Em tempos diferentes cumprem no entanto funções idênticas.
Tanto o castelo como o partido são baluartes de defesa de populações e de causas assim como ponto de partida para o ataque contra causas e populações inimigas.
Tal como os castelos os partidos também podem ser objecto de conquista, tomados por cerco e assalto ou por dentro, à traição.
O PCTP/MRPP foi tomado por dentro à traição.
E tal como antigamente se expunha dependurado na muralha o corpo morto do vencido, também enquanto os traidores embandeiram na pantalha televisiva as suas abjecções é posto por baixo o indicativo do partido tomado, PCTP/MRPP, com o fundador em efígie - porque se vivo fosse, como cobardes que são, nunca por nunca se atreviam a infamar o camarada Arnaldo Matos.
Está morto mas há vivos a desafiar os traidores e fazê-los beijar o chão da luta política que macularam.
A 19 de Fevereiro 2014 o camarada Arnaldo Matos declarava no Luta Popular que a Ucrânia estava à beira de uma guerra civil contra-revolucionária, afirmação aproveitada agora pela traidora liderança para afirmar que não há invasão militar russa na Ucrânia mas sim uma guerra civil, ocultando cobarde e deliberadamente o que no desenvolvimento da declaração o camarada afirmava “Constituída por regiões com fortes diferenças de natureza étnica e cultural que são utilizadas para cavar divisões insanáveis no seu seio, a nação ucraniana saberá resistir a todas as tentativas de controlo e de opressão, venham elas da UE/EUA ou da Rússia, e ousar afirmar a sua independência e o seu direito a construir uma economia próspera, autónoma e desenvolvida que garanta os seus interesses e bem-estar.”.
Os arquitectos da traição, Cidália Guerreiro & João Pinto, ousaram ainda contestar em nome do PCTP/MRPP um dos últimos e mais importantes contributos científicos do camarada Arnaldo Matos nas suas internacionalmente referenciadas Teses da Urgeiriça, onde ele explicou por que tanto a revolução russa como a revolução chinesa foram revoluções burguesas em tudo idênticas quanto ao seu carácter à revolução francesa dos finais do século XVIII “Ora, a revolução socialista de Outubro, muito embora tenha sido uma grande insurreição armada operária e camponesa, não foi uma revolução socialista. Na verdade, sob o modo de produção capitalista, toda a revolução proletária e socialista autêntica não pode ficar, como ficou a revolução de Outubro, ao nível político, social e cultural, nem pode limitar-se à mera alteração das fórmulas jurídicas das relações económicas de produção. A revolução proletária socialista tem de atacar, e em primeiro lugar, o modo de produção económico capitalista: tem de atacar, antes de tudo, o processo material económico pelo qual o capitalista, através do capital-salário, confisca ao operário o capital-mais-valia, e tem de pôr cobro a esta expropriação, quer ela seja privada, pública ou estatal, a fim de destruir o próprio fundamento do modo de produção capitalista e criar as bases económicas do novo modo de produção comunista. Ora, a revolução de Outubro, na Rússia, tal como a revolução da democracia nova, na China, não atacou nunca este processo económico de circulação do capital e nunca pôs em causa a apropriação privada da mais-valia, fosse essa apropriação individual, corporativa, de toda uma classe em conjunto ou estatal.”.
Não se ficaram por aqui a fascista Cidália e o social-fascista Pinto, pois entre outras afirmações tão anti-científicas quanto estúpidas, as sucessivas quedas dos governos em Portugal devem-se... à “ingovernabilidade do país”!... Para eles já não é a crescente crise do paradigma económico burguês em confronto e em contra-corrente com o desenvolvimento das forças produtivas actuais - proletarização generalizada e formidável progresso científico e técnico - o que multiplica pés de barro em tantos malabaristas da política e os faz cair apesar de tantos milhões em propaganda, cacete e bala. Os trastes tentam também dar uma nova vida à absurda palavra de ordem dos assassinos da defunta UDP “os ricos que paguem a crise”, como se alguma vez fosse possível resolver uma crise praticando o que a origina!
Quem cala consente. Não me calo e exemplifico porquê.
Pedro
Pacheco
S. Miguel, Açores
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