17 de Junho de 2022 Robert Bibeau
Texto por:RFISeguir
De São Petersburgo a Bombaim em catorze dias. Esta é a promessa da nova rota marítima entre a Rússia e a Índia que foi inaugurada no domingo, 12 de Junho. Um projecto imaginado por Moscovo, Teerão e Nova Deli há muito tempo, mas que a guerra na Ucrânia e as sanções ocidentais têm vindo a acelerar.
Com o nosso correspondente em Bangalore, Como Bastin
Dois navios porta-contentores russos partiram do porto de Astrakhan, no Mar
Cáspio. A sua carga de paletes de madeira laminada passará pelo porto iraniano
de Anzali, será transferida por estrada para o Golfo, antes de chegar por mar
ao porto indiano de Nhava Sheva, não muito longe de Mumbai. Uma viagem de duas
semanas.
Projecto de longa data
Este corredor
norte-sul é um projecto de longa data, reanimado pelo contexto internacional,
explica Nandan Unnikrishnan, especialista em relações entre a Índia e o espaço
pós-soviético: "Desde
os anos 2000, a Índia, a Rússia, o Irão e outros países têm discutido um
corredor internacional norte-sul. Esta é, de facto, a única forma de enviar
mercadorias russas para a Índia. A guerra na Ucrânia ajudou
incontestavelmente a acelerar o projecto. O Irão está sob sanções e
agora a Rússia também. Por conseguinte, ambos os países querem avançar o mais
rapidamente possível. Penso que o interesse comercial por esta nova rota vai
crescer rapidamente. »
Petróleo e gás
Espera-se que este corredor permita à Índia receber todo o tipo de
mercadorias da Rússia, incluindo gás e petróleo. O Irão, por seu lado, espera
aproveitar os impostos cobrados sobre os trânsitos no seu território. Desde o
início da guerra na Ucrânia, a Índia não participou em sanções económicas
contra Moscovo e até começou a importar petróleo russo.
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– France 24
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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