os factos são teimosos”. As pessoas têm uma excelente memória do
valor exacto da sua folha de pagamento. De seus empregos perdidos. Das compras
no supermercado, quando o preço dos alimentos básicos explode. Acreditar que,
ao enganá-los com mais um discurso fracassado, Chirac não é o primeiro a
chegar, no rodeio do Vel d'Hiv, eles esquecerão o que funda e limita a sua
existência económica e social, realmente leva-nos a triplos parvalhões! O
discurso de Macron sobre o Vel d'Hiv é mais um escárnio do que qualquer outra
coisa...!
Não subestimo a importância da ronda do Vel d'Hiv. Gosto muito da história,
em particular, da história da Segunda Guerra Mundial. Li muitos livros sobre o
Holocausto, um assunto que me preocupa muito. Muitas vezes evocando nos meus
artigos os kapos de Birkenau-Auchwitz a cem metros da câmara de gás. Pela boa
razão de que os répteis mundialistas são nazis como os outros, cujo assassínio
em massa é/foi, infelizmente, o único negócio. Quando o delicado Schwab estima
que há quatro biliões de bocas a mais para alimentar no planeta, faz-me lembrar
outra pessoa...!
Para todos os efeitos úteis, recordamos o número dado pelo sociólogo e historiador Lars Jorgensen: 100.000 líderes nazis foram recrutados após a guerra pelos americanos, para construir o seu estado profundo, o equivalente a um grande e belo partido político de massas. Entre eles, Albert Speer. Adolf Heusinger tornou-se comandante da NATO. Kurt Kiesinger, promovido a chanceler alemão. Reinhard Gehlen, nomeado chefe dos serviços secretos da RFA...
Mas um discurso sobre a versão vel d'hiv roundup 2022, discurso
anti-humanista garantido, revisto e corrigido pelas 50 palavras do vocabulário
techno de Sieur Macron, sem qualquer sensibilidade pessoal para as pobres
vítimas desta prisão em massa, digo-o antecipadamente: não obrigado. Detenções
e deportações possibilitadas pelo zelo tolo de funcionários franceses, como
André Tulard, autor de um ficheiro de judeus na prefeitura de Paris, não nos
atrevemos a imaginar o resultado! Macron vai dar-nos um tweet insignificante de
140 sinais no auge da sua não-inteligência. Com antecedência, não o queremos!
Macron fará-nos um
discurso sobre a ronda do Vel d'HIV, enquanto é uma marioneta do campo
americano, que não deixa de fazer, desde 1945, o que é pior sobre os
nazis: especialmente durante a Guerra do Vietname. O bombardeamento da
cidade e civis de Belgrado. As guerras feias na Líbia, na Síria, no
Iraque. Mantenho-o:
tal discurso na boca de Macron é obsceno, o que não se pode dizer de Chirac,
que também fez um discurso denunciando a ronda de Vel d'HIV, mas que se opôs
corajosamente à guerra no Iraque.
E então, como pierre Desproges escreve: "os
epistoleiros abutres abatem-se, ladeadas por chacais negros à espreita por
detrás da sua bisbilhotice. Eles vêm caçar soluços, profanar tristezas,
pulverizar dores íntimas, espalhar os sofrimentos de alguns, os intestinos
sangrentos de outros, e prostituir a morte para vender papel" (Courroux coucou).
Da mesma forma, com o seu discurso medíocre e enganoso, Macron descerá
sobre a dor dos judeus presos e deportados, arruinando a sua morte, apenas por
um minuto de fama….!
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário