quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Trabalhadores de todo o mundo…vocês estão a ser explorados!

 


 17 de Janeiro de 2024  Equipa de publicação 

Trabalhadores de todos os países! Os capitalistas exploram-vos em todo o lado!

"Aqueles que querem fechar as fronteiras e impedir a circulação dos trabalhadores imigrantes fazem-no, por vezes, em nome da crise, por vezes porque há demasiados desempregados. Mas quem é que mergulhou a economia mundial na crise, se não os financeiros? Há quem acuse os imigrantes de ocuparem habitações que, supostamente, faltam aos franceses. Mas sem eles, os milhões de habitações económicas nunca teriam visto a luz do dia, as estradas nunca teriam sido construídas, as fábricas nunca teriam podido funcionar. E é o que acontece ainda hoje. É a rapacidade dos capitalistas financeiros e industriais que está a mergulhar cada vez mais trabalhadores na pobreza e no desemprego. E estão a fazer o mesmo à escala mundial, porque, para eles, não há fronteiras que resistam".

Como nos recorda este artigo de Lutte ouvrière. Ler mais. 

Uma descoberta de Michel Peyret

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Segunda-feira, 21 de Outubro de 2013

“Proletários de todo o mundo, uni-vos” – Karl Marx

Depois da polémica suscitada por Valls a propósito dos ciganos e do drama dos migrantes afogados em Lampedusa, a expulsão de Léonarda e a proposta vergonhosa de Hollande para que ela regresse a França para estudar, sozinha, reacenderam o debate sobre as fronteiras e a imigração.

Le Pen denunciou o laxismo e voltou a denunciar "as bombas de sucção da imigração". Copé aproximou-se das teses mais extremistas da FN, propondo uma revisão da ajuda médica estatal, da RSA e do direito à terra. Ambos criticam o Governo por não ser suficientemente duro com os imigrantes, apesar de a política de imigração dos socialistas não ter nada a invejar à de Sarkozy.

Valls até se gaba do número recorde de pessoas deportadas em 2012. Quantas Léonardas ou Khatchiks viram a sua escolaridade e integração abruptamente interrompidas? Quantas famílias são reenviadas para um país onde são indesejáveis?

Le Pen é uma especialista em colocar um tipo de miséria contra outro, e em colocar os pobres contra os mais pobres. Mas toda a gente concorda com ela, dizendo que "não se pode acrescentar miséria à miséria". Como se a miséria dos desempregados e dos trabalhadores viesse da miséria dos mais pobres!

Não se trata de partilhar a miséria, e muito menos de escolher entre dois tipos de miséria. É preciso lutar contra a pobreza tirando o dinheiro dos bolsos dos exploradores.

Basta ir aos bairros de classe alta onde vivem as famílias Arnault, Bettencourt e Peugeot para nos apercebermos de que há dinheiro. No ano passado, todas estas pessoas acrescentaram 30 mil milhões de euros à sua fortuna. Mas se ganharam mais 30 mil milhões, em plena crise, é porque tornaram as classes populares muito mais pobres.

Aqueles que querem fechar as fronteiras e impedir a circulação dos trabalhadores imigrantes fazem-no, por vezes, em nome da crise, por vezes porque há demasiados desempregados. Mas quem é que mergulhou a economia mundial na crise se não os financeiros? Quem é responsável pelo desemprego, se não aqueles que despedem?

Há quem acuse os imigrantes de ocuparem habitações que os franceses não têm. Mas sem eles, os milhões de habitações económicas nunca teriam visto a luz do dia, as estradas nunca teriam sido construídas, as fábricas nunca teriam podido funcionar. E ainda hoje é assim.

É a rapacidade dos capitalistas financeiros e industriais que está a mergulhar cada vez mais trabalhadores na pobreza e no desemprego. E estão a fazer o mesmo à escala mundial, porque para eles as fronteiras não importam.

Depois de terem saqueado os países pobres durante a colonização e de os terem condenado ao sub-desenvolvimento, os grupos capitalistas continuam a explorá-los e a sangrá-los até à exaustão. Se centenas de milhares de pobres não vêem outra solução senão tentar atravessar as fronteiras clandestinamente, arriscando a vida, é porque já não podem viver nos seus próprios países.

"Os trabalhadores não têm pátria", dizia Marx, tanto é verdade que o destino reservado aos proletários pelo capitalismo é ir para onde houver trabalho. Tanto é verdade que nunca lhes será dado nada, nunca lhes será garantido, nem sequer o direito de serem explorados no país onde nasceram!

A vida de muitos trabalhadores é perpetuamente nómada. Para alguns, trata-se de viajar algumas dezenas de quilómetros para mudar de fábrica ou de cidade. Mas outros são obrigados a percorrer milhares de quilómetros, mudando de continente, de língua e abandonando os seus laços.

Hoje, os jovens licenciados franceses tentam a sua sorte no estrangeiro, no Reino Unido, nos Estados Unidos ou em Singapura. Ninguém contesta o seu direito de o fazer. Não há razão para o negar aos outros trabalhadores. Qualquer que seja a sua nacionalidade, a sua origem ou os seus documentos, todos os trabalhadores devem ser livres de se deslocarem e de se instalarem onde quiserem.

O movimento operário consciente sempre se opôs a todos aqueles que colocam os trabalhadores uns contra os outros para os desviar da luta contra os exploradores. A solidariedade de classe e o internacionalismo devem ser os valores da classe operária.

O "não às deportações" e a "regularização de todos os trabalhadores" fazem parte das suas reivindicações. Fazem parte da consciência dos trabalhadores de se verem como um todo e de terem de travar uma luta comum para se libertarem a si próprios e a toda a sociedade da opressão e da miséria.

O capitalismo reuniu trabalhadores de todo o mundo. Uniu-os num destino comum. A sua luta pela emancipação deve tornar-se uma luta comum!.

“Os direitos de autor deste texto pertencem às entidades em causa. É publicado aqui, num espaço de cidadão sem rendimentos e sem conteúdo publicitário, para fins estritamente documentais e em total solidariedade com a sua contribuição intelectual, educativa e progressista.

 

Fonte: https://les7duquebec.net/archives/208102

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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