8 de Novembro de
2022 Robert Bibeau
Por Brigitte Bouzonnie
Ouvi com interesse o vídeo do Youtube, com a entrevista de Marc-Gabriel
Dragui, intitulado: "A destruição da França é desejada": comunicada a
mim pela minha amiga Christiane Sawczuk, activista da UPR. Agradeço-lhe.
1°)- CAMINHAMOS PARA TEMPOS DE GRANDE
INFLACÇÃO:
O Dragui diz que estamos a entrar em tempos de hiperinflacção. Citou o caso
da Turquia, cuja inflacção é atualmente de 82%. Não creio que a França siga o
modelo turco.
Certamente, viveremos
períodos de elevada inflacção, desde ontem, até ao famoso "custe o que custar" de Macron,
durante o primeiro bloqueio de 2020. Cheque que indevidamente imprimiu
dinheiro, mas sem a criação de valor correspondente. O resultado: uma enorme
oferta de dinheiro chamada inflacção.
Esta má política de
Macron é renovada com o seu suposto "escudo contra o preço da energia" para as PME e
indivíduos decididos no Outono de 2022. Imprimir dinheiro, que não terá outra
consequência senão aumentar a inflacção de dois dígitos: 20% em média por ano,
na minha opinião, isto já é enorme. Isto significa que 20% do nosso salário ou
pensão é puro dinheiro de fantasia. (Charles Gave faz a mesma observação: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2022/11/as-tres-crises-sao-apenas-uma-charles.html
).
2°)-A RUPTURA DO APARELHO PRODUTIVO
FRANCÊS CONTINUARÁ.
Dragui acrescenta: "Devido aos ditames da NATO, as sanções aos russos,
seguidas por um forte aumento da captura de energia, a destruição da nossa
indústria continuará" (sic). Exacto. Não só o nosso pequeno sector
industrial, que representa agora apenas 11% da população assalariada, será
brindado; mas também as PME, empresas com grande intensidade energética, como
os óculos DURALEX, fecham.
Por outras palavras, devido a esta terrível guerra na Ucrânia, a destruição
do aparelho produtivo francês continuará. Sobre o triste "modelo" do
primeiro bloqueio de 2020. Lembremo-nos: após o primeiro bloqueio, houve 1.548
planos sociais, mais 1 milhão de candidatos a emprego! No final do Inverno,
devemos esperar uma balanço humano da mesma ordem.
E, no entanto, ninguém
está a vacilar. Ninguém para criticar esta guerra suja, que nos está a arruinar
economicamente. Faz-nos cair do 6º para o 47º lugar do mundo! Inversamente, na
televisão, em frente às câmaras, Ruffin vai mesmo ao ponto de aplaudir a NATO nazi em público: ver
artigo do camarada Jean-Pierre Garnier sobre o assunto.
3°)- CAMINHAMOS PARA TEMPOS DE FORTE
CONFLITUALIDADE!
O que Dragui não diz é que a inflacção de dois dígitos trará os franceses
maciçamente para as ruas. Sobre o modelo da greve nas 5 refinarias da TOTAL e
Exxo no Outono de 2022.
Em 28 de Outubro de 2022, funcionários em greve em Gonfreville votaram para
continuar a greve. Não estão isolados. De acordo com Jacques Chastaing, da
Frente Social: "As greves salariais estão a crescer cada vez mais: Total,
EDF, Enedis, GRDF, Safran L'Oreal, Tereos, SNCF, Geodis, AIA, Trisalid,
Photonis, Lactalis, Marie, Stran, Montupet.
Castorama, Leroy-Merlin, Monoprix, Brico Dépôt, Carrefour, Sanofi, Blanc
Aero, Bostik, Left Armos, OtiS, Artenay Foods, Eiffage, Maisons de champagne,
Daher, Air Liquide, ATS-Marie, Robinet frigorifique, Carriere SCS, Agem, MDM,
SN Auvergne Aeronautique, Castre Equipement,, Neuhauser, Cenexi, Movianto,
Arkéma, Illévia, Divia, Kéolis Amcor Flexibles, Domidom, Aptar Stelmi, Sepro
Group,
Pizzorno, Socor, Oxance, Renault Trucks, Laïta, Opéra de Rouen e muitas
greves em clínicas, lares de idosos, hospitais, primeira infância, cultura,
bibliotecas, cantoneiros do lixo, bombeiros, agentes territoriais e muitos
outros. (sic) (ver mural do Facebook de Jacques Chastaing).
Com todo o respeito pelos hipócritas que permanecem em silêncio, assistimos
a um "pico elevado" de conflito entre os franceses. A conflitualidade
em ascensão, que só poderá continuar nos próximos meses, devido à explosão do
preço da energia.
Macron é apanhado num movimento de pinça. Por um lado, os russos, que lançarão uma grande ofensiva na Ucrânia. Para que a guerra seja "dobrada" dentro de dois a três meses. Por outro lado, pelo despertar dos franceses que querem lutar.
Macron está preso
devido à
sua recusa em restaurar a escala deslizante, a indexação dos salários e das
pensões aos preços, o que é susceptível de garantir o rendimento de todos os
franceses. Isto só pode acelerar em França, a ocorrência de um grande movimento
social neste Inverno.
Como costumavam dizer nos anos 70.
TEMOS RAZÃO EM NOS REVOLTARMOS!
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário