28 de Janeiro de
2024 Robert Bibeau
Por Manlio Dinucci (revista de
imprensa: Mondialisation.ca a 6 de Janeiro de 2024)*
A Suécia vai aderir à NATO, liderada pelos EUA, em Julho. Entretanto, os
Estados Unidos já entraram na Suécia. Um acordo assinado em Dezembro passado
dá-lhes acesso irrestrito a 17 bases militares suecas. As armas nucleares não
são mencionadas no acordo, mas os Estados Unidos terão controle exclusivo de
armas pré-posicionadas, o que sugere a possibilidade de implantar armas
nucleares também na Suécia.
Em Dezembro passado, os EUA fecharam um acordo semelhante com a Finlândia,
que se juntou à Otan liderada pelos EUA em Abril passado. A Finlândia concede
aos EUA acesso irrestrito a 15 bases militares, incluindo o pré-posicionamento
de armamentos e a entrada de aviões, navios e veículos militares dos EUA. Como
os EUA têm controle exclusivo dessas forças, podem implantar armas nucleares e
lançadores em bases finlandesas. Cinco das 15 bases estão localizadas na
Lapónia, na fronteira com a Rússia.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos implantam novas bombas nucleares B61-12
na Europa. Elas são implantadas na Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda e Turquia
para substituir as bombas nucleares B61. É possível que as B61-12 também
estejam secretamente implantadas na Polónia e noutros países europeus. Enquanto
a sua implantação estava em andamento, o Pentágono anunciou a sua decisão de
desenvolver uma nova variante da bomba, chamada B61-13. Ela terá uma potência
de 360 quilotoneladas, bem acima da potência máxima da B50-61 de 12
quilotoneladas.
O Pentágono afirma que "a B61-13 fornecerá ao Presidente dos Estados
Unidos opções adicionais contra alvos militares mais difíceis e alvos de
grandes áreas". Noutras palavras, os EUA estão a implantar bombas
nucleares de primeiro ataque na Europa, claramente direccionadas à Rússia, para
destruir bunkers de centros de comando e grandes áreas de importância
estratégica.
A resposta da Rússia é inevitável: concluiu o destacamento na Bielorrússia
de armas nucleares tácticas capazes de atingir bases nucleares dos EUA e da
NATO na Europa.
Ao mesmo tempo, o risco de uma guerra nuclear está a aumentar no Médio
Oriente, onde Israel – a única potência nuclear na região – se prepara, com o
apoio dos Estados Unidos, para atacar o Irão.
*Fonte: Mondialisation.ca
Breve resumo da revista de imprensa internacional Grandangolo de
sexta-feira, 10 de Novembro de 2023 às 21h30, no canal italiano 262 Byoblu.
Tradução: Mondialisation.ca
Artigos de Manlio
Dinucci sobre Notícias França-Iraque : AQUI
O grande negócio
da guerra
Postado por Gilles Munier em 26 de Setembro de 2023, 08:51
Categorias: #Ukraine, #Russie, #OTAN, #Biden
Por Manlio Dinucci (revista de imprensa: Mondialisation.ca a 23
de Setembro de 2023)*
Após o seu espectáculo nas Nações Unidas, onde declamou que "a
agressão russa poderia estender-se além da Ucrânia", Zelensky pediu ao
Congresso dos EUA milhares de milhões de dólares a mais. Até agora, financiou
43 mil milhões de dólares em "assistência de segurança à Ucrânia", ou
seja, para fins militares directos. Juntamente com outros financiamentos,
oficialmente dados para fins humanitários, mas que, na realidade, são usados
para a guerra, o montante fornecido por Washington a Kiev é bem
superior a 70 mil milhões de dólares. Agora, a Casa Branca pediu ao Congresso
mais 24 mil milhões de dólares para a Ucrânia. Além destes, mais
de 30 mil milhões de dólares dados a Kiev pela União Europeia, mais
dezenas de milhares de milhões fornecidos pela Grã-Bretanha, Alemanha, Japão,
Canadá, Polónia, Holanda, Noruega, Dinamarca, Suécia, França e Itália.
Este enorme fluxo de
dinheiro público, do bolso dos cidadãos, está a alimentar o que o New
York Times define como "um mercado de armas clandestino e
secreto" na Ucrânia. Milhares de milhões de dólares foram parar aos bolsos
de altos responsáveis em Kiev, tanto que o governo teve que demitir o ministro
e os seus seis vice-ministros da Defesa por corrupção. Estes corruptos são, de
facto, os bodes expiatórios de uma corrupção muito maior. O próprio
Presidente Zelensky tem percentagens substanciais (formalmente
transferidas para um sócio) em três empresas constituídas em paraísos
fiscais e comprou moradias de luxo em várias partes do mundo (mais recentemente no Egipto) no valor
de dezenas de milhões de dólares.
Os enormes suprimentos militares que a Ucrânia recebe dos Estados Unidos e
das potências europeias não são oferecidos, mas fornecidos a crédito. Como
resultado, a Ucrânia acumulou uma dívida externa tal que levaria séculos para
pagar. Esta dívida aumentará mais tarde com a "reconstrução" que
Zelensky colocou nas mãos da empresa norte-americana BlackRock, a maior empresa
de investimento do mundo.
"Investir na Ucrânia está a valer a pena", disse o senador
democrata Richard Blumenthal. Unimos a NATO. Ajudamos a restaurar a fé e a
confiança na liderança americana, moral e militar. Tudo sem que um único
militar americano fosse ferido ou morto." "A razão fundamental para
continuar a ajudar a Ucrânia", disse Mitch McConnell, líder da bancada
republicana no Senado dos EUA, "são os interesses americanos frios, duros
e concretos".
———————-
Breve resumo da
revista de imprensa internacional Grandangolo
Pangea de sexta-feira, 22 de Setembro de 2023 às 19:30
no canal italiano Byoblu
Traduzido do italiano por Marie-Ange Patrizio
Os destaques a negrito são do autor.
O leitor (mesmo que não seja de língua italiana) vai beneficiar muito em
assistir ao vídeo completo de 26' brevemente apresentado no texto acima.
O autor dá informações amplas e precisas graças a gráficos, tabelas,
imagens e vídeos (especialmente em inglês e legendados em italiano) vindos em
grande parte da imprensa americana, dificilmente suspeita de cumplicidade
pró-russa, que raramente temos a oportunidade de ver na nossa chamada media
nacional.
*Fonte: Mondialisation.ca
Artigos de Manlio
Dinucci sobre Notícias França-Iraque : AQUI
Irão: Número de clientes de drones excede a capacidade
de produzi-los
Postado por Gilles Munier em 22 de Setembro de 2023, 08:09
Categorias: #Iran, #Ukraine, #Russie
Revista de imprensa: Al-Manar (19 de Setembro de 2023)*
O número de clientes de drones iranianos é significativamente maior do que
as capacidades do Irão para produzi-los, disse o Chefe do Estado-Maior General
das Forças Armadas iranianas, major-general Mohammad Bagheri, segundo o qual
países importantes ao redor do mundo estão a exigir a compra de equipamentos
militares iranianos.
De acordo com a agência de notícias Mehr, o general Bagheri
disse na segunda-feira, 18 de Setembro: "As forças armadas iranianas
hoje dependem de si mesmas em todas as áreas, e acredito que a autonomia em
termos de alguns softwares é muito mais importante do que em termos de alguns
dispositivos, porque seremos capazes de reunir informações estratégicas e
desenvolver planos estratégicos".
Acrescentou ainda: «A nossa indústria de defesa cresceu tremendamente...
Anteriormente, precisávamos adquirir os equipamentos mais básicos ao exterior.
Mas hoje, a indústria de defesa do nosso país fez um tremendo progresso...
Proibiram-nos de comprar qualquer coisa, mas agora proíbem-nos de vender qualquer
coisa. Hoje, o número de clientes para os nossos drones excede a nossa
capacidade de produção várias vezes e os principais países do mundo estão a procurar
comprar as nossas armas."
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas iranianas também disse:
"A força de mísseis balísticos do Irão está agora entre as principais
forças do mundo. Esta é uma das conquistas da sagrada defesa e guerra do regime
de Saddam Hussein contra o povo iraniano. Foi assim que o nosso poder de drones
se desenvolveu e somos agora uma força importante neste campo, competindo com
as superpotências mundiais."
O Irão começou a fabricar drones e veículos aéreos não tripulados (UAVs) na
década de 1980, durante a sua guerra de oito anos com o Iraque. A estratégia de
drones do país é um dos pilares da estratégia militar do Irão, além do seu
programa de mísseis e as suas crescentes capacidades no campo da guerra
cibernética.
Os Estados Unidos e os países ocidentais acusaram repetidamente o Irão de
fornecer drones aos militares russos para a sua guerra na Ucrânia, o que Teerão
nega, dizendo que os vendeu antes do início do conflito. Mas desde então, esses
dispositivos parecem ser mais populares. Os mais famosos são o Shahed 136 e o
129.
Em Novembro de 2022, o major-general Yahia Rahim Safavi, ex-comandante do
Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica e conselheiro militar sénior do líder
supremo do Irão, disse que pelo menos 22 países estavam interessados em
adquirir drones militares de fabricação iraniana.
*Fonte: Al-Manar via Réseau
international
Nota: A difusão do site Al Manar está bloqueada em França
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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