domingo, 11 de fevereiro de 2024

Para onde é que o mundo está a ir?

 


 11 de Fevereiro de 2024  ROBERTO GIL 

Pesquisa conduzida por Robert Gil
Simplesmente até onde onde o permitirmos…

É completamente utópico acreditar que as repetidas reuniões do G8, do G20, do FMI, etc., produzirão uma solução viável para os problemas do nosso tempo. Todos os diferentes participantes nestas grandes "missas" foram educados numa dieta de pensamento liberal e são completamente incapazes de conceber outra coisa que não seja a manutenção, a todo o custo, do sistema económico do capitalismo predador, eufemisticamente chamado "economia de mercado". É normal; para além do facto de beneficiarem directamente dele, não conhecem outra forma.Foram formatados pelo sistema, através das Grandes Escolas ou das universidades que frequentaram, depois entraram para os ministérios ou para as grandes multinacionais, onde encontraram pessoas à sua imagem. As pessoas que os rodeiam e os seus amigos são do mesmo mundo, falam entre si, sem qualquer perspectiva da sociedade, convencidos de que são os melhores e, portanto, que a solução para os problemas do mundo está inevitavelmente algures nos seus pequenos cérebros. Nunca questionam as decisões que eles próprios ajudaram a tomar. Se há um problema, é provavelmente porque o resto da população não compreendeu nenhuma das suas ideias brilhantes!

Ora o problema por excelência do mundo actual em termos económicos deve-se essencialmente à adopção e manutenção deste sistema aberrante. Naturalmente, quando lhes dizemos que é preciso mudá-lo, atacam-nos com gritos de "não estão a pensar nisso! Vai ser o caos em todo o lado"! Apesar de, no que diz respeito ao "caos generalizado", estarmos a caminhar directamente para ele. Basta olhar para o estado da Grécia na Europa, ou para a cidade de Detroit nos EUA, para ter uma ideia do que nos espera. E não estou a falar das condições de vida que estamos a impor às pessoas mais pobres do planeta, para que uns quantos privilegiados se possam empanturrar em excesso. Como é que podemos continuar a tolerar que 1% da população viva à custa dos outros 99%?

Para não falar do facto de que a corrida desenfreada para manter este modelo de sociedade corre o risco de nos conduzir a uma catástrofe ecológica de grandes proporções ou de nos arrastar para um conflito nuclear em grande escala. Porque continuar a defender o crescimento como única solução concebível significa que temos de conquistar novas matérias-primas industriais e energéticas e, para isso, não hesitamos em desencadear guerras ou fomentar golpes de Estado em países cujos governos se recusam a entregar o seu solo, o seu subsolo e o seu povo.

Isto leva-me a colocar a seguinte questão: é isto que queremos? Não será tempo de acordar e trabalhar em todas as frentes - espiritual, educativa, científica, económica e social - para um modelo de sociedade diferente daquele que nos é imposto actualmente? De que é que têm medo? Que sejamos miseráveis se mudarmos o sistema? Mas quando é que vão perceber que essa miséria está a aproximar-se a toda a velocidade com este sistema, e uma miséria abjecta. Perguntem aos gregos o que é que eles pensam!

Se não fizermos nada, estamos a caminhar inexoravelmente para um mundo terrível e impiedoso, onde o povo será considerado como uma quantidade insignificante, a ser trabalhada à mercê, e onde será decidido, em algumas altas esferas, eliminar, primeiro socialmente e depois fisicamente, todos os opositores. Cabe a cada um de nós pensar e informar-se para poder agir, porque não podemos refugiar-nos constantemente na ignorância e depois dizer, com ar de espanto, que não sabíamos!

Segundo D. POSITAIRE e C. COMSA

Leia também: SOBRE O SISTEMA

 

Fonte: https://les7duquebec.net/archives/234521

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




Sem comentários:

Enviar um comentário