Fevereiro 19, 2024 Olivier Cabanel
OLIVIER
CABANEL — Como todos sabem, a obesidade está a
espalhar-se por todos os países "desenvolvidos" do planeta.
Estamos a começar a saber mais sobre as causas.
Estamos a começar a saber mais sobre as causas.
Uma delas é a utilização de "agentes de palatabilidade".
Em poucas palavras, estes agentes são nada mais nada menos do que drogas legais que criam hábitos.
Nos refrigerantes (Coca-Cola, Pepsi, etc.), o ácido fosfórico desempenha esse papel. link
Os estabelecimentos de fast-food são regularmente chamados a responder em tribunal por aqueles que os acusam de provocar a obesidade. link
Hoje em dia, a obesidade é considerada uma pandemia, muito mais problemática do que o vírus h1n1 que enche as colunas dos jornais. link
A gordura é armazenada em células chamadas lipócitos, ou adipócitos.
Para saber se é obeso, existe uma equação simples: calcular o seu índice de massa corporal (IMC)
A massa corporal dividida pelo peso dá um valor.
Entre 18,5 e 25, tudo está bem.
Mais de 25 é excesso de peso e mais de 30 é obesidade.
A OMS prevê que, em 2015, 2,3 mil milhões de adultos terão excesso de peso e 700 milhões serão obesos.
É muita gente.
Esta é uma boa notícia para os pequenos espertos (referência a Les petits malins, uma série de desenhos animados japonesa
– NdT), pois alguns deles estão a
planear utilizá-los para gerar energia, como o empresário norueguês Lauri
Venoy, que obteve autorização para recuperar os 644 000 litros de resíduos de
lipoaspiração produzidos todos os anos e destinados à incineração, a fim de os
utilizar para produzir 560 000 litros de combustível. link
As pessoas obesas enfrentam muitas dificuldades:
Nos transportes, dificuldades em encontrar um lugar e preços mais caros.
A vida quotidiana é um verdadeiro pesadelo.
Esta é uma boa notícia para a indústria do vestuário, que criou roupas feitas à medida e a preços mais económicos.
A França está bem posicionada na corrida à obesidade e está em vias de alcançar a América.
Um registo de que não precisamos.
E então, há pouco tempo, soubemos nas colunas de Le Canard Enchaîné (n.º 4633) que um investigador francês tinha descoberto uma das causas da obesidade. (Os artigos anteriores foram publicados na Marianne em Agosto de 2008).
Aponta o dedo aos probióticos. Trata-se de bactérias destinadas a reforçar as nossas defesas imunitárias e que, até agora, eram consideradas benéficas para a nossa saúde.
A Danone e outras empresas colocam-nos em grandes quantidades em muitos produtos lácteos: mais de mil milhões por frasco de Activia ou Actimel.
Estas bactérias são idênticas às utilizadas na agricultura industrial para estimular o crescimento de porcos e galinhas.
Se estas bactérias são tão eficazes para estimular o crescimento dos animais de criação, porque é que não hão-de ter o mesmo efeito nos seres humanos que os comem?
Didier Raoult é o nome do investigador que está por detrás desta nova pedra no debate sobre a comida de plástico.
E não
é um investigador qualquer.
É considerado pela revista Nature como um dos dez melhores investigadores franceses.
O seu laboratório (no hospital de Timone, em Marselha) emprega 140 pessoas, incluindo 45 investigadores que publicam entre 150 e 200 artigos por ano.
A sua experiência consistiu em alimentar diariamente os pintos com lacto-bacillus fermentum. Este é o produto que é incorporado nos nossos iogurtes.
Quatro semanas depois, os frangos tinham-se tornado monstruosos, 30% maiores do que o normal.
Os franceses são grandes consumidores de iogurte. (20 kg por ano, em média), quer se trate de iogurte de bifidobactérias (Activia) ou de lactobacilos casei (Actimel).
As consequências são óbvias: os iogurtes são uma das principais causas da obesidade.
Se não fosse tão grave, poderíamos rir-nos do facto, se pensarmos que os franceses viciados em iogurte o fazem muitas vezes para manter a sua silhueta.
De Gaulle dizia-nos antigamente que éramos vitelos.
Não era bem assim, pois para aumentar o crescimento e enriquecer mais depressa, os produtores engordam os consumidores como animais de engorda intensiva.
Ainda não estamos de certeza fora de perigo, e cada dia que passa traz mais más notícias.
Como dizia um velho amigo africano: "Eles não são maiores do que tu, só que tu estás de joelhos".
Fonte: Du yaourt dans la tête – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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