Lenine, Imperialismo, Questão Nacional, Revolução Comunista!
· Um debate que se impõe!
Urge um profundo debate sobre a Revolução de Outubro de 1917, na Rússia, e sobre a Revolução da Democracia Nova de 1949, na China, para que o proletariado internacional, comunista e revolucionário, possa entender que desvios aos ensinamentos de Marx foram cometidos para que, hoje, se tenha a plena consciência de que o que aquelas revoluções representaram não foi uma revolução libertadora da escravatura assalariada a que a burguesia o sujeita, nem, muito menos, representou a destruição do modo de produção capitalista e a instauração do modo de produção comunista.
Para que essa consciência possa ter um guia para a acção é absolutamente imprescindível que os textos escritos pelo comunista, internacionalista e revolucionário Arnaldo Matos, sobretudo a sua crítica a vários textos e teses de Lenine, vejam a luz do dia. É absolutamente necessário que a vertente política e económica do imperialismo, teorizada por Lenine na sua obra – Imperialismo, estadio supremo do capitalismo – seja depurada de dogmas pequeno-burgueses e inconsistências teóricas relevantes, o centralismo democrático seja revisitado e discutido sob um ponto de vista marxista, a Questão Nacional seja revista, não à luz de um nacional-bolchevismo chauvinista e pequeno-burguês, mas à luz da visão de Marx e Engels, consubstanciada no Manifesto do Partifo Comunista, que era a de que a classe operária odeia o princípio de nação, pois tem consciência de que ela é uma construção implementada para defender os interesses da burguesia, os objectivos de exploração, guerra e rapina das classes possidentes.
Quando se afirma que a dupla Cidália Guerreiro/João Pinto, que tomaram de assalto a direcção do Partido fundado por Arnaldo Matos – o PCTP/MRPP – não passam de miseráveis traidores à causa proletária, ao comunismo e ao internacionalismo proletário; quando os próprios facilitam a ideia cada vez mais clara de que são, ambos, autênticos analfabetos do marxismo; tal não diminui o crime de sequestrarem escritos, apontamentos e obras já em fase de edição, escritas pelo camarada Arnaldo Matos a criticar Lenine (e também Mao), sobre as opções políticas, estratégicas e organizativas que adoptaram para dirigir e conduzir as Revoluções de Outubro e da Democracia Nova aonde elas conduziram – ao social-fascismo, ao revisionismo, ao social-imperialismo.
Apelo, pois, e uma vez mais, a todos os camaradas, simpatizantes e militantes do PCTP/MRPP, que imponham, por todos os meios, à actual direcção do Partido, que disponibilize os referidos textos do camarada Arnaldo Matos de crítica a Lenine, denunciando vivamente a sua criminosa atitude de sequestro do conhecimento científico marxista que esses textos e apontamentos encerram, denunciando que esse sequestro favorece – sem margem para qualquer dúvida – a burguesia, seus intentos e objectivos, que são antagónicos aos interesses e objectivos da classe operária.
Luis Júdice
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