segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Geopolítica através de mapas (VIII): Os BRICS desafiam os EUA! (Será que é a sério?)

 


 8 de Janeiro de 2024  Robert Bibeau 

Por Luc Michel.


Geopolítica através de Mapas (VIII):
"OS 'BRICS +', ESTES DEZ PAÍSES EMERGENTES QUE DESAFIAM O OCIDENTE" (LE FIGARO, CE 02 011)

"O clube dos principais países emergentes acolhe cinco Estados desde 1 de Janeiro. Em conjunto, representam metade da produção mundial de petróleo.

É oficial. Desde o 1º de Janeiro, o grupo BRICS, formado pelas cinco maiores potências emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – cresceu para dez membros. De facto, deveriam ter sido onze, uma vez que na sua 15.ª cimeira, realizada no final de Agosto em Joanesburgo, tinham sido admitidos seis novos Estados, incluindo a Argentina. Só que, após a sua eleição no Outono passado, o novo presidente argentino, Javier Milei, anunciou que não queria juntar-se ao grupo, uma decisão formalizada na passada sexta-feira.

A Argentina pretende conduzir uma política externa "alinhada com as democracias ocidentais", explicou a sua ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, nas colunas do Le Figaro (veja as nossas edições de 2 de Janeiro).

Os novos participantes são o Egipto, a Etiópia, o Irão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. Com dez integrantes, a equipa muda de tamanho e terá mais peso na marcha do mundo.


Metade da população mundial e um quarto do PIB mundial

A duplicação da força de trabalho dos BRICS"...

INSISTO INCANSAVELMENTE NO FACTO DE A GEOPOLÍTICA SER UMA CIÊNCIA QUE REQUER FERRAMENTAS CIENTÍFICAS.

O primeiro desses instrumentos é o raciocínio geopolítico e a análise em mapas e atlas. De facto, foi o geógrafo francês Lacoste que voltou a colocar a geopolítica no centro das atenções no mundo francófono.

"Querer fazer geopolítica sem raciocinar sobre mapas e atlas, a começar por atlas históricos, é como querer navegar sem olhar para as estrelas", disse Jean Thiriart (1922-1992), o geopolítico do "Império Euro-Soviético".

OS MAPAS TAMBÉM SERVEM PARA TRAVAR A GUERRA...

MEDIÁTICA, NOMEADAMENTE

Mas os mapas não servem apenas para análise.

Também são usados para travar guerra E a guerra mediática.

Em todos os conflitos actuais (Líbia, Síria, Donbass, Iémen), há a manipulação dos mapas nos meios de comunicação ocidentais, dando ao público em geral uma imagem falsa da situação real no terreno e da situação dos regimes atacados pelo Ocidente.

Luc MICHEL (Люк МИШЕЛЬ)

 

Fonte: La Géopolitique par les cartes (VIII) : les BRICS défient les USA! (Est-ce sérieux?) – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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